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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Para sair da rotina.


Hoje irei sair do trivial, não irei criticar os Políticos em nenhuma esfera de nossa administração Pública. Para dizer a verdade, já estou de “saco cheio” de ler sobre os inúmeros escândalos que constantemente os nossos Governantes estão enfiados.
É só pegar qualquer veículo de divulgação séria deste país, digo sério por que muitos estão vinculados aos interesses dos bilionários contratos de publicidade oficial, que deixa alguns desses veículos, completamente cegos, surdos e mudos.
Pasmem!!! Hoje irei falar de poesia, de pensamentos e outras coisas bonitas que podemos ler e se deliciar com a beleza do verbo e das palavras empregadas.
Escolhi em particular um poeta e pensador, que nutro a maior admiração pelos seus pensamentos e poesia que já tive oportunidade de ler. Hoje irei falar do poeta Khalil Gibran, um célebre escritor libanês que fez carreira dos EUA, escrevendo diversos livros em árabe e em inglês. Também se dedicou ao mundo das artes, expondo suas obras em Boston, NY e Paris.
Hoje irei citar trechos de um de seus poemas, denominado “Visão”, que a muito me fascina e me encanta com suas eloquentes colocações.
O poeta começa narrar sua poesia, fazendo menção, no que acredito seja uma noite de insônia, quando este se dirige a uma praia para apreciar o barulho das ondas e do vento e menciona “O mar não dorme; no entanto na constante inquietude do mar, inda há consolo para uma alma que não dorme”.
O que mais me fascina neste poema, talvez seja o trecho que lhe dera o nome como “Visão”, que na minha singela interpretação é uma de suas colocações mais linda, pois fala do amor, da revolta e da liberdade como estão estas interligadas como manifestações divinas. Voltamos então ao poema no que diz a visão dos três fantasmas visto pelo poeta e narrado com beleza e sensibilidade do que lhe era corriqueiro.
Vejamos o que lhe falara os primeiro espectro, quando dele o personagem se aproximou: “Levantou-se então, um dos espectros, e, com uma voz que julguei surgir do fundo do mar, me disse: — “A vida sem amor é como a árvore sem flores nem frutos; e o amor sem a beleza é como as flores sem perfume e os frutos sem semente. A vida, o amor, e a beleza, são três corpos numa só natureza, independente e absoluta, onde não cabe mudança nem separação”. Lindo sábio e profundo. Prossigamos então:
A seguir, ergueu-se o segundo espectro, e, com uma voz que parecia o rumor de muitas águas, disse: — “A vida sem revolta é como as estações sem primavera e a revolta sem a razão é como a primavera no deserto raso e infecundo. A vida, a revolta e a razão são três corpos numa só natureza, onde não cabe dissolução nem mudança”.
Prossegue então o autor em sua sábia colocação e escreve o que lhe disse o terceiro e último fantasma, fruto de sua relatada visão: “Nisto, ergueu-se o terceiro espectro, e, com uma voz semelhante ao estrondo de grande trovão, disse: — “A vida sem liberdade é como o corpo sem alma e a liberdade sem o pensamento é como a alma perturbada A vida, a liberdade e o pensamento são três corpos numa só natureza eterna, que jamais cessa e que jamais terminará”.
Concluindo sua colocação poética, para tentar explicar a inocuidade da vida  sem “amor”, a “revolta” e principalmente da “liberdade”, ele escreve: “Então se levantaram os três espectros, e, com vozes terríveis e profundas, disseram: — “O amor, a revolta e a liberdade são três manifestações das manifestações de Deus, e Deus é a consciência do mundo bom”.
Em nossa breve vida terrena, quase sempre atribulada pela frenética busca pelo material, quase sempre esquecemos que o amor está atrelado no belo, ao simples ato de sentir o perfume suave que exala dos cabelos da mulher amada, como também de uma flor desabrochada em um canto qualquer de um jardim ou da exuberante floresta que nos cercam.
Esquecemo-nos de horrorizar com a prática nociva da corrupção que impregna todas as esferas governamentais, por achar normalidade nesta odiosa e demoníaca prática dos nossos Governantes, sem nos revoltar com tudo isso.
E principalmente quando estamos entregando nossa preciosa liberdade a estes mesmos Governantes, que aos poucos vão restringindo nossa vida em um amontoado de normas restritivas de direitos com o torpe objetivo de nos calar de nos amordaçar e finalmente nos escravizar. Pois como diz o poeta “ o amor, a revolta e a liberdade” são manifestações do Espírito de Deus, “e Deus é a consciência do mundo bom”. Pensem nisso!!!

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