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domingo, 16 de fevereiro de 2014

Divagando, somente divagando.



     É duro ficar de molho!!! Tenho os sintomas de uma dengue, fui ao médico e ele me disse que pode ser uma virose. Dengue não é um vírus?!!
    Estranho que já estou exaurido em minha capacidade física, pois desde terça feira encontro-me recluso em minha casa, o que para eu está sendo difícil, já que  não posso nem ir à Fazenda.
    Pois bem, mesmo assim irei arriscar escrever algo para postar em meu blogue e não passar batido até a próxima postagem do meu conto intitulado “perseguindo a vingança”. Sei que não são muitos que estão tendo paciência em acompanhar as partes semanalmente publicadas, mas posso garantir-lhe que está para ser finalizada. Já estou trabalhando no seu epílogo que em breve será publicado.
    Hoje estou simplesmente com a vontade de divagar, jogar palavras fora, sem o compromisso com a razão. Simplesmente divagar!!!
    Aliás, sexta feira a tarde, deixei a minha reclusão dengosa, para me fazer presente a uma audiência no Fórum local. Quando participava daquele importante ato, que fiz questão em estar presente mesmo fragilizado olhava em meu redor observando as partes e os demais patronos daquela “contenda”.
   Havia duas jovens advogadas, as partes, o Magistrado e a Promotora de Justiça. Todos muitos jovens em consideração a minha pessoa. Lembrei-me do meu início de carreira, e fiquei até feliz em saber que eu ainda estava ali defendendo um interesse. Mas estava ali, e, mesmo doente não deixei meu “cliente” desamparado.
    Uma certa ocasião, li em algum lugar, que nas tribos antigas, os anciões eram consultados quando havia um problema para ser resolvido envolvendo os membros da tribo ou comunidade.  Infelizmente nossa sociedade dita moderna e civilizada não pensa desta maneira, muitas das vezes confinam os anciões em completo esquecimento. Em verdade não estou tão velho assim, mas tenho certeza que caminho a passos largos para ser considerado um “idoso” na acepção da palavra.
    Quem me conhece sabe que não sou religioso. Uns até acham que sou ateu, e me divirto com isto, até contribuo para que continuem pensando desta maneira. Afinal de contas não existe mais o santo inquérito não é verdade?!! Se não eu estaria sendo torturado por uns padrecos doidos em uma masmorra qualquer ou sendo queimado em uma fogueira.
    Para confortar o coração daqueles que gostam de pensar em contrário, por não me verem em uma Igreja, missa ou culto Cristão, afirmo que acredito em Deus, mas, naquele Verdadeiro, Único e Eterno narrado no Velho Testamento.
    Uma definição mais moderna do meu Eterno Deus, foi aquela utilizada por Gibran em seu conto denominado “Visão”, que quando li, achei muito exemplificativo. Foi enunciado pelos três espectros personagens daquele conto, que o concluíram assim: “O amor, a revolta e a liberdade são três manifestações das manifestações de Deus, e Deus é a consciência do mundo bom”.
   Para que tudo isto?!!! Bem eu simplesmente acho que Deus sempre terá um propósito para nossa breve existência. Quando estamos no auge de nossa adolescência ou jovialidade, tomado por hormônios achando que ninguém é melhor do que nós, ele nos coloca em insignificante propósito, não nos deixa a alçar altíssimo voo para que a queda não seja maior em nossa desolada soberbia.
    Com o passar dos anos vamos de uma maneira e outra adquirindo experiência, porém, o Senhor em sua Eterna Sabedoria, vai aos poucos nos enfraquecendo para mostrar que somos apenas fruto de uma breve existência que logo cessará.
    De uma forma ou de outra Ele nos mostra que não somos nada, apenas pó. Do pó ao pó, esta será nossa herança, já que nem a nossa experiência de nada servirá para os jovens que estão vindo em nosso encalço. Eles não terão ouvidos para palavras de um  velho lobo.
    Feliz é aquele Jovem, que escuta os mais velhos, sem os chama-los de ultrapassados, pois certamente incluirão em seu acervo cerebral conhecimento daquele que já viveu, seja um problema ou outra situação que possa ser utilizada como exemplo de vida. Os filhos deveriam ouvir mais os seus pais, certamente cometeriam menos erro em suas vidas.
    Assim término este “post”, cujo propósito foi o somente de divagar, e como dito no início, sem o compromisso com a razão.
 

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