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terça-feira, 21 de junho de 2011

HISTÓRIA POLÍTICA VIVIDA - 6ª PARTE.


A  GESTÃO DE NÉRCIO AREND. (1993 a 1996)
PROSSEGUINDO COM O NOSSO RESUMO.
                            Intróito - É importante lembrar para aqueles que me acompanham neste blog, que não tenho a intenção de ofender ou magoar pessoas. Busco narrar os fatos com os olhos da oposição do período, e de como esta pensava frente aquela situação. Vou falar da Gestão do antigo Prefeito Nércio Arend, confessando que nunca votei nele como candidato. E independente de suas deficiencias administrativas não nego que nutria pela sua pessoa grande respeito e admiração. Este ano perdemos a pessoa física de Nércio Arend, e que o Eterno, Único e Verdadeiro Deus o tenha em sua Glória.
Castilho, lançando Nércio Arend para candidato a Prefeito, saiu vitorioso com as eleições daquele ano,(1992) pois emplacara um nome que ele achava que iria comandar e ainda vencia o seu antigo grupo político,  por um lado composto por Paulo Eromar Bersch, Altair Grobe e Nilton Flávio Ribeiro e por outro Jair Pereira Duarte que também era candidato a Prefeito.
A divisão da oposição com dois candidatos facilitara muito a vida de Nércio Arend, que contava com o apoio dos dissidentes do grupo de Jair e com grande parte do grupo de José Castilho, principalmente na Gleba São João, onde conseguira juntar dois grupos rivais os Ortegas e os Bobbis, tudo com o objetivo de vencer as eleições municipais e conseguira com certa facilidade.
É importante lembrar, que na campanha política daquele ano, ocorreu em Porto dos Gaúchos o primeiro debate político, com a participação popular, porém, de forma estratégica Nércio orientado pelo seu grupo político não participou, somente participando dela os dois únicos candidatos da oposição, Paulo Eromar Bersch e Jair Duarte que tentava retornar ao paço Municipal.
Nércio fora eleito Prefeito de Porto dos Gaúchos, batendo Dr. Paulo Eromar Bersch e o antigo prefeito Jair Duarte que chegara naquele pleito em último lugar.
                            Nércio ao se livrar do José Castilho alçou voo solo, porém fraco e titubeante, mantinha em seu secretariado, nada mais que Laércio Marim e Gilmar Rezer, que a oposição acusava de enriquecimento ilícito e outras malversações  mais. A oposição também acusava Nércio da prática ostensiva do nepotismo, dando emprego e cargos para seus familiares. Na tesouraria Nércio havia colocado Daltro Juarez Grulke, seu concunhado, deixando a Secretaria de Bem Estar Social com sua mulher, empregando também a irmã de sua esposa. Todos recebendo do erário público. A única obra marcante que pode ter sido atribuída ao Prefeito Nércio, foi a edificação das instalações da Escola Agrícola, que se encontra em desuso até os dias atuais.
                            A administração de Nércio Arend, foi marcada pelas diversas chacotas de sua forma de administrar e o seu jeito de falar. Nércio sendo descendente de alemães, tinha um forte sotaque em sua fala, o que rendia aos seus adversários muita bagagem para piadas. Nércio Arend, tinha como seu Vice, João Marchetti e a bancada parlamentar eleita foram os Vereadores Vilmar Carletto(PDT), Maricone Luiz Zanovello,(PFL) Ailda Pereira dos Santos(PL), como a primeira mulher Vereadora da história do Município, Antonio Leonildo Ortega(PFL), Cícero Raimundo Gonçalves(PFL), Henrique Silvério de Almeida(PFL), Ilário Rezer(PDT), Lauro Immich,(?) Nolar Soares de Almeida(PFL)  e Pedro Bobbi(PFL). Porém em um fato não havia divergências entre os opositores de Nércio, de que ele, tirando as deficiências administrativas era uma boa pessoa.
                            A gestão de Nércio Arend, como já dito, foi pouco expressiva, e devido suas deficiências foram a término mergulhada em um amontoado de problemas administrativos. Haviam folhas de pagamentos em atrasos, funcionários faziam protesto, sendo que em um momento, faltando alguns dias para entrega de cargo, a Prefeitura fora invadida pelos funcionários com salários em atrasos, deixando Nércio Arend acuado em seu gabinete. Tudo isto colaborou em muito, para que Zé Castilho retornasse ao paço Municipal. Com as eleições de 1996, Nércio Arend, lançou como sucessor, o jovem Vereador do PFL Nolar Soares de Almeida como candidato a Prefeito, que perdeu as eleições para José Castilho, seu antigo concunhado.
                            A campanha de Nolar Soares de Almeida, fora marcada pelo individualismo político. Seus adversários, José Castilho e Juarez de Carvalho conseguiram acua-lo espalhando boatos políticos que vieram intimidá-lo em sua trajetória política. Nolar em sua campanha deixou fora do seu palanque, o então presidente do PSDB partido a ele coligado, Nilton Flávio Ribeiro, sob a alegação de que este estava desgastado politicamente, e que em nada contribuiria com a campanha. Com isto Nolar entrara no jogo da boataria política, fazendo o que seus adversários pretendiam, afastando do seu palanque pessoas que poderiam de uma forma ou de outra ajuda-lo, favorecendo assim seus adversários políticos, principalmente Zé Castilho, que tendo escolhido um bom Vice e contando o apoio do então recentemente eleito Deputado em seu primeiro mandato José Geraldo Riva, veio a ser eleito naquele pleito, por uma diferença apertada de votos (50 votos de diferença). Esta eleição, com a vitória de Zé Castilho, o Município de Porto dos Gaúchos entraria em um dos piores períodos de sua história recente.
                           Nolar não assimilando sua derrota, indignado entrou na Justiça com uma ação de impugnação de mandato contra o Prefeito Eleito seu adversário José Castilho, atribuindo sua vitória a compra de votos, que iam desde a entrega de mercadorias, padrões de luz, distribuição de remédios materiais de construções e até valor em moeda corrente nacional, porém sem provas concretas amargou mais uma derrota, e desta vez  no Judiciário que veio a julgar improcedente a ação. Nolar  havia encontrado uma testemunha que se comprometera a testemunhar junto ao Poder Judiciário, porém no tramitar do processo, rendera-se aos interesses do processado.
(continua....)

4 comentários:

  1. Ola Dr. Cade vez mais interessante não vejo a hora de ler a continuação, poxa dr. não demora não fico numa agonia arretada a espera da continuação.... qro só ver o que vi sair da atual administração... ai sim o sr vai te coisa pra falar q dizer digitar... kkkk

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  2. A Ivete esclarece que não foi colocada para trabalhar no hospital pelo seu cunhado Nércio, e sim,já trabalhava lá há 04 (quatro) anos, contratada pelo então Dr. Jaime, pois o hospítal era administrado por uma fundação. Quanto a administração do Nércio, ele fez muita coisa boa, dentre elas a construção da ponte sobre o Rio Arinos, com o auxílio dos munícipes, e incentivos para agricultura e cooperativismo, conservação e cascalhamento das estradas, e sendo também a gestão que aumentou a população em Porto dos Gaúchos, e também onde muitos munícipes tem saudades desse tempo. Com certeza Nércio deu a sua contribuição para Porto dos Gaúchos, e a família agradeceria se respeitassem a sua memória.
    Atenciosamente,
    Familiares Nércio

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  3. Porque não falou sobre isso com ele vivo??? E o senhor sabe que não é bem assim a história... Respeite ao menos a família, já que a memória dele o senhor não foi capaz de respeitar. A viúva e a filha agradecem.

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  4. Pelo que estou vendo, as pessoas aí de cima não entenderam a história contada, onde foi deixado claro que não tem a finalidade de ofender. Ela é contada de forma resumida e vista pelo seu narrador, na época com os olhos da oposição. Não busco ofender a memória do falecido, tampouco os seus familiares. Relato somente os fatos como erram visto, sem qualquer intenção de maquiar a verdade. Podem ter certeza disto, que sempre fui amigo do antigo Prefeito Nércio e em muitos momentos que passava por dificuldades fui uns do que lhe ajudei ao contrário daqueles que se diziam ser amigos e correligionários.

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