A lendária Baiana.

Rosalina de Jesus Maciel  - Baiana

    Todos que já estiveram em visita ao Vale do Arinos, aqui em Mato Grosso, principalmente nos Municípios de Porto dos Gaúchos, Novo Horizonte do Norte e Juara, já ouviram falar da “Estrada da Baiana” ou MT 338, nossa principal rodovia de acesso.

    Tenho certeza, que como eu, muitos quando ouviram falar da “Estrada da Baiana” tentaram entender o porque deste apelido tão conhecido de todos nós.

    Eu mesmo quando aqui cheguei, nos idos de 1984, ouvia muito em falar da pavimentação asfáltica da “Baiana”, pelo menos de quatro em quatro anos falavam-se muito. Todos políticos quando candidatos, ao passarem pelo Vale do Arinos, já ia logo prometendo o tão sonhado “Asfalto da Baiana”.

    Eleitos ou não, logo se esqueciam do compromisso com o eleitor, que somente seria lembrado novamente na campanha seguinte. Alguns trechos dela já vem recebendo a tão sonhada pavimentação, outrora objeto do nosso tão sonhado desejo e das promessas de muitos governadores que ocuparam o Palácio dos Paiaguás.

    Pois bem voltemos a nossa antiga curiosidade do apelido popularmente dado a MT 338, ou seja,  a “Estrada da Baiana”.

    Os antigos Colonizadores, diziam que a estrada recebera o apelido de “Baiana”, devido que no passado, embrenhada na mata havia uma senhora cujo apelido era Baiana, que tinha uma pequena pensão as margens da picada que acredito ser na época o único  acesso por terra para esta região.

    Segundo contam (pelo menos foi o que ouvi falar), que a Baiana, dava pouso, alimentos e até cuidados “médicos” a todos por ali passavam, indo ou voltando da exuberante selva amazônica predominante nos idos de 1958.

    Sua pensão, edificada no meio da Selva, abrigava todos que dela necessitava, era um verdadeiro ponto de apoio aos viajantes que então circulavam por aquelas bandas.

      Alguns anos atrás tentaram fazer uma homenagem a Rosalina de Jesus Maciel colocando algo que mais parecia com uma “boneca” esculpida em madeira, que fora alvo de muitas críticas, inclusive minhas, pois era algo horrível e de mal gosto.

    Desde muito tinha curiosidade de saber como era esta mulher. Seria um mito?!! Uma lenda?!! Ela realmente existira?!!... Recentemente tive oportunidade de acessar o arquivo histórico de fotografias da Colonizadora Noroeste Matogrossense S/A. Conomali (www.Conomali.com.br), onde pude conhecer, pelo menos por fotografia a lendária e já falecida Baiana. Segundo contam ela teve um fim trágico e sua sepultura está próximo a localidade da Simione.

    As fotos me foram cedidas gentilmente por Henrique Mayer, do acervo particular da Conomali. Meus sinceros agradecimentos.

1 - Rosalina  de Jesus Maciel a Baiana.

2 - Caminhão Austin dos Colonizadores de então.

3 - Baiana com as filhas adotivas Iolinda e Iolanda, em companhia do então Gerente da Colonizadora Helmut Goldmeier (a direita) e Edgar Deckmann encarregado das edificações das pontes.