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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Reinos, Rainhas e Bruxos.(E uma pitadinha de cultura)


    No “post” anterior, intitulado como “Papo de Boteco”, ao finaliza-lo disse que iria falar sobre um famoso Bruxo chamado Rasputin, que era um pouco mais comedido do que o nosso conhecidíssimo Bruxo local, porém como muito mais poder sobre a Rainha.
    Grigory Ifymovich Raspuntin tinha tudo para ser um típico camponês russo. Era alegre, extrovertido, gostava de cantar, dançar, beber e, especialmente, de belas mulheres. Entretanto, seu contato com Klysty, uma seita herética que pregava a purificação pelo prazer, mudou seu destino. De simples mujique, tornou-se a eminência parda da Rússia. Estranha mistura de místico e garanhão insaciável. Rasputin é um dos maiores mitos da História.
    Sem pretender comparar Rasputin da Rússia, como o nosso “bruxeco” local no que concerne as suas qualidades referidas no parágrafo anterior, cujo objetivo é simplesmente demonstrar a nocividade de influências espúrias em reinos passados e governos atuais.
    Rasputin exerceu seu papel principal na vida do Czar Nicolau II, e da Czarina Alexandra, com o nascimento do seus filho Czarevitch Alexis, que como herdeiro do trono russo nascera hemofílico. Um dos motivos da Czarina Alexandra ter-se entregado de corpo e alma aos cuidados de Rasputin, místico, bruxo, curandeiro e provável amante da rainha.
Rasputin
    Um pouco mais sobre Rasputin: “Por volta de 1905, a sua já conhecida reputação de místico introduziu-o no círculo restrito da Corte imperial russa, onde diz-se que Rasputin chega mesmo a salvar Alexei Romanov, o filho do czar, de hemofilia.
Perante este acontecimento, a czarina Alexandra Feodorovna dedicar-lhe-á uma atenção cega e uma confiança desmedida, denominando-o mesmo de "mensageiro de Deus". Com esta proteção Rasputin passa a influenciar ocultamente a Corte e principalmente a família imperial russa, colocando homens como ele no topo da hierarquia da poderosa Igreja Nacional Russa.
    Todavia, o seu comportamento dissoluto, licencioso e devasso (supostas orgias e envolvimento com mulheres da alta sociedade) justificará denúncias por parte de políticos atentos à sua trajetória poluta, entre os quais se destacam Stolypine e Kokovtsov. O czar Nicolau II afasta então Rasputin, mas a czarina Alexandra mantém a sua confiança absoluta no decadente monge.”(Wikipedia)
Família Romanov
    Devido à nefasta influência de Rasputin a Família Romanov, teve um triste destino na longínqua e gelada região siberiana. Todos foram brutalmente executados (assassinados) no exílio após a revolução que colocara os comunistas no poder.
    Com a ajuda dos alemães, Vladimir Lênin retornou de seu exílio e passou a liderar o movimento bolchevique que culminou com uma nova revolução, a chamada Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou o Governo Provisório e instituiu o Governo Socialista Soviético.
    Assim, quando refiro-me em meus “post” sobre o nosso bruxo de risada estridente, quero demonstrar sua influência direta nas decisões político e administrativa no nosso Reino encantado. Se esta influência é nefasta ou nociva somente o tempo dirá.
   Procuro também,  evidentemente com o escopo crítico, demonstrar que até então o Parlamento local, se sentia coagido pela suposta influência do nosso “bruxeco” nas decisões da Rainha.
     Intimidados com a risada estridente do nosso personagem local, o Parlamento, muitas das vezes quando precisava tomar postura oposicionista quedava-se em silêncio. Este silêncio em certa ocasião lhes custaram muito caro, quando foram acusados e acionados por negligenciarem no dever fiscalizatório dos recursos públicos.
    Na última reunião parlamentar, parece-me que alguns dos Edis, esboçaram uma pequena reação quanto ao domínio absoluto da Coroa sobre aquela Casa. Reagiram de forma corajosa ao desafiar um isolado escudeiro da Rainha em suas improcedentes colocações.
    Por isto nunca é tarde para desafiar o Bruxo e sua nefasta influência, demonstrando para o povo que ainda pode haver reação, quiçá a mudança tão pregada no passado, possa florar na pele daqueles que um dia acreditaram que esta seria possível.

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