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terça-feira, 24 de maio de 2011

Coisas de um passado distante.


Antes de prosseguir com a nossa história política vivida, é importante contar um dos diversos fatos hilariantes que aconteceram no desenrolar político desta cidade. Lembro que próximo às eleições para Governo do Estado, Senador, Deputados Federais e Estaduais, Ademar Adams fora convidado para ajudar na coordenação e campanha do candidato a Deputado Federal Norberto Schwantes.
Devido sua postura polêmica na política local, Adams havia atraído muito ressentimento de uma das facções da oligarquia local, principalmente daquela que ele mesmo denominava como baixa saxônia.
Algumas pessoas ligada a este grupo, planejaram promover um ato de festejo no dia da partida de Ademar, com queima de fogos e artifícios, e puseram-se em arquitetar o feito.
Porém o planejado vazou chegando ao conhecimento de Ademar, que espertamente buscou uma forma de frustrar o ato de festejo dos seus adversários. Escolheu um dia para sua partida, e fez que isto ficasse público e chegasse ao conhecimento dos seus desafetos políticos.
Chegado o dia marcado para sua partida, Ademar fez tudo de forma natural, aprontou suas malas começou a despedir dos amigos, e chegado a hora dirigiu-se a rodoviária em companhia dos seus irmãos, porém não embarcou.
Foi só o ónibus deixar a rodoviária, logo apareceram seus desafetos que com seus carros puseram-se a seguir o coletivo soltando fogos e fazendo o maior “buzinaço”, querendo demonstrar alegria com a partida daquele, que para eles eram um grande incômodo.
Ademar acobertado pelas sombras da má iluminação da pequena e definhada urbe, ficou de longe assistindo o festejo dos seus adversários da baixa saxônia, que entremeio a poeira do coletivo o seguiam com seus veículos buzinando-os freneticamente soltando fogos e artifícios.
Foi só o Ónibus deixar a cidade e se colocar a caminho da Capital, sacolejando entre um buraco e outro da estrada empoeirada, que seus desafetos retornaram para casa talvez com intuito prosseguir com aquela festinha de despedida, dessa vez de certo com um churrasco e muita cerveja.
Na manhã seguinte Ademar desfilava pela avenida principal de Porto dos Gaúchos,  com um grande e maroto sorriso de satisfação estampado no rosto, enquanto os seus desafetos da baixa saxônia, participantes do festejo da noite anterior, mordiam-se de raiva, por verem frustrada à razão de suas comemorações. Diziam na época, que Ademar até perguntara para algumas pessoas, se teria havido algum jogo ou final de campeonato na noite anterior, pois ele havia escutado muitos fogos e buzinas. Evidentemente que suas perguntas tinham o propósito de tirar onda com a cara dos seus desafetos.
Dia depois Ademar empreendeu a planejada viagem, porém desta vez ninguém se atreveu a promover alguma manifestação de alegria por sua partida. Assim era Porto dos Gaúchos, em um tempo que a muito se foi.

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