Hoje está completando dois meses do desaparecimento
da cozinheira Franciele. Como andará as investigações?!! E o suspeito
investigado ainda se encontra em Porto dos Gaúchos?!! São perguntas que ainda se houve pela cidade,
e as repostas ainda são as mesmas.
Confesso que não conheci Franciele, pelo menos não
me recordo de ter trocado uma ou duas palavras com ela, mas a forma que ela
desapareceu tem comovido e revoltado não somente eu como também grande maioria
da população portogauchense pelos prováveis indícios de um possível e bárbaro crime.
As suspeitas pairam sobre o provável pai do feto que
ela carregava no ventre. Os boatos que circulam pela nossa cidadezinha é que o
sangue encontrado em um dos veículos de propriedade do investigado seria de um cachorro?!!
Por falar em cachorro, lembro-me de um caso ocorrido
no passado de nossa cidade, onde um jovem matara um velho que o abrigara e o
jogara em uma fossa abandonada.
Para confundir as investigações, o criminoso, matou
um cachorro e o enterrou sobre o cadáver de sua vítima na mesma fossa em que o
corpo havia sido atirado.
Quando a polícia deu início às investigações pelo
desaparecimento do ancião, os vizinhos informaram que haviam visto o algoz
enterrando algo na fossa abandonada no fundo do quintal.
Os policias já desconfiavam do suspeito, e foram ter
com ele, quando este informou que havia enterrado um cachorro morto. Os
investigadores de então iniciaram as busca e cavoucaram no local e realmente
vieram a descobrir que ali havia um cão enterrado.
Podiam parar as buscas pois haviam comprovado
que o suspeito teria dito a verdade. Porém um deles resolveu cavoucar um pouco
mais fundo foi quando encontraram o corpo do ancião.
Diziam na época que o assassino o matara para ficar
com sua casa. O assassino fugiu após ter sido preso no presídio local e até
hoje não fora encontrado.
É um bom exemplo de como um cão pode ser usado para
mascarar um bárbaro crime. Não estou dizendo que no caso de Franciele isto
possa ter ocorrido, pois sou como qualquer outro cidadão portogauchense, um
simples curioso indignado que gostaria de ver o caso resolvido pelas
autoridades locais.
Enquanto isto não ocorre sobra somente a indignação
e o anseio pela justiça, seja ela dos homens como a Divina.
Em apoio aos amigos e familiares da desaparecida resolvi
completar este meu poste de indignação com um singelo poema. Vejamos
então:
O DESAPARECIMENTO DE UMA FLOR.
Olhem o desabrochar de uma flor
exalando seu perfume acusa o néctar,
atraindo para beijá-la, pássaros, insetos,
e até o tenebroso morcego.
Todos se fartam do néctar de seu seio,
depois alçam voo em busca de outra,
para lá depositar seus esporos.
O que era uma flor agora é apenas um fruto.
As flores não morrem, murcham.
As flores murcham para que dela nasça um fruto,
servido de alimentos para morcegos, insetos e
pássaros.
que transportam em seu interno as sementes deste que
já fora fruto.
Os frutos não morrem, deterioram.
Como alimentos ou depositados no chão da floresta.
de uma forma ou de outra sempre será alimento.
Os frutos não morrem se transformam.
Porém na perversidade humana,
existe flor fecundada por truculento zangão,
que não morre e não murcha,
simplesmente some em uma noite escura.
Não exalou qualquer odor,
seja da vida ou da morte,
simplesmente some,
desaparece sem deixar quaisquer vestígios.
Desapareceu por que pecou?!!
Entregou-se a um obscuro zangão ou a um tenebroso
morcego
fecundada simplesmente some,
sumindo, premiou a irracionalidade.
Esta flor simplesmente sumiu,
levando em seu interno,
a semente de um pequeno fruto,
que jamais germinará.
Some-se no véu da noite escura,
sumiu como mágica de um mágico cruel.
não se sabe estar viva,
porém todos acreditam estar morta
Sumindo sua família chora,
seus filhos imploram,
seus amigos indagam,
onde estará ela, ou seu corpo sem vida?!!
Mas o cruel zangão ou tenebroso é fétido morcego,
provável responsável pela sua fecundação
detentor da vida e da morte
voa em liberdade em busca de outra incauta flor.
niltonflavioribeiro@blogspot.com