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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Produtores ou criminosos?!!



    A operação da Policia Federal, denominada “Terra Prometida”, prendeu e expos produtores rurais, que em minha opinião é de conceituada índole.

   Segundo o Comando desta outra cinematográfica operação, estes estariam envolvidos em compra ilegal de áreas pertencentes à União. Pelo que entendi tais áreas foram destinadas ao INCRA para assentamento de pequenos produtores.

   Na minha opinião, salvo melhor juízo, os assentados então, vendo suas terras “enjuquirar” por falta de investimentos as repassaram para os sojicultores a preço na época satisfatórios. Os adquirentes fizeram consideráveis investimentos me cima de tais áreas, alguns até mesmo com a edificação de silos para armazenagem dos grãos.

   Os antigos assentados,  vendo a brusca valorização daquelas terras devido aos investimentos da classe produtora, decerto, creio eu,  cresceram os olhos e usando de artifícios falsos promoveram toda esta celeuma.

   Ninguém pode negar, que aquelas terras somente obtiveram grande valorização após os investimentos promovidos pelos produtores rurais, investimento estes dos quais os antigos assentados nunca fizeram.

    Eu não acredito que houve aliciamento ou ameaças contra os assentados parceleiros para que estes fizessem a venda de suas terras, ou qualquer outro ato de grilagem propriamente dita. Existe sim arrependimento deste parceleiros, que desanimados com o labor cotidiano as venderam para terceiros ou para agricultores, e agora vendo a crescente valorização de suas parcelas outrora abandonada, querem as de volta.

   Eu resido nesta região desde os idos de 1984, quando transitei pela MT 338 (Estrada da Baiana) em direção a Juara passando por Porto dos Gaúchos aonde vim a residir posteriormente. A Rodovia MT 338 ainda estava em construção, faltavam trechos para sua finalização. Itanhangá, Siminone e Ipiranga do Norte se quer existiam.

   Hoje onde é o prospero Município de Itanhangá era somente uma exuberante selva, raramente encontrava-se alguém circulando por aquelas paragens.

   Tempos depois vieram os “sem terras” e com seus barracos de pau a pique coberto de lona preta tomaram a margem da estrada com seus desorganizados acampamentos.

   Após a desapropriação daquelas terras pelo INCRA ocorreram o assentamento dos parceleiros. Alguns tempo depois, estes mesmos parceleiros deram início à venda de seus “direitos”, para terceiros  sojicultores.

   A pequena vila Itanhangá, começou a desenvolver-se impulsionada primeiramente pela indústria madeireira alimentada pela madeira vendida pelos assentados extraídas de suas parcelas.

   Algum tempo mais tarde, terminado a matéria prima existente sobre as parcelas, muitos parceleiros originais, deram início a venda dos seus pretensos direitos possessório.

   O Município de Itanhangá explodiu em desenvolvimento com o início do ciclo do arroz, soja e milho, impulsionado pelos investimentos dos atuais produtores que adquiriram suas terras dos antigos parceleiros.

   Com o desencadeio da operação da polícia federal, os atuais possuidores, responsável pelo desenvolvimento daquela região com investimentos e produção agrícola, foram taxados de criminosos grileiros de terras.

   Eu indago, se as autoridades policiais que comandam a operação desencadeada na região, se estas tem conhecimento de que a pavimentação asfáltica iniciada em Lucas do Rio Verde até Tapurah, somente foi possível com a participação da classe produtora muito deles hoje inseridos na lista divulgada como suspeitos dos crimes de venda e compra ilegal de terras da União?!! Não sabem e nunca procuraram saber.

   Também não deve saber ou desconhecem por completo que a pavimentação asfáltica da MT 338 (Baiana) somente está sendo possível por que os agropecuaristas desta região enfiaram a mão no bolso para custear o seu início.  
   É triste ver pessoas que sempre contribuíram para o desenvolvimento regional estarem sendo presas por suspeitas de crimes que acredito  que não ocorreram como vem sendo noticiado.
    Isto o que vem ocorrendo em Itanhangá comprova que a reforma agrária neste país, sempre foi usada de forma política cujo escopo é atender interesses de sindicatos e sem terras pseudos agricultores de ocasião.


   É importante salientar que a prosperidade somente acontece com árduo trabalho e investimentos financeiros. Sei que a operação da policia federal somente fora deflagrada frente a alguma denúncia, porém, não se deve negar que a região está seguindo em frente graças ao trabalho e investimentos daqueles investigados considerados suspeitos destes mencionados crimes.
   Faço desta minha singela postagem, um  alerta para todos que produzem neste pais, e que nestes últimos  anos de governo petista, estão sendo tratados como bandidos. Faço aqui um desabafo em prol daqueles que realmente produzem riquezas e arrecadam impostos. Fica aqui a minha homenagem aos produtores rurais deste imenso país.

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