A GESTÃO DE
NÉRCIO AREND. (1993 a
1996)
PROSSEGUINDO COM O NOSSO RESUMO.
Intróito - É importante lembrar para aqueles que me acompanham neste blog, que não tenho a intenção de ofender ou magoar pessoas. Busco narrar os fatos com os olhos da oposição do período, e de como esta pensava frente aquela situação. Vou falar da Gestão do antigo Prefeito Nércio Arend, confessando que nunca votei nele como candidato. E independente de suas deficiencias administrativas não nego que nutria pela sua pessoa grande respeito e admiração. Este ano perdemos a pessoa física de Nércio Arend, e que o Eterno, Único e Verdadeiro Deus o tenha em sua Glória.
Castilho,
lançando Nércio Arend para candidato a Prefeito, saiu vitorioso com as eleições
daquele ano,(1992) pois emplacara um nome que ele achava que iria comandar e
ainda vencia o seu antigo grupo político,
por um lado composto por Paulo Eromar Bersch, Altair Grobe e Nilton
Flávio Ribeiro e por outro Jair Pereira Duarte que também era candidato a
Prefeito.
A
divisão da oposição com dois candidatos facilitara muito a vida de Nércio
Arend, que contava com o apoio dos dissidentes do grupo de Jair e com grande
parte do grupo de José Castilho, principalmente na Gleba São João, onde
conseguira juntar dois grupos rivais os Ortegas e os Bobbis, tudo com o
objetivo de vencer as eleições municipais e conseguira com certa facilidade.
É
importante lembrar, que na campanha política daquele ano, ocorreu em Porto dos
Gaúchos o primeiro debate político, com a participação popular, porém, de forma
estratégica Nércio orientado pelo seu grupo político não participou, somente
participando dela os dois únicos candidatos da oposição, Paulo Eromar Bersch e
Jair Duarte que tentava retornar ao paço Municipal.
Nércio
fora eleito Prefeito de Porto dos Gaúchos, batendo Dr. Paulo Eromar Bersch e o
antigo prefeito Jair Duarte que chegara naquele pleito em último lugar.
Nércio ao se livrar do José Castilho alçou
voo solo, porém fraco e titubeante, mantinha em seu secretariado, nada mais que
Laércio Marim e Gilmar Rezer, que a oposição acusava de enriquecimento ilícito
e outras malversações mais. A oposição
também acusava Nércio da prática ostensiva do nepotismo, dando emprego e cargos
para seus familiares. Na tesouraria Nércio havia colocado Daltro Juarez Grulke,
seu concunhado, deixando a Secretaria de Bem Estar Social com sua mulher,
empregando também a irmã de sua esposa. Todos recebendo do erário público. A
única obra marcante que pode ter sido atribuída ao Prefeito Nércio, foi a
edificação das instalações da Escola Agrícola, que se encontra em desuso até os
dias atuais.
A administração de Nércio Arend, foi
marcada pelas diversas chacotas de sua forma de administrar e o seu jeito de
falar. Nércio sendo descendente de alemães, tinha um forte sotaque em sua fala,
o que rendia aos seus adversários muita bagagem para piadas. Nércio Arend,
tinha como seu Vice, João Marchetti e a bancada parlamentar eleita foram os
Vereadores Vilmar Carletto(PDT), Maricone Luiz Zanovello,(PFL) Ailda Pereira
dos Santos(PL), como a primeira mulher Vereadora da história do Município,
Antonio Leonildo Ortega(PFL), Cícero Raimundo Gonçalves(PFL), Henrique Silvério
de Almeida(PFL), Ilário Rezer(PDT), Lauro Immich,(?) Nolar Soares de Almeida(PFL)
e Pedro Bobbi(PFL). Porém em um fato não havia divergências entre
os opositores de Nércio, de que ele, tirando as deficiências administrativas
era uma boa pessoa.
A gestão de Nércio Arend, como já dito,
foi pouco expressiva, e devido suas deficiências foram a término mergulhada em
um amontoado de problemas administrativos. Haviam folhas de pagamentos em atrasos,
funcionários faziam protesto, sendo que em um momento, faltando alguns dias
para entrega de cargo, a Prefeitura fora invadida pelos funcionários com
salários em atrasos, deixando Nércio Arend acuado em seu gabinete. Tudo isto
colaborou em muito, para que Zé Castilho retornasse ao paço Municipal. Com as
eleições de 1996, Nércio Arend, lançou como sucessor, o jovem Vereador do PFL
Nolar Soares de Almeida como candidato a Prefeito, que perdeu as eleições para
José Castilho, seu antigo concunhado.
A campanha de Nolar
Soares de Almeida, fora marcada pelo individualismo político. Seus adversários,
José Castilho e Juarez de Carvalho conseguiram acua-lo espalhando boatos
políticos que vieram intimidá-lo em sua trajetória política. Nolar em sua
campanha deixou fora do seu palanque, o então presidente do PSDB partido a ele
coligado, Nilton Flávio Ribeiro, sob a alegação de que este estava desgastado
politicamente, e que em nada contribuiria com a campanha. Com isto Nolar
entrara no jogo da boataria política, fazendo o que seus adversários pretendiam,
afastando do seu palanque pessoas que poderiam de uma forma ou de outra
ajuda-lo, favorecendo assim seus adversários políticos, principalmente Zé
Castilho, que tendo escolhido um bom Vice e contando o apoio do então
recentemente eleito Deputado em seu primeiro mandato José Geraldo Riva, veio a
ser eleito naquele pleito, por uma diferença apertada de votos (50 votos de
diferença). Esta eleição, com a vitória de Zé Castilho, o Município de Porto
dos Gaúchos entraria em um dos piores períodos de sua história recente.
Nolar não assimilando
sua derrota, indignado entrou na Justiça com uma ação de impugnação de mandato
contra o Prefeito Eleito seu adversário José Castilho, atribuindo sua vitória a
compra de votos, que iam desde a entrega de mercadorias, padrões de luz,
distribuição de remédios materiais de construções e até valor em moeda corrente
nacional, porém sem provas concretas amargou mais uma derrota, e desta vez no Judiciário que veio a julgar improcedente
a ação. Nolar havia encontrado uma testemunha
que se comprometera a testemunhar junto ao Poder Judiciário, porém no tramitar
do processo, rendera-se aos interesses do processado.
(continua....)