Antes de empreender minha ida, indaguei com os amigos qual
seria o melhor trajeto para se atingir a corte do poder mato-grossense. Um
deles me dissera que eu haveria de escolher, entre ficar atolado nos desvios da
baiana, correr o risco de cair na ponte do arinos existente entre os municípios
de Porto e Juara, enfrentar o trajeto por Juara andando sob os buracos e
crateras existentes na pavimentação, ou simplesmente ir de avião pegando a
aeronave na cidade de Sinop.
Ah! Isto depois de dar uma considerável volta por Tabaporã,
já que havia caído uma ponte e outra havia sido queimada por camioneiros.
Pois é pessoal, apesar dos avanços dos últimos anos, nós
reles mortais habitantes do chamado vale do Arinos, continuamos com grandes
dificuldades para atingir a Capital do Estado pelo chão.
Sexta feira passada deixei Porto dos Gaúchos rumo a Capital
do Estado, e o trajeto escolhido foi a MT 338 conhecida velha de guerra como “estrada
da baiana”.
Já no trecho onde existem os desvios da pavimentação
asfáltica, encontrei as primeiras
dificuldades. Os desvios estavam alagados devido às chuvas precipitadas nos
últimos dias.
Não tive dificuldades em superar os ditos obstáculos, uma
vez que o veículo que eu conduzia possuía tração “nas quatros”. Mas imaginem
você se fosse um veículo comum de passeio?!!
Pois bem, prossegui minha viagem enfrentando as dificuldades
de sempre, um buraco ali outro acolá, mas até razoável em vista de tempos de
outrora.
A coisa começou mesmo a ficar feia, já na BR 163, pois um
acidente envolvendo três caminhões havia parado a rodovia, logo após Nova
Mutum. De ambos os lados havia uma fila de caminhões, carretas e “bitrens” parados. Calculei ums 20 km de
congestionamento.
Por falar em camioneiros, estes “simpáticos cavalheiros”,
são contumazes em agravar a situação. Se não consegue passar bloqueiam as
estradas a fim de não permitir que mais ninguém passe. Não interessa se existam
crianças, idosos ou doentes. Se eles não passam ninguém mais passa.
Prova disto, foi o que falei no princípio, quando eles
invocam com algo queimam pontes ou atravessam seus veículos na pista com o
propósito irracional de interromper o trânsito.
Quanto ao bloqueio falado anteriormente, próximo à Nova
Mutum, visualizei um desvio entre a plantação de soja e assim passei o bloqueio
sob o olhar de censura e magoa de alguns camioneiros que já haviam tentado
bloquear este desvio também jogando pedras e paus para impedirem os veículos
menores de utilizar esta opção.
Já no retorno, foi mais tranquilo, optei pelo trajeto Posto
Gil/São José do Rio Claro/Nova Maringá/Brianorte, passando pela balsa “do treze”.
Além de ser mais perto, foge-se do engarrafamento de caminhões e camioneiros
inconsequentes, ou seja, afasta-se por completo do perigo de se envolver em um
acidente.
Este trajeto seria uma ótima alternativa para nos
Portogauchenses, sem não fosse à cabeça oca de alguns políticos locais. Ainda
bem que um grande empresário do outro lado do Rio, por sua própria conta está
recuperando o trecho de 25 km que liga a MT até a balsa, pois se dependesse dos
políticos (salvo raras exceções) nos
estaríamos predestinados a nunca ter
acesso por esta via.
A viagem por este trajeto, que segundo alguns vereadores não
pode ser arrumado por pertencer a outro município, (basta um simples projeto de
lei autorizativo) é menos estressante do que enfrentar congestionamentos e
buracos na pavimentação.
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