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terça-feira, 13 de julho de 2010

FEDIA, MAS HAVIA EMPREGOS!

Fedia, mas havia empregos!

Semana passada, o povo Juarense foi surpreendido com a notícia que o Frigorífico Pantanal, havia dado aviso prévio a 200 empregados. Prenúncio de que iria encerrar suas atividades naquela progressista urbe.

Tenho ido com muita freqüência a Juara, e senti por várias ocasiões o forte odor fétido que exalava pela cidade, sempre atribuído ao Frigorífico Pantanal. Houve até audiência pública, para tentar resolver a situação.

Pressionado pelos órgãos estatais, e pela própria sociedade local, a empresa começa a encerrar suas atividades e quem arcará com o ônus é o trabalhador assalariado. O que fazer?!

Duzentas famílias de trabalhadores amargarão o desemprego de seus entes, a princípio viverão com o seguro desemprego, e depois?! O intervencionismo estatal na economia nestes últimos anos está sendo cruel, não só com o empresário, mas também com aqueles que precisam de trabalho para sua manutenção e de sua família.

Primeiro veio às operações comandadas pela Polícia Federal em parceria com IBAMA e ONGs de ecologistas fechando as madeireiras deixando muitos desempregados. Dane-se o povo, dane-se o trabalhador, o importante é a preservação.

A quem beneficia o gigantismo Estatal?! O Estado e principalmente a União somente aparece na região para autuar e arrecadar, nunca para mostrar um caminho honroso a aqueles que geram os empregos ceifados pela hipócrita intransigência. Quem gera empregos são tratados com desdém quando não como bandidos.

Se o Ministério Público agiu com certo rigor, ingressando com alguma medida legal para forçar o Frigorifico a tomar alguma providência para amenizar o mau cheiro, o fez porque houve cobrança da sociedade local. O Frigorífico como qualquer empresa, sempre esteve sobre uma enorme carga tributária e em conseqüência disto, vendo que as exigências do órgão ministerial era demasiadamente onerosa resolveu encerrar suas atividades dando início a sua pretensão com a demissão de nada menos que 200 trabalhadores.

Mas o dano não pára por aí, haverá uma considerável perda também no comércio local, pois são duzentas pessoas e até famílias que irão reduzir seus gastos consumindo menos buscando economizar com o evidente intuito de sobreviver nestes escassos dias de emprego e renda. Sem contar com os serviços terceirizados que também irão perder. Atrás disto, podem ter certeza, virão também os problemas sociais que serão muitos.

Lembro que em certa ocasião aqui em Porto dos Gaúchos, o Ministério do Trabalho, fazendo sua rotineira fiscalização, exigira de uma sorveteria local que não mais usasse menores para a venda de sorvetes. Muitos menores ficaram ociosos pela cidade, pois a medida não os tirara das ruas, e muitos deles, privado do parco ganho, lançaram-se a cometer pequenos furtos, trazendo grandes transtornos a sociedade como um todo.

Muitos dos políticos locais inserem em seus discursos de campanhas, o desenvolvimento industrial de seus municípios com o propósito de gerar empregos, porém quando empresas aparecem e vem o desconforto causado pelo cheiro e poluição causado pelo natural processo de produção, o povo reclama que tem que ser tomadas providências. Será que Lucas do Rio Verde irá reclamar do grandioso Frigorifico que lá instalou e que certamente está trazendo riquezas para o seu povo?! É certo que não!

A esperança é que Juara irá achar uma forma de amenizar o impacto causado pelo encerramento das atividades de mais uma empresa geradora de impostos e empregos para o povo daquela bonita urbe. Deverão buscar outras empresas que absorvam completamente os desempregados demitidos pela intransigência de muitos. Sentirão até saudades do cheirinho desagradável que no cair da tarde exalava pelos quatros cantos da cidade, empurrado pelo vento, e em reflexão dirão, pois é naquele tempo pelos menos havia empregos!

Muitos irão gritar que tem que haver agricultura! Pergunta-se?  Agricultura também não traz poluição?! Um município nos dias atuais não se pode dar ao luxo de permitir que uma empresa feche o ou que abandone suas atividades produtivas em seu território, simplesmente porque alguns reclamam do mau cheiro. Fedia mais havia empregos! Fedia mais havia renda! E agora?!

Nilton Flávio Ribeiro (niltonflavioribeiro.blogspot.com)







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