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sexta-feira, 29 de julho de 2011

HISTÓRIA POLÍTICA VIVIDA - 8ª PARTE.


A OPOSIÇÃO SE ORGANIZA.
                  O Estado já vinha sendo comandado pelo Governador Dante Martins de Oliveira, que em sua primeira gestão havia sido eleito pelo PDT. O deputado Riva já havia dado início em sua escalada de prestígio junto ao Governo e da própria Assembleia Legislativa Estadual, onde havia sido eleito Primeiro Secretário. Dante de Oliveira migrou para o PSDB, trazendo com ele inúmeros políticos do Estado, entre eles estava o Deputado José Geraldo Riva. Esta situação, ajuda a refortalecer ainda mais a oposição municipal, que em sua maioria era composta de filiados do PSDB, inclusive tendo na Câmara de Vereadores membros atuantes, como Revelino Braz Trevisan , José Machado (Escadinha) e Nelson Santana (Pimenta).
                     Com as proximidades da eleição estadual, Riva firmou compromisso com a oposição de Porto dos Gaúchos, que então passaram a trabalhar pela reeleição do Fernando Henrique para presidente, Dante de Oliveira para Governador, e, principalmente para José Geraldo Riva para Assembleia Legislativa. Todos reeleitos, e Riva despontando como o Deputado mais votado de Mato Grosso, inclusive em Porto dos Gaúchos onde seus opositores de outrora, agora aliados, fizeram um ótimo trabalho, levando o “baixinho” como carinhosamente era chamado por seus aliados a ter uma expressiva votação.
                     Com o novo cenário político estadual, é dado início aos preparativos para eleição Municipal, levando a oposição a começar a se organizar, pois, ela somente perderia a eleição para ela mesma. Inicia-se então os trabalhos de bastidores, de conversa a fim de não permitir um “racha”. O PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), era o partido que tinham o maior número de interessados a concorrer ao Paço Municipal, esta situação levou o então Presidente do Partido (Dr. Nilton) a montar uma estratégia com grande cautela a fim de não melindrar os interessados.
                     De olhos no Paço Municipal, evidentemente querendo aproveitar os bons momentos do Partido, Esli Sebastião, havia se oferecido em filiar-se e vinha para a disputa interna com grande prestigio, contando com o  apoio de seus Cunhados Edson e Moacir Piovezan, e ainda contando com a simpatia de alguns filiados membros do diretório municipal. O Partido ainda possuía, como candidato a candidato, Maricone Luiz Zanovello, Nolar Soares de Almeida, Antonio Leonildo Ortega e Revelino Braz Trevisan.
               Era uma situação difícil de administrar, porém o Presidente do Partido, com o propósito de coordenar esta disputa interna, pediu aos interessados que dessem início ao diálogo, vez que evidentemente, somente existia uma vaga para candidatura a Prefeito. Os pretensos candidatos começaram suas articulações de bastidores, foi quando o Presidente do Partido editou um documento, onde obteve a assinatura dos interessados, firmando compromisso e definindo regras para a futura convenção partidária. Ficou pré-estabelecido que a Convenção do Partido, onde seriam escolhidos os candidatos à Prefeito, fosse feita de forma prévia e em dois turnos.
                    Definidas as regras para escolha do candidato, e obtido o apoio irrestritos dos pretensos signatários a tais regras, estes saíram para o corpo a corpo, na tentativa de angariar votos dos convencionais. De todos os pretensos candidatos, após algumas desistências, restou nesta disputa, somente tres deles, Revelino Braz Trevisan, Nolar Soares de Almeida e Esli Sebastião.
                 Todos os nomes apresentados como candidato do Partido eram de pessoas que consideradas boas pelos Convencionais. Porém contra Esli pesava uma pequena rejeição devido ele, ter a maioria de seus investimentos no município vizinho de Juara, inclusive de ter fixado sua residência lá. Alguns convencionais na ocasião questionavam, “se Porto não é digno de receber seus investimentos, qual é a dele em querer ser nosso Prefeito?”. Sobre este questionamento Esli, colocou seu nome para  disputar a prévia partidária.
                   No dia da convenção prévia, (16 de Abril de 2000) dado oportunidades aos pretensos candidatos de exporem suas idéias, foram para a votação, sendo que Esli fora repudiado pelos convencionais já no primeiro turno, obtendo somente quatro dos votos do convencionais, seguido por Nolar com oito votos e vencendo a Revelino com dez. Restando na disputa do segundo turno os pré-candidatos Nolar e Revelino Trevisan, que ao vencer a prévia fora para convenção homologatória, como o mais forte dos candidatos à Prefeito, vencendo a Convenção com facilidade.
                  Revelino saiu da convenção municipal do partido, como a única esperança de mudança, já que seus adversários eram tidos como verdadeiros retrocessos na história portogauchense. Revelino iria disputar o pleito daquele ano, com o então desgastado Prefeito José Castilho e com o candidato do PFL, antigo Prefeito Nércio Arend.
                   O então candidato a Prefeito pelo PSDB, Revelino Braz Trevisan, escolhendo um forte “slogan” de campanha “certeza de mudança”, foi para a campanha onde fora consagrado e eleito Prefeito de Porto dos Gaúchos, batendo em ambos outros dois candidatos com uma boa margem de votos. Revelino fora eleito Prefeito, tendo como seu Vice Antonio Lenildo Ortega, elegendo com ele a maior bancada do PSDB, então formada pelos Vereadores Nolar Soares de Almeida, Maricone Zanovello, Vicente Pereira de Alencar, Nelson Santana (Pimenta), Nilton José da Silva.
            Com o resultado das urnas, Castilho desesperou-se e começou a praticar novos atos de improbidade administrativa, um destes atos, foi o sumiço de um veículo “Ford Corrier”, que então adquirida por Leasing, este devolveu ao arrendador e apropriou-se do dinheiro da caução, tendo mais tarde sido condenado por isto.
                   Outro fato nocivo à administração pública, foi à retirada de computadores da Prefeitura, feita a mando de Castilho, pelo seu Secretário de Finanças, que em consequência disto, teve sua prisão decretada pela Justiça a pedido do Ministério Público Estadual.

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