No fundo do quintal de minha casa existe um palco. Na
verdade um imenso palco.
Todo final de tarde juntam-se ali milhares de seres para
juntos lançarem em coro uma estridente e barulhenta sinfonia.
São periquitos e maritacas, vez e o outra junta-se a eles alguns papagaios e araras
e juntos dominam o entardecer no ensurdecedor barulho que até mesmo abafou
aquele outro e não agradável barulho vindo dos veículos equipados com caixas
que fizeram da avenida seu palco.
Porém o cantar dos barulhentos pássaros, não incomodam tanto
como o ruído dos veículos e de suas músicas de uma nota só.
Conforme a noite vai aproximando, eles revoam cantando dão
uma volta sobre o quarteirão para em seguida pousarem novamente naquele imenso
formoso palco, formado por um ipê e um eucalipto que despontam sobre as demais árvores.
O frenesi prossegue
até que o escurecer domine por completo o entardecer. O cantar dos pássaros
agora dão espaço ao silêncio da noite, porém lá da avenida, prossegue aquela
sinfonia irritante de uma nota só. Tuf! Tuf! Tuf!...Tuf! Tuf! Tuf!......
Nesta hora sinto falta da algazarra dos pássaros, que com
seu barulho agradável abafava por completo o tuf, tuf dos veículos.
Tuf, tuf para lá! Tuf, tuf para cá! Fazer o que né, cada um
gosta do que gosta!!! Dizem que a hiena, animal típico das savanas africanas,
sem alimentam de restos de outros bichos, principalmente de suas vísceras.
Literalmente comem merda e ainda rí!!! Riem do que afinal!!!!
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