PERSEGUINDO A VINGANÇA - 22ª PARTE

    

                   Já havia passado alguns dias do encontro de Tião com o Pistoleiro objeto de sua sina, e as noites solitárias da pacata Rosário tornava-se cada vez mais triste.

                   Tião, ao deixar o Posto, ia ao encontro nem que fosse para olhar de longe a sua amada. O Jovem acobertava-se pelas sombras das árvores e a má iluminação da cidade para de longe contemplar sua namorada, e sempre a via deixar o culto naquela singela Igrejinha Evangélica, para acompanha-la até sua casa, sem deixar ser notado.

                   É certo que a jovem Rosilda, em certas ocasiões já o tinha visto em suas repentinas aparições, e regozijava com a sua presença.

                   Um dia o coração do Jovem não aguentou e ele correu ao encontro de Rosilda, parando em sua frente e buscando com seus olhos negros  o olhar da menina que trêmula lançou-se em seus braços e ali mesmo acobertada pelas sombras dos arbustos trocaram um longo e apaixonado beijo.

                   Tião acariciando os longos cabelos de sua amada, foi logo dizendo-lhe:

                   _Guenta mais um pouco Rosirda, não demora muito para nós fica junto prá sempre!!!

                   A jovem o abraçou novamente e ainda querendo entender os motivos de seu afastamento, lhe perguntou:

                   _ Por que não já Tião!?! Por que não já??!... – Buscando  uma resposta que ainda lhe fora negada.

                   _Um dia ôce vai sabe!!! - Respondeu-lhe  Tião a razão de seu desejo.

                   Daquele dia em diante passaram a se encontrar mais vezes, porém eram encontros rápidos, onde trocavam-se algumas carícias e beijos apaixonados.

                   Ambos ardiam em desejos, alguns até pecaminosos para a evangélica Rosilda, porém era tão forte que ela pensava não resistir e se entregar de corpo inteiro.

                   E assim ia se passado os momentos a ponto de Tião, pensar em abandonar tudo o que tinha começado para se entregar por completo a sua amada, porém, sem seguida lembrava-se de sua promessa ao pai violentamente morto.

                   Faltava somente um dos que matara seu pai, mas havia ainda outro, aquele que tinha encomendado a morte do seu velho. Este era mais difícil de ser encontrado.

                   Tião acompanhara Rosilda até sua casa, depois caminhou pensativo pelas ruas esburacadas e escura da pequena cidade até chegar ao seu alojamento no fundo da borracharia.

                   Esticou-se em sua cama pensando em sua atribulada vida, maculada pela sede insistente de fazer justiça com suas próprias mãos. Tinha ele que acabar com seu compromisso e para isto decidira então, em matar Tião Bigode, somente assim sentiria que havia cumprido sua missão.

CONTINUA.......