A operação da Policia Federal, denominada “Terra
Prometida”, prendeu e expos produtores rurais, que em minha opinião é de conceituada índole.
Segundo o Comando desta outra cinematográfica
operação, estes estariam envolvidos em compra ilegal de áreas pertencentes à União. Pelo que entendi tais áreas foram destinadas ao INCRA para assentamento
de pequenos produtores.
Na minha opinião, salvo melhor juízo, os assentados
então, vendo suas terras “enjuquirar” por falta de investimentos as repassaram
para os sojicultores a preço na época satisfatórios. Os adquirentes fizeram
consideráveis investimentos me cima de tais áreas, alguns até mesmo com a
edificação de silos para armazenagem dos grãos.
Os antigos assentados, vendo a brusca valorização daquelas terras
devido aos investimentos da classe produtora, decerto, creio eu, cresceram os olhos e usando de artifícios
falsos promoveram toda esta celeuma.
Ninguém pode negar, que aquelas terras somente
obtiveram grande valorização após os investimentos promovidos pelos produtores
rurais, investimento estes dos quais os antigos assentados nunca fizeram.
Eu não acredito que houve aliciamento ou ameaças
contra os assentados parceleiros para que estes fizessem a venda de suas
terras, ou qualquer outro ato de grilagem propriamente dita. Existe sim
arrependimento deste parceleiros, que desanimados com o labor cotidiano as
venderam para terceiros ou para agricultores, e agora vendo a crescente
valorização de suas parcelas outrora abandonada, querem as de volta.
Eu resido nesta região desde os idos de 1984, quando
transitei pela MT 338 (Estrada da Baiana) em direção a Juara passando por Porto
dos Gaúchos aonde vim a residir posteriormente. A Rodovia MT 338 ainda estava
em construção, faltavam trechos para sua finalização. Itanhangá, Siminone e
Ipiranga do Norte se quer existiam.
Hoje onde é o prospero Município de Itanhangá era
somente uma exuberante selva, raramente encontrava-se alguém circulando por
aquelas paragens.
Tempos depois vieram os “sem terras” e com seus
barracos de pau a pique coberto de lona preta tomaram a margem da estrada com
seus desorganizados acampamentos.
Após a desapropriação daquelas terras pelo INCRA
ocorreram o assentamento dos parceleiros. Alguns tempo depois, estes mesmos
parceleiros deram início à venda de seus “direitos”, para terceiros sojicultores.
A pequena vila Itanhangá, começou a desenvolver-se
impulsionada primeiramente pela indústria madeireira alimentada pela madeira
vendida pelos assentados extraídas de suas parcelas.
Algum tempo mais tarde, terminado a matéria prima
existente sobre as parcelas, muitos parceleiros originais, deram início a venda
dos seus pretensos direitos possessório.
O Município de Itanhangá explodiu em desenvolvimento
com o início do ciclo do arroz, soja e milho, impulsionado pelos investimentos dos atuais produtores
que adquiriram suas terras dos antigos parceleiros.
Com o desencadeio da operação da polícia federal, os
atuais possuidores, responsável pelo desenvolvimento daquela região com
investimentos e produção agrícola, foram taxados de criminosos grileiros de
terras.
Eu indago, se as autoridades policiais que comandam
a operação desencadeada na região, se estas tem conhecimento de que a pavimentação
asfáltica iniciada em Lucas do Rio Verde até Tapurah, somente foi possível com
a participação da classe produtora muito deles hoje inseridos na lista
divulgada como suspeitos dos crimes de venda e compra ilegal de terras da
União?!! Não sabem e nunca procuraram saber.
Também não deve saber ou desconhecem por completo
que a pavimentação asfáltica da MT 338 (Baiana) somente está sendo possível por que os
agropecuaristas desta região enfiaram a mão no bolso para custear o seu início.
É triste ver pessoas que sempre contribuíram para o
desenvolvimento regional estarem sendo presas por suspeitas de crimes que
acredito que não ocorreram como vem sendo noticiado.
Isto o que vem ocorrendo em Itanhangá comprova que a reforma agrária neste país, sempre foi
usada de forma política cujo escopo é atender interesses de sindicatos e sem
terras pseudos agricultores de ocasião.
É importante salientar que a prosperidade somente
acontece com árduo trabalho e investimentos financeiros. Sei que a operação da
policia federal somente fora deflagrada frente a alguma denúncia, porém, não se
deve negar que a região está seguindo em frente graças ao trabalho e
investimentos daqueles investigados considerados suspeitos destes mencionados
crimes.
Faço desta minha singela postagem, um alerta para todos que produzem neste pais, e
que nestes últimos anos de governo
petista, estão sendo tratados como bandidos. Faço aqui um desabafo em prol
daqueles que realmente produzem riquezas e arrecadam impostos. Fica aqui a
minha homenagem aos produtores rurais deste imenso país.
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