Hoje
irei sair do trivial, não irei criticar os Políticos em nenhuma esfera de nossa
administração Pública. Para dizer a verdade, já estou de “saco cheio” de ler
sobre os inúmeros escândalos que constantemente os nossos Governantes estão
enfiados.
É
só pegar qualquer veículo de divulgação séria deste país, digo sério por que
muitos estão vinculados aos interesses dos bilionários contratos de publicidade
oficial, que deixa alguns desses veículos, completamente cegos, surdos e mudos.
Pasmem!!!
Hoje irei falar de poesia, de pensamentos e outras coisas bonitas que podemos
ler e se deliciar com a beleza do verbo e das palavras empregadas.
Escolhi
em particular um poeta e pensador, que nutro a maior admiração pelos seus
pensamentos e poesia que já tive oportunidade de ler. Hoje irei falar do poeta Khalil
Gibran, um célebre escritor
libanês que fez carreira dos EUA, escrevendo diversos livros em árabe e em
inglês. Também se dedicou ao mundo das artes, expondo suas obras em Boston, NY
e Paris.
Hoje
irei citar trechos de um de seus poemas, denominado “Visão”, que a muito me fascina
e me encanta com suas eloquentes colocações.
O
poeta começa narrar sua poesia, fazendo menção, no que acredito seja uma noite
de insônia, quando este se dirige a uma praia para apreciar o barulho das ondas
e do vento e menciona “O mar não dorme; no entanto na constante
inquietude do mar, inda há consolo para uma alma que não dorme”.
O
que mais me fascina neste poema, talvez seja o trecho que lhe dera o nome como “Visão”,
que na minha singela interpretação é uma de suas colocações mais linda, pois fala
do amor, da revolta e da liberdade como estão estas interligadas como
manifestações divinas. Voltamos então ao poema no que diz a visão dos três
fantasmas visto pelo poeta e narrado com beleza e sensibilidade do que lhe era
corriqueiro.
Vejamos
o que lhe falara os primeiro espectro, quando dele o personagem se aproximou: “Levantou-se
então, um dos espectros, e, com uma voz que julguei surgir do fundo do mar, me
disse: — “A vida sem amor é como a árvore sem flores nem frutos; e o amor sem a
beleza é como as flores sem perfume e os frutos sem semente. A vida, o amor, e
a beleza, são três corpos numa só natureza, independente e absoluta, onde não
cabe mudança nem separação”. Lindo sábio e profundo. Prossigamos então:
“A
seguir, ergueu-se o segundo espectro, e, com uma voz que parecia o rumor de
muitas águas, disse: — “A vida sem revolta é como as estações sem primavera e a
revolta sem a razão é como a primavera no deserto raso e infecundo. A vida, a
revolta e a razão são três corpos numa só natureza, onde não cabe dissolução
nem mudança”.
Prossegue
então o autor em sua sábia colocação e escreve o que lhe disse o terceiro e
último fantasma, fruto de sua relatada visão: “Nisto, ergueu-se o terceiro
espectro, e, com uma voz semelhante ao estrondo de grande trovão, disse: — “A
vida sem liberdade é como o corpo sem alma e a liberdade sem o pensamento é
como a alma perturbada A vida, a liberdade e o pensamento são três corpos numa
só natureza eterna, que jamais cessa e que jamais terminará”.
Concluindo
sua colocação poética, para tentar explicar a inocuidade da vida sem “amor”, a “revolta” e principalmente da “liberdade”,
ele escreve: “Então se levantaram os três espectros, e, com vozes terríveis e
profundas, disseram: — “O amor, a revolta e a liberdade são três manifestações
das manifestações de Deus, e Deus é a consciência do mundo bom”.
Em
nossa breve vida terrena, quase sempre atribulada pela frenética busca pelo material,
quase sempre esquecemos que o amor está atrelado no belo, ao simples ato de
sentir o perfume suave que exala dos cabelos da mulher amada, como também de
uma flor desabrochada em um canto qualquer de um jardim ou da exuberante
floresta que nos cercam.
Esquecemo-nos
de horrorizar com a prática nociva da corrupção que impregna todas as esferas
governamentais, por achar normalidade nesta odiosa e demoníaca prática dos
nossos Governantes, sem nos revoltar com tudo isso.
E
principalmente quando estamos entregando nossa preciosa liberdade a estes
mesmos Governantes, que aos poucos vão restringindo nossa vida em um amontoado
de normas restritivas de direitos com o torpe objetivo de nos calar de nos
amordaçar e finalmente nos escravizar. Pois como diz o poeta “ o amor, a
revolta e a liberdade” são manifestações do Espírito de Deus, “e Deus é a consciência
do mundo bom”. Pensem nisso!!!
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