PORTO DOS GAÚCHOS
– A HISTÓRIA RECENTE VIVIDA.
(RESUMO)
No passado, quando ainda assessorava
o Prefeito Revelino, fui encarregado de elaborar as provas do concurso público
do Município de Porto dos Gaúchos. No momento do preparo das provas de história
do Município, deparei de como é pobre as informações no contexto político, tão
importante para memória de um povo.
Primeiramente
é preciso esclarecer, que não tenho nada de historiador, sou advogado e
agropecuarista, é o que faço para sobreviver nesta cidade desde 1984, quando
então cheguei vindo de Assis interior de São Paulo. Tempos difíceis aqueles, que graças a Deus passaram um pouco lento,
mais proveitoso.
Quando
conheci Porto dos Gaúchos, ainda morava no interior Paulista. Era final de
março de 1984, quando embarquei em um ônibus na Capital do Estado, com destino
a Juara, que até então só tinha ouvido falar. Porque Juara se pretendo falar de
Porto dos Gaúchos?!! Esta será uma indagação que muitos portogauchenses farão,
se algum dia lerem esta iniciação histórica, se assim pode ser chamada.
Quando
saí de Cuiabá, em direção ao Noroeste do Estado, meu destino era Juara. Peguei
o Ônibus (Expresso Maringá) à noite na moderna rodoviária da Capital, com
destino direto ao chamado sertão matogrossense, que nem os matogrossenses,(Leia-se
da baixada Cuiabana) conheciam ao certo. Os primeiros 30 (trinta) quilômetros
rodados, foi uma beleza, haviam sido recentemente asfaltados, mais logo, depois
de um breve cochilo, acordei sacolejando com os buracos da estrada de terra
batida e o forte cheiro de poeira que se levantava por todas as frestas do
velho e carcomido ônibus. E assim foi noite adentro até o amanhecer, quando os
primeiros raios de sol iam me revelando pelo vidro empoeirado do veículo, a vegetação
retorcida do cerrado já próximo de onde hoje, é a cidade de Nova Mutum.
A
estrada era a Rodovia denominada BR 163. Em alguns locais, já havia
acampamentos de patrulhas de empreiteiras que começavam a trabalhar em sua
pavimentação. Um pó fino esbranquiçado levantava do chão quando os veículos
passavam, cobrindo toda vegetação existente na beira da estrada de poeira. Os
buracos na estrada eram freqüentes, e minha viagem estava tornando-se uma
grande aventura em rumo do desconhecido. O advogado recém formado em busca de
um sonho, ganhar dinheiro e comprar terras no sertão matogrossense.
A
viagem prosseguiu tranqüila, passando por lugarejos, que mais tarde iriam ser
grandes e importantes cidades na economia matogrossense. A beira daquela
esburacada e empoeirada estrada, chamada de BR, pelos moradores da região,
existiam lugarejos, pequenos povoados, onde mais tarde originaram-se cidades
importantes como Lucas do Rio Verde, Sorriso e principalmente Sinop. Naquele
tempo, pelo menos para eu, e pela empresa de transporte coletivo, não era
conhecido a tão falada “estrada da baiana” (MT 338).
O
trajeto que eu estava empreendendo era por Sinop, vindo pela BR 163 e após
Sinop, pegando a MT 220, que cercada de exuberante floresta amazônica, nos levava em
direção ao desconhecido, pelo menos para mim. No caminho rios, pequenos e grandes, que aguçavam a
curiosidades de pseudo pescador, que viajava ao meu lado. De hora em hora,
quando passávamos por um rio ou córrego revelado pela estrada entre a mata, ele em sua simples porém fértil imaginação, dirigia-me a
palavra, pedia para que eu imaginasse o tamanho dos peixes que ali existiam.
Isto me divertia, levando-me a entrar no jogo imaginativo pensando nos grandes
peixes que ali poderiam habitar. Isto ajudava o tempo passar. (CONTINUA...)
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