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domingo, 3 de julho de 2011

Brasil um país de contradições.


Realmente o Brasil é um país de contradições. Aquele princípio constitucional de que todos são iguais perante a Lei, só existe mesmo no papel, pois a Lei ordinária tem criado situações que conspiram contra este princípio de equidade.
Nesta semana que passou, eu e alguns amigos meus, fomos até Vilhena em Rondônia, conhecemos outras cidades mato-grossenses que somente ouvíamos falar por outras pessoas e por parte da mídia estadual.
Conhecemos Sapezal, o Município criado e desenvolvido pela Família e pelos interesses de Blairo Maggi. A diferença já podia ser notada pela qualidade da pavimentação asfáltica daquela região, muito melhor das que costumamos ver no Vale do Arinos, principalmente aquela que liga Juara a Juína, que já esta sendo chamada carinhosamente de Rodovia do Buraco, ou estrada da vergonha, pois em menos um ano de sua inauguração simplesmente deteriorou.

Pois bem, logo após o Município de Brasnorte você viaja ziguezagueando entre os buracos que surgiram na pavimentação asfáltica, até o trevo onde se localiza o pomposo silo do grupo Amaggi.  Dali para frente, seguindo a rodovia que dá acesso a Sapezal, você já comprova a ótima obra inaugurada por Maggi, ainda em seu Governo. O asfalto é de ótima qualidade e as obras ditas como arquitetônicas são de causar inveja aos demais mato-grossenses. (principalmente de nós que sonhamos com a baiana asfaltada).
Nas curvas e próximos às travessias dos rios, não economizaram recursos, você encontra edificados em suas margens “guard rail” em concreto que se destacam em todo o seu trajeto. A rodovia vai cortando uma imensa paisagem composta por grandes plantações de algodão e milho.
Ao retornarmos na manhã seguinte, novamente passamos por Sapezal, só que agora seguimos por  outra rodovia estadual, dessa vez em direção ao próspero Município de Campo Novo dos Parecis.
Íamos apreciando a paisagem, quando logo após atravessar a ponte existente sobre o Rio Papagaio, demos de cara com uma parada obrigatória, onde indígenas de uma associação denominada “dos pequenos produtores indígenas haliti”, simplesmente paravam os veículos e cobravam pedágio daqueles que estavam utilizando a rodovia estadual, que cortava a reserva localizada entre o Rio Papagaio e o Rio Sacre.
Enquanto aguardava para ser legalmente assaltado e extorquido pelos “guardiões” daquela estatal, pude observar os veículos estacionados às margens da rodovia pertencentes aos indígenas, eram novos e de marca, demonstrando que de pequenos produtores eles não tinham nada, não porque pequenos produtores não podem ter veículos novos, claro que podem, porém sabemos das dificuldades que estes enfrentam em todos os sentidos.
Vinte reais foi o preço que pagamos por cada veículo, e como estávamos com duas camionetes, deixamos lá o montante de R$ 40,00, para os “pequenos produtores indígenas”. O que eles produzem???!!! Não sei, pelo menos naquele trajeto não se vê nenhuma lavoura sequer, por mais pequena que fosse,  de qualquer coisa. E quem precisa trabalhar ou produzir com a arrecadação estupenda e fácil que tem em mãos. Um caminhão paga trinta reais, veículos como automóveis e utilitários, vinte e motocicleta somente dez reais. Uma máquina de fazer dinheiro.
Vocês estarão perguntando, se eles pelo menos dão manutenção à rodovia. Nem em sonho que a  mantém são os cofres públicos estaduais, recursos estes provenientes dos impostos que pagamos para manter todo aparelhamento estatal.
Daí afirmar que o preceito constitucional da equidade, não se aplica aos indígenas, negros e homossexuais, nada contra,  não estou pretendo ser racista ou “homofóbico”, somente quero demonstrar que a Lei está criando distinção, quando favorece uma determinada etnia , cria raça e distingue comportamento sexual diferente daquele considerado normal aos olhos  da sociedade. Porque??? Simplesmente porque você como cidadão comum, que tivesse suas terras cortadas por uma rodovia não poderia juntamente com seus vizinhos fundar uma associação e cobrar pedágios dos veículos que trafegassem naquele trajeto. Porém os indígenas podem.
Não fique triste, se você não está enquadrado no grupo acima aludido, então faça sua parte, continue pagando seus impostos, e quando for visitar a terra do Maggi, não vá pelo trajeto que passa na reserva, se não terá que pagar, e pagar caro pelo seu tráfego.
Caso contrário vai pela Baiana Cara!!! Ou você esqueceu que ela está quase pavimentada. Rssss.

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