Quando estouraram as primeiras manifestações contra
a copa do mundo, ainda no correr da copa das confederações, todo o Brasil quis
imitar os atos, que posteriormente vieram a ser ofuscados pela atuação
criminosa dos “blak bloc”.
Em nossa cidadezinha fictícia encravada na selva
amazônica, uma meia dúzias de estudantes
do ensino médio resolveram que era hora de imitar o “sul maravilha”, e, apoiado por alguns professores eternos
defensores de “melhoras para educação”, resolveram ir as ruas.
Assim decidido, alguns estudantes imaturos e
desavisados, visitaram os estabelecimentos daquela fictícia localidade, avisando
da data em que a passeata iria acontecer, e entre linhas, deixavam claro que se
as portas não fossem fechadas em apoio ao movimento, o estabelecimento corria
risco de ser alvo de um possível ato de vandalismo.
Na verdade, queriam os estudantes conseguir o apoio
do comércio local, e aqueles que relutavam em baixar suas portas eram de uma
maneira e outra, submetidos a um pequeno temor que os obrigavam em aderir
aquele movimento.
Chegado o dia das manifestações, um comerciante de
lá, dissera que havia sido visitado por alguns estudantes, e diante da sua
relutância em fechar seu estabelecimento comercial tinha sido avisado que
poderia ter seu estabelecimento apedrejado.
O nosso herói solitário, esbravejou em defesa do seu
direito e de sua liberdade em permanecer aberto, e contra ameaçou, dizendo que
da mesma forma que as pedras fossem atiradas contra ele e seu estabelecimento
este devolveria em forma de “balas”, referindo num possível confronto em entre
pedras e chumbo.
Já estava escuro quando foi dado início a
manifestação, que seguia com gritos e palavras de ordem em prol de “melhoras
para educação”, descendo a avenida principal daquela pequena e fictícia cidadezinha
do interior do Amazônia. Em frente do seu estabelecimento estava o nosso herói
solitário, e mais dois amigos aguardando a passagem do evento.
O comerciante como sempre irredutível em sua posição
de não fechar seu estabelecimento, vendo a gritaria que despontava lá no início
da via pública, resolveu então fechar uma das portas, permanecendo somente com
outra de seu comércio aberta em desafio àqueles que queriam obriga-lo a
participar daquele ato de protesto.
Quando os protestantes começaram a se aproximar do
seu estabelecimento, nosso herói solitário, mais que depressa fechou a outra
porta, alegando para seus amigos, que somente estava assim procedendo para
evitar transtornos. Agora a passeata já estava em frente do seu
estabelecimento, e já dava para ver que a maioria de seus participantes eram
crianças, adolescentes e alguns tímidos professores.
Repentinamente, o nosso herói solitário, foi até a
porta do seu estabelecimento, e em um movimento brusco a abriu com toda a
força, e foi logo dizendo, que aqueles
manifestantes ele esparramava era na cinta e a única bala que ele iria distribuir
era a de hortelã, mostrando-se novamente encorajado diante daquele fraquejado
movimento.
Nosso ousado herói dissera então, que aquela
manifestação mais parecia à comemoração do dia das crianças de que uma passeata “para
melhoras na educação”. Rsssss......
E assim terminou
o dia, em nossa fictícia cidadezinha encravada na selva amazônica.
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