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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A Lei de Gerson.



        Conheci um cara muito pão duro, como dizia seu amigo, “canguinha” ao extremo. Não era um sujeito ruim ou desonesto, mas de tão mesquinho acabava sendo motivo de chacota daqueles que o conheciam bem.

         Praticante assíduo da famosa “Lei de Gerson”, ops!!!. “Lei de Gerson”!!! Esta fui buscar no fundo do baú. Calma para aqueles que não conhecem a “Lei de Geroson” eu vou tentar explicar.

         Gerson era jogador de futebol nos idos dos anos setenta, jogou na seleção brasileira, e se  não me engano também no São Paulo Futebol Club.

       Após ter deixado o futebol, lançou sua carreira nos meios comerciais fazendo publicidade no horário nobre da televisão brasileira. Naquele tempo, ainda era permitida a publicidade de cigarros.

         Em uma certa ocasião Gerson apareceu em um comercial de cigarros, e em uma de suas falas, que ficou famosa dando no nome em nossa mencionada Lei, foi aquela: “Gosto de levar vantagem em tudo, certo?!!” Pois bem, esta é a famosa “Lei de Gerson”, ou seja, gostar de levar vantagem em tudo.

         Retornando ao velho conhecido meu, que por educação não irei declinar seu nome, um grande praticante da Lei e Gerson, quando se trata de economizar alguns trocados. Este era costumeiramente visto nas margens da rodovia em busca de uma carona, apesar de ser proprietário de bons veículos.

         Uns anos atrás lhe indaguei o porque de tudo isto, ficar se humilhando sobre o sol quente em busca de uma carona para sua locomoção se possuía bons veículos na garagem. Ele me respondera, após um riso sarcástico, que dessa forma economizava combustível e outros desnecessários gastos com seus automóveis, comprovando assim ser um cumpridor assíduo da Lei de Gerson.

         Um dia desses passados, este conhecido meu entrou em uma loja onde havia em exposição uma razoável quantidade de botinas para venda. Ele dirigindo-se a um dos proprietários, foi logo demonstrando seu interesse na compra de um daqueles produtos.

    O comerciante, conhecendo o velho costume do nosso personagem, indicou-lhe uma botina cujo solado era liso e sem ranhuras, para se seguida dizer-lhe que como gostava somente de andar de carona em veículos alheios, pelo menos não levaria terra para seu interno, evitando assim, em sujar os tapetes e carpetes de outros. Todos que estavam presentes riram da colocação, inclusive o nosso conhecido.

         Mesmo após ter escutado aquela  crítica sugestão, prosseguiu o  nosso personagem, com o seu antigo hábito de pegar caronas evitando assim gastos com seus veículos, decerto com o propósito de levar vantagem em tudo, certo!!!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Como faz falta uma estruturada ferrovia.


    Saí de Porto dos Gaúchos com destino a Capital do Estado, pois já fazia muito tempo que não ia a Corte. Eu queria ver minhas filhas e o meu netinho caçula, pois sinto que a cada ano que passa me aproximo de ser somente uma lápide em um cemitério qualquer. (Isto é se lembrarem de mandar fazer uma antes de brigarem pela herança. Como se importasse, estarei morto mesmo!!! Rssss..)

    Pois bem deixei minha cidadezinha encafurnada no Vale do Arinos, em direção a Juara, para logo no município vizinho da Novo Horizonte do Norte, próximo ao sítio do pai do Delvane, encontrar uma dúzias de crateras, e o pior de tudo isto que estavam todas de boca para cima.

    Pronto foi o que bastou para lembrar da mãezinha dos nossos ilustres políticos, como se as coitadas tivessem algo a ver com isto. Bem, de certo modo tem, pois pariu os objetos de minha solitária revolta.

    Passado a raiva, segue eu preocupado com a situação de nossas estradas, pois queria ter ido pela Baiana, mas me falaram que havia piorado com as chuvas. Lá vou eu então pela rodovia do buraco, ou seria da vergonha?!! Sei lá, já ouvi tantos adjetivos para ela que até me perdi.

    Grudado no volante do meu carro, digo, do carro da minha mulher, fui o conduzindo de modo cauteloso por entre os buracos e outros buracos, sem contar aqueles outros que aguardavam no acostamento esperando a vez de ficarem ali quietinhos com a boca escancarada esperando o incauto motorista, contribuinte de inúmeros impostos (principalmente do IPVA) por ali passar  e amassar a roda ou danificar qualquer outra parte do seu veículo.

    Passado aquele horripilante trecho da MT 170, (justo no trecho da capital do gado que tem dois Deputados) conhecida como rodovia do buraco, fui encontrar um Vereador deitado (ou seria Deputado), já chegando em Marechal Rondon,  no próspero município de Campo Novo dos Parecis.

    Pronto, foi o que bastou para lembrar novamente da mãezinha dos nossos políticos. Um quebra molas sem nenhuma sinalização. Voei sobre ele “chingando” e blasfemando tudo e contra todos. Quem me conhece sabe como que eu gosto de quebra molas!!!

    Passados  estes entraves, prossegui com minha viajem desviando das panelas que frequentemente surgiam em meu percurso fazendo-me lembrar daquela velhinha parideira que criou monstros para ajudar a nos espoliar de tempos em tempos.

    Senti um alívio quando avistei o entroncamento do Gil, aquele local, onde o nortão despeja uma quantidade irreal de carretas e treminhões que vão se afunilando e aglomerando a ponto de parar tudo. Duas horas preso em um trânsito “FDP”.

    Um calor infernal, com o trânsito todo parado, não havia acidentes e nem obras para segurar o fluxo, era excesso de veículos mesmo. Como já dito, um calor infernal e eu preso entre um enorme amontado de caminhões. Um enfiado no rabo do outro não permitindo assim nenhuma ultrapassagem.

    Como faz falta uma ferrovia. A Ferronorte desde quando o petismo assumiu o país, parou, estagnou, somente por que foi FHC que a trouxe até nós.

    Cheguei em Cuiabá após onze horas de sufocante e estressante viagem, para lembrar de quando a Capital fora escolhida para sediar a Copa do Mundo. Lembro que eu estava aqui (ainda estou em Cuiabá), e pude ouvir a festas que os Cuiabanos fizeram. Soltaram fogos e buzinaram festejando a vitória sobre Campo Grande.

    O embaraçado trânsito Cuiabano, agravado pelas obras de “melhoramentos” exigidas pela Fifa, tornou a vida dos moradores desta urbe, um verdadeiro inferno.

    E o dinheiro gasto com tudo isto, e os desvios que sabemos que tem em escala faraônica, agravou também o restante do estado, a saúde, a segurança e principalmente a infraestrutura estão esquecidas, pelo irreal interesse de sediar uns parcos jogos de futebol da copa do mundo.

    Irei retornar a minha cidadezinha portenha, encravada às margens esquerda do Arinos, feliz por ter retornado, mas revoltado por ver o dinheiro dos nossos impostos, lançados irresponsavelmente em um sumidouro.

    Aguardem-me aí, pois em breve estarei de volta para cuidar de suas noites de insônia. Isto é se os buracos e atoleiros permitirem. rssssss.....




terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A CAVA FUNDA (Conto de tempos passados).



            Havia uma brisa fria naquela noite escura com muitas estrelas no céu. Volta e meia, uma cadente rasgava o véu negro da noite trazendo ao viajante solitário uma extra distração.

         Seu cavalo andava em passos lentos, pois já havia horas que se colocara em marcha por aquela estrada empoeirada que cortava as matas daquela região de Paraguaçu Paulista. Vez e outra o cavaleiro, encontrava uma clareira, e nela uma choupana edificada, onde não raro enxergava uma luz trêmula talvez emitida por uma solitária lamparina.

         Quando aproximava da pequena habitação, os vira-latas que a guarneciam já davam  alarme, com os latidos e urros que ecoavam noite adentro. O solitário viajante prosseguia em seu trajeto, acompanhado de inúmeros e reluzentes vagalumes, que com suas luzes termitentes davam a noite um espetáculo a parte.

Ele queria chegar rápido no seu destino, portanto não buscava pernoitar em alguma propriedade de beira de estrada. O Cavalo dava seu costumeiro sopro pelas narinas para em seguida receber uma leve cutucada das esporas que seu condutor lhe pregava na altura do abdômen sem ao menos tirar os pés dos estribos, somente lembrando o animal para que continuasse sua marcha.

Seu trajeto também era marcado pelos cantos estridentes de centenas de grilos, sapos e pererecas habitantes das matas vizinhas.

O solitário cavaleiro vinha de um patrimônio próximo e dirigia-se para seu sítio distante uns 30 km sertão adentro, porém ele sabia que no trajeto havia de passar pela cava funda onde o trajeto cercava-se por barrancos cavados pela ação erosiva da chuva bem próximo a uma baixada, onde as árvores debruçava sobre a estrada tornando aquele trecho escuro e assustador.

Contavam os matutos, que naquele trecho de estrada habitavam os espíritos malignos dos indígenas que foram massacrados pelos brancos quando ali chegaram com a colonização, e que em noite escuras vagavam em busca de vingança.

Só de pensar o cavalheiro sentia um arrepio subindo dos pés ao pescoço, deixando seus pelos eriçados seguidos de aceleradas palpitações do seu coração sertanejo. O medo por instantes tomava conta do homem, que mesmo carregando seu revolver de cano longo e uma velha espingarda pendurada no arreio  sabia que contra alma penada e espíritos de na serviria.

Em alguns trechos do seu solitário percurso, a floresta invadia a estrada, ele via algum vulto  mexendo em sua frente, para em seguida sentir seu coração palpitar achando que algum ser das trevas já estava ali em seu encalço,  descobrindo depois que era mais uma folha de pacova balançando  com a brisa da noite. Novamente cutucava seu animal, para que este voltasse ao trote de antes e assim prosseguia em sua solitária jornada noturna.

Lá pelas tantas, próximo já da meia noite, chegara ao trecho daquela estrada popularmente chamada de cava funda e começou a descer sua íngreme ladeira, onde a cada passo via que os barrancos laterais ficavam mais altos e de seu topo podia se ver as árvores deitadas sobre o leito do caminho cujos galhos mais pareciam garras esticadas em sua direção.

Naquele instante próximo dali, uma ave noturna soltou seu tenebroso canto, que mais parecia um grito de horror que espalhou noite adentro, assustando não somente o já assustado e solitário viajante como também o seu cavalo, que por instantes relutou em prosseguir sua marcha.

O Viajante por segundos pensou em retornar para a palhoça deixada atrás para lá pernoitar e somente prosseguir sua viajem no romper da aurora, mas era muito distante para o retorno e iria demorar muito e ele não podia mais perder tempo. Novamente cutucou seu animal com as esporas para que ele prosseguisse sua marcha em direção ao tenebroso, fundo e escuro trecho daquele caminho.

Chegando na parte baixa do trajeto onde corria um pequeno e raso riacho, iniciou a subir o íngreme trajeto, podendo notar que seu cavalo se esforçava para prosseguir o seu trote e ofegava como se carregasse um pesado fardo em sua garupa.

O Solitário viajante então, sentiu em sua nuca um ofegante e fétido bafo, e olhando de rabo de olho, pode ver em sua garupa, um enorme vulto negro.  O terror tomou conta do cavalheiro que fechando seus olhos esporava com mais vigor sua exausta montaria querendo sair daquele local o mais rápido possível, porém, seu cavalo por mais que era esporado não aumentava sua marcha exausta pelo sombrio e horripilante peso que tomara sua garupa.

O Viajante aterrorizado por tudo aquilo, além de prosseguir ferroando o animal com suas esporas, alcançou o relho  amarado na cabeça da sela, e freneticamente colocou-se a chicotear o cavalo. Por mais que esporasse e chicoteasse o pobre animal, ele ofegava e pouco andava com o tenebroso fardo que apossara de sua garupa.

Tempos depois, o pobre e ofegante animal saiu ao topo do caminho fundo, onde os barrancos já não mais existiam somente exuberante, porém escura mata para recuperando sua marcha normal em um quase galope disparar estrada a fora.

O horripilante fardo, o tenebroso passageiro, não mais viajava em sua garupa, porém o Viajante ainda pode escutar o grito horripilante que antes ouvira no trecho fundo daquela assombrada estrada. Grito este que antes confundira como se fosse de uma ave noturna, para agora crer que era de uma alma, de um espírito, escapado das profundezas escuras do inferno.

Já era muito passado daquele horripilante momento, quando avistara em uma clareira próxima outra choupana cercada por um pequeno pasto onde podia avistar algumas rezes  ruminando, pois a Lua havia surgido tímida trazendo um pouco de luz naquela triste e sombria madrugada.

Sabia o Cavaleiro, que naquele local funcionava uma vendinha, onde costumeiramente entornava um copo de aguardente quando ali passava em suas andanças. Encostou seu animal, desmontando rapidamente, notando que o seu cavalo estava banhando de suor e sal, cujas virilhas sangravam pelos riscos e cortes causados pelas esporadas e chibatadas. De uma forma ou de outra aquela alma penada havia se saciado de sangue, nem que este fosse de um inocente animal.

Chamou o vendeiro, que saiu em seu socorro com uma lamparina na mão e vendo o terror estampado no semblante do Viajante, chamou para o interno do humilde comércio lhe servindo uma boa dose do seu aguardente.

O Cavalheiro mal podia falar de tanto terror, mas entornou  o copo de aguardente para em um gole esvaziar o pequeno e grosso recipiente de vidro. Já recuperado do terror e ainda com a voz trêmula contou o tenebroso fato ocorrido com ele na cava funda daquele estranho e maldito caminho.

(Fato baseado em contos que meu saudoso pai nos contava quando criança, que outrora para ele quando criança também fora contado).

                 

sábado, 12 de janeiro de 2013

Um pouco mais de paciência.



    Um conhecido meu, comentando a formação da equipe do atual gestor, me dissera em tom sarcástico que agora Porto dos Gaúchos ia mesmo para frente, já que seria comandada e assessorada por moradores não Portogauchenses, principalmente por profissionais de Juara.

    Fui obrigado a concordar com ele, pois não é de agora, que nos socorremos de Juara quando precisamos de serviços e outros bens de consumo afinal de contas "santo de casa não faz milagre". E isto já fora até objeto de comentários neste meu bloguinho inexpressível.

    Vamos dar tempo ao tempo, sei que  todos votaram nele, o fizeram esperando mudanças, pois pior do estava não poderia ficar. Se por um acidente do destino, nosso gestor conduzir o município de modo temerário e contrário aos interesses do povo, daqui quatro anos teremos eleições e daí certamente a coisa mudara novamente. Eu espero que a nova equipe administrativa mais acertos do que erros, porém se errar, certamente serei um dos primeiros a criticar, e olha que sou muito bom nisto!!!

    Há outros aspectos que pode prejudicar o bom desempenho de um gestor, seja aqui em Porto dos Gaúchos, como em outros municípios, que em minha singela opinião é o egocentrismo,  falta de humildade, diálogo e principalmente o desrespeito com as pessoas que o elegera.

    Outra coisa é assumir compromissos, empenhar a palavra e depois simplesmente ignorar o que fora dito. Esta situação acrescenta ao gestor um grande índice de desconfiança eleitoral podendo conduzir sua trajetória política a uma futura humilhante derrota.

    Para aqueles que estão iniciando na política, e sonham em fazer carreira neste concorrido meio, para tudo existem etapas a serem cumpridas, não adiante ficar almejando outros cargos públicos eletivos antes de mostrar capacidade para aquele iniciado.

    O povo espera que o eleito cumpra pelo menos em parte o que fora prometido em cima de um palanque eleitoral. Como diz o velho ditado popular “a esperança é a última que morre.”

    Tenho certeza, que não somente a oposição outrora situação, como os dissidentes de hoje, estarão todos vigilantes no andar da carruagem, “ops” errei!!! Carruagem era outro que andava! Rsssssss....

    Até breve!!!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O Povo quer saber.



    
    Como será que o atual gestor encontrou as contas da Prefeitura?
    Existem restos a pagar?
    Qual é a real situação do erário público?
    O que existe é somente comentários de rua, porém a cada dia que passa a curiosidade aumenta.
    Até agora nem uma entrevista do atual Gestor fora publicada nos “sites”  locais, seja ex oficioso ou atual, nada vem sendo publicado. O que estará acontecendo?!!
    E os lídimos representantes do povo?!! Como andam nestes primeiros dias de mandatos?!!
    Eu como muitos outros eleitores estamos curiosos para saber de como vai o nosso município?!! Se há ou não uma herança maldita?!! Enfim queremos ser informados!!!
    Cadê a imprensa local?!! Todo dia navego de sítios em sítios e nada, silêncio absoluto. O ex oficioso, publicou que o dinheiro de um trecho de pavimentação já estaria na conta. Será verdade?!! O povo quer saber e para isto basta uma confirmação dos nossos eleitos recentemente empossados!!!
    Tem outra coisa, que esta cosqueando nossa curiosidade, é aquele transformador instalado em frente da escola municipal. Quanto custara aos cofres públicos?!! Afinal de contas fora promessa da antiga Alcaide para os Professores em uma entrevista com a presença de ambos na época candidatos.
    Como eu há outros curiosos de como fora gasto o dinheiro de nossos impostos nestes últimos meses de mandato. Estaremos de olho e como sempre acessando o “site” do Tribunal de Contas para ter uma noção da real situação.
    Estamos torcendo para que o atual gestor faça uma exemplar administração, mas queremos estar informados, por isso, prestem contas ao povo e principalmente para aqueles que os elegeram.
    Com a palavra todos os eleitos, sem excessão!!!