A OPOSIÇÃO SE
ORGANIZA.
O
Estado já vinha sendo comandado pelo Governador Dante Martins de Oliveira, que
em sua primeira gestão havia sido eleito pelo PDT. O deputado Riva já havia
dado início em sua escalada de prestígio junto ao Governo e da própria Assembleia
Legislativa Estadual, onde havia sido eleito Primeiro Secretário. Dante de
Oliveira migrou para o PSDB, trazendo com ele inúmeros políticos do Estado,
entre eles estava o Deputado José Geraldo Riva. Esta situação, ajuda a
refortalecer ainda mais a oposição municipal, que em sua maioria era composta
de filiados do PSDB, inclusive tendo na Câmara de Vereadores membros atuantes,
como Revelino Braz Trevisan , José Machado (Escadinha) e Nelson Santana
(Pimenta).
Com
as proximidades da eleição estadual, Riva firmou compromisso com a oposição de
Porto dos Gaúchos, que então passaram a trabalhar pela reeleição do Fernando
Henrique para presidente, Dante de Oliveira para Governador, e, principalmente
para José Geraldo Riva para Assembleia Legislativa. Todos reeleitos, e Riva despontando
como o Deputado mais votado de Mato Grosso, inclusive em Porto dos Gaúchos onde
seus opositores de outrora, agora aliados, fizeram um ótimo trabalho, levando o
“baixinho” como carinhosamente era chamado por seus aliados a ter uma expressiva votação.
Com
o novo cenário político estadual, é dado início aos preparativos para eleição
Municipal, levando a oposição a começar a se organizar, pois, ela somente
perderia a eleição para ela mesma. Inicia-se então os trabalhos de bastidores,
de conversa a fim de não permitir um “racha”. O PSDB (Partido da Social
Democracia Brasileira), era o partido que tinham o maior número de interessados
a concorrer ao Paço Municipal, esta situação levou o então Presidente do
Partido (Dr. Nilton) a montar uma estratégia com grande cautela a fim de não
melindrar os interessados.
De
olhos no Paço Municipal, evidentemente querendo aproveitar os bons momentos do
Partido, Esli Sebastião, havia se oferecido em filiar-se e vinha para a disputa
interna com grande prestigio, contando com o apoio de seus Cunhados Edson e Moacir
Piovezan, e ainda contando com a simpatia de alguns filiados membros do
diretório municipal. O Partido ainda possuía, como candidato a candidato,
Maricone Luiz Zanovello, Nolar Soares de Almeida, Antonio Leonildo Ortega e
Revelino Braz Trevisan.
Era
uma situação difícil de administrar, porém o Presidente do Partido, com o
propósito de coordenar esta disputa interna, pediu aos interessados que dessem
início ao diálogo, vez que evidentemente, somente existia uma vaga para
candidatura a Prefeito. Os pretensos candidatos começaram suas articulações de
bastidores, foi quando o Presidente do Partido editou um documento, onde obteve
a assinatura dos interessados, firmando compromisso e definindo regras para a
futura convenção partidária. Ficou pré-estabelecido que a Convenção do
Partido, onde seriam escolhidos os candidatos à Prefeito, fosse feita de forma
prévia e em dois turnos.
Definidas
as regras para escolha do candidato, e obtido o apoio irrestritos dos pretensos
signatários a tais regras, estes saíram para o corpo a corpo, na tentativa de
angariar votos dos convencionais. De todos os pretensos candidatos, após
algumas desistências, restou nesta disputa, somente tres deles, Revelino Braz
Trevisan, Nolar Soares de Almeida e Esli Sebastião.
Todos
os nomes apresentados como candidato do Partido eram de pessoas que
consideradas boas pelos Convencionais. Porém contra Esli pesava uma pequena
rejeição devido ele, ter a maioria de seus investimentos no município vizinho
de Juara, inclusive de ter fixado sua residência lá. Alguns convencionais na
ocasião questionavam, “se Porto não é digno de receber seus investimentos, qual
é a dele em querer ser nosso Prefeito?”. Sobre este questionamento Esli,
colocou seu nome para disputar a prévia
partidária.
No
dia da convenção prévia, (16 de Abril de 2000) dado oportunidades aos pretensos candidatos de exporem
suas idéias, foram para a votação, sendo que Esli fora repudiado pelos
convencionais já no primeiro turno, obtendo somente quatro dos votos do convencionais, seguido por Nolar com oito votos e vencendo a Revelino com dez. Restando na disputa do segundo turno os
pré-candidatos Nolar e Revelino Trevisan, que ao vencer a prévia fora para
convenção homologatória, como o mais forte dos candidatos à Prefeito, vencendo a
Convenção com facilidade.
Revelino
saiu da convenção municipal do partido, como a única esperança de mudança, já
que seus adversários eram tidos como verdadeiros retrocessos na história
portogauchense. Revelino iria disputar o pleito daquele ano, com o então
desgastado Prefeito José Castilho e com o candidato do PFL, antigo Prefeito
Nércio Arend.
O então candidato a Prefeito pelo PSDB,
Revelino Braz Trevisan, escolhendo um forte “slogan” de campanha “certeza de
mudança”, foi para a campanha onde fora consagrado e eleito Prefeito de Porto
dos Gaúchos, batendo em ambos outros dois candidatos com uma boa margem de
votos. Revelino fora eleito Prefeito, tendo como seu Vice Antonio Lenildo
Ortega, elegendo com ele a maior bancada do PSDB, então formada pelos
Vereadores Nolar Soares de Almeida, Maricone Zanovello, Vicente Pereira de
Alencar, Nelson Santana (Pimenta), Nilton José da Silva.
Com
o resultado das urnas, Castilho desesperou-se e começou a praticar novos atos
de improbidade administrativa, um destes atos, foi o sumiço de um veículo “Ford
Corrier”, que então adquirida por Leasing, este devolveu ao arrendador e
apropriou-se do dinheiro da caução, tendo mais tarde sido condenado por isto.
Outro
fato nocivo à administração pública, foi à retirada de computadores da
Prefeitura, feita a mando de Castilho, pelo seu Secretário de Finanças, que em consequência
disto, teve sua prisão decretada pela Justiça a pedido do Ministério Público
Estadual.
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