Sábado agora (24/08), retornamos da fazenda por
volta das vinte horas, onde havíamos passado um dia maravilhoso, em companhia
do meu netinho primogênito.
Ao chegarmos a nossa cidade pude observar como ela
estava agitada, com motos e carros subindo e descendo a avenida central,
pessoas sentadas nas lanchonetes e espetinhos comendo, tomando refrigerante ou uma cerveja, conversando
animadamente.
Pude observar ainda, que em uma lanchonete
central, havia uma agitação maior de pessoas animadas e veículos estacionados,
fiquei até contente em saber que a nossa cidade começa encontrar um atividade
noturna mais jovial.
Chegando me minha casa, pude ouvir o som elevado da
música que vinha lá da avenida, somente não pude distinguir se era oriunda da
lanchonete ou de um veículo qualquer.
Até aí tudo bem, era sábado noite de baladas e
outras curtições mais, naturais dos finais de semanas ou véspera de feriados.
O som era tão elevado, que podia-se facilmente
distinguir o ritmo musical que tem caído no gosto dos nossos jovens, o tal “sertanejo
universitário”.
Pude ouvir na música que tocava uma estrofe
repetitiva de “não para, não, não para...” que ecoava noite adentro incomodando
e ferindo os tímpanos de outrem.
O pior de tudo isto, não era somente a estrofe da
música que era repetitiva, quando você achava que ia terminar, a mesma música
repetia novamente e assim sendo, novamente se repetia o “não para, não para, não para...”.
Dentro do meu
insignificante e carcomido ego, cada vez mais exigente com o passar dos anos eu
dizia agora vai parar, mas a música recomeçava e novamente a estrofe do “não
para, não para, não para...” prosseguia com o seu intuito “idiotizante”.
Quando isto acontece, pergunto-me se sou somente eu
que noto isto, ou se outras pessoas também se sentem incomodadas com tais
situações?!! Fico imaginando se aqueles que residem mais próximo da avenida não
vão a loucura com a altura do som e o mau gosto musical daqueles que não estão
nem aí com a privacidade alheia.
Perguntei de eu para comigo mesmo, se não era eu que
estava me tornando aos poucos um velho ranzinza, mas aquele som vindo da
avenida continuava insistentemente dizendo “não para, não para, não para...” e
assim aquela horrível música repetiu por muitas e muitas incômodas vezes
torturando-nos como se estivéssemos em uma masmorra da inquisição.
Lembrei-me do Código de Postura Municipal, Lei esta que
era para impor importantes avanços para
o Município, que se realmente viesse a ser aplicada, iria amenizar a idiotice
predominante dos gostos musicais que frequentemente insistem em nos forçar a
ouvir. Enquanto isto não acontece, para, para, para..., pois qualquer saco tem
seus limites.
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