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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Como faz falta uma estruturada ferrovia.


    Saí de Porto dos Gaúchos com destino a Capital do Estado, pois já fazia muito tempo que não ia a Corte. Eu queria ver minhas filhas e o meu netinho caçula, pois sinto que a cada ano que passa me aproximo de ser somente uma lápide em um cemitério qualquer. (Isto é se lembrarem de mandar fazer uma antes de brigarem pela herança. Como se importasse, estarei morto mesmo!!! Rssss..)

    Pois bem deixei minha cidadezinha encafurnada no Vale do Arinos, em direção a Juara, para logo no município vizinho da Novo Horizonte do Norte, próximo ao sítio do pai do Delvane, encontrar uma dúzias de crateras, e o pior de tudo isto que estavam todas de boca para cima.

    Pronto foi o que bastou para lembrar da mãezinha dos nossos ilustres políticos, como se as coitadas tivessem algo a ver com isto. Bem, de certo modo tem, pois pariu os objetos de minha solitária revolta.

    Passado a raiva, segue eu preocupado com a situação de nossas estradas, pois queria ter ido pela Baiana, mas me falaram que havia piorado com as chuvas. Lá vou eu então pela rodovia do buraco, ou seria da vergonha?!! Sei lá, já ouvi tantos adjetivos para ela que até me perdi.

    Grudado no volante do meu carro, digo, do carro da minha mulher, fui o conduzindo de modo cauteloso por entre os buracos e outros buracos, sem contar aqueles outros que aguardavam no acostamento esperando a vez de ficarem ali quietinhos com a boca escancarada esperando o incauto motorista, contribuinte de inúmeros impostos (principalmente do IPVA) por ali passar  e amassar a roda ou danificar qualquer outra parte do seu veículo.

    Passado aquele horripilante trecho da MT 170, (justo no trecho da capital do gado que tem dois Deputados) conhecida como rodovia do buraco, fui encontrar um Vereador deitado (ou seria Deputado), já chegando em Marechal Rondon,  no próspero município de Campo Novo dos Parecis.

    Pronto, foi o que bastou para lembrar novamente da mãezinha dos nossos políticos. Um quebra molas sem nenhuma sinalização. Voei sobre ele “chingando” e blasfemando tudo e contra todos. Quem me conhece sabe como que eu gosto de quebra molas!!!

    Passados  estes entraves, prossegui com minha viajem desviando das panelas que frequentemente surgiam em meu percurso fazendo-me lembrar daquela velhinha parideira que criou monstros para ajudar a nos espoliar de tempos em tempos.

    Senti um alívio quando avistei o entroncamento do Gil, aquele local, onde o nortão despeja uma quantidade irreal de carretas e treminhões que vão se afunilando e aglomerando a ponto de parar tudo. Duas horas preso em um trânsito “FDP”.

    Um calor infernal, com o trânsito todo parado, não havia acidentes e nem obras para segurar o fluxo, era excesso de veículos mesmo. Como já dito, um calor infernal e eu preso entre um enorme amontado de caminhões. Um enfiado no rabo do outro não permitindo assim nenhuma ultrapassagem.

    Como faz falta uma ferrovia. A Ferronorte desde quando o petismo assumiu o país, parou, estagnou, somente por que foi FHC que a trouxe até nós.

    Cheguei em Cuiabá após onze horas de sufocante e estressante viagem, para lembrar de quando a Capital fora escolhida para sediar a Copa do Mundo. Lembro que eu estava aqui (ainda estou em Cuiabá), e pude ouvir a festas que os Cuiabanos fizeram. Soltaram fogos e buzinaram festejando a vitória sobre Campo Grande.

    O embaraçado trânsito Cuiabano, agravado pelas obras de “melhoramentos” exigidas pela Fifa, tornou a vida dos moradores desta urbe, um verdadeiro inferno.

    E o dinheiro gasto com tudo isto, e os desvios que sabemos que tem em escala faraônica, agravou também o restante do estado, a saúde, a segurança e principalmente a infraestrutura estão esquecidas, pelo irreal interesse de sediar uns parcos jogos de futebol da copa do mundo.

    Irei retornar a minha cidadezinha portenha, encravada às margens esquerda do Arinos, feliz por ter retornado, mas revoltado por ver o dinheiro dos nossos impostos, lançados irresponsavelmente em um sumidouro.

    Aguardem-me aí, pois em breve estarei de volta para cuidar de suas noites de insônia. Isto é se os buracos e atoleiros permitirem. rssssss.....




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