Realmente o Brasil é um país de
contradições. Aquele princípio constitucional de que todos são iguais perante a
Lei, só existe mesmo no papel, pois a Lei ordinária tem criado situações que
conspiram contra este princípio de equidade.
Nesta semana que passou, eu e
alguns amigos meus, fomos até Vilhena em Rondônia, conhecemos outras cidades
mato-grossenses que somente ouvíamos falar por outras pessoas e por parte da
mídia estadual.
Conhecemos Sapezal, o Município
criado e desenvolvido pela Família e pelos interesses de Blairo Maggi. A
diferença já podia ser notada pela qualidade da pavimentação asfáltica daquela
região, muito melhor das que costumamos ver no Vale do Arinos, principalmente
aquela que liga Juara a Juína, que já esta sendo chamada carinhosamente de
Rodovia do Buraco, ou estrada da vergonha, pois em menos um ano de sua
inauguração simplesmente deteriorou.
Pois bem, logo após o Município
de Brasnorte você viaja ziguezagueando entre os buracos que surgiram na
pavimentação asfáltica, até o trevo onde se localiza o pomposo silo do grupo
Amaggi. Dali para frente, seguindo a
rodovia que dá acesso a Sapezal, você já comprova a ótima obra inaugurada por
Maggi, ainda em seu Governo. O asfalto é de ótima qualidade e as obras ditas
como arquitetônicas são de causar inveja aos demais mato-grossenses.
(principalmente de nós que sonhamos com a baiana asfaltada).
Nas curvas e próximos às
travessias dos rios, não economizaram recursos, você encontra edificados em
suas margens “guard rail” em concreto que se destacam em todo o seu trajeto. A
rodovia vai cortando uma imensa paisagem composta por grandes plantações de
algodão e milho.
Ao retornarmos na manhã seguinte,
novamente passamos por Sapezal, só que agora seguimos por outra rodovia estadual, dessa vez em direção
ao próspero Município de Campo Novo dos Parecis.
Íamos apreciando a paisagem,
quando logo após atravessar a ponte existente sobre o Rio Papagaio, demos de cara
com uma parada obrigatória, onde indígenas de uma associação denominada “dos
pequenos produtores indígenas haliti”, simplesmente paravam os veículos e
cobravam pedágio daqueles que estavam utilizando a rodovia estadual, que
cortava a reserva localizada entre o Rio Papagaio e o Rio Sacre.
Enquanto aguardava para ser
legalmente assaltado e extorquido pelos “guardiões” daquela estatal, pude
observar os veículos estacionados às margens da rodovia pertencentes aos
indígenas, eram novos e de marca, demonstrando que de pequenos produtores eles
não tinham nada, não porque pequenos produtores não podem ter veículos novos,
claro que podem, porém sabemos das dificuldades que estes enfrentam em todos os
sentidos.
Vinte reais foi o preço que
pagamos por cada veículo, e como estávamos com duas camionetes, deixamos lá o
montante de R$ 40,00, para os “pequenos produtores indígenas”. O que eles
produzem???!!! Não sei, pelo menos naquele trajeto não se vê nenhuma lavoura
sequer, por mais pequena que fosse, de
qualquer coisa. E quem precisa trabalhar ou produzir com a arrecadação
estupenda e fácil que tem em mãos. Um caminhão paga trinta reais, veículos como
automóveis e utilitários, vinte e motocicleta somente dez reais. Uma máquina de
fazer dinheiro.
Vocês estarão perguntando, se
eles pelo menos dão manutenção à rodovia. Nem em sonho que a mantém são os cofres públicos estaduais,
recursos estes provenientes dos impostos que pagamos para manter todo
aparelhamento estatal.
Daí afirmar que o preceito
constitucional da equidade, não se aplica aos indígenas, negros e homossexuais,
nada contra, não estou pretendo ser
racista ou “homofóbico”, somente quero demonstrar que a Lei está criando
distinção, quando favorece uma determinada etnia , cria raça e distingue
comportamento sexual diferente daquele considerado normal aos olhos da sociedade. Porque??? Simplesmente porque
você como cidadão comum, que tivesse suas terras cortadas por uma rodovia não
poderia juntamente com seus vizinhos fundar uma associação e cobrar pedágios
dos veículos que trafegassem naquele trajeto. Porém os indígenas podem.
Não fique triste, se você não
está enquadrado no grupo acima aludido, então faça sua parte, continue pagando
seus impostos, e quando for visitar a terra do Maggi, não vá pelo trajeto que
passa na reserva, se não terá que pagar, e pagar caro pelo seu tráfego.
Caso contrário vai pela Baiana
Cara!!! Ou você esqueceu que ela está quase pavimentada. Rssss.
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