Hoje levantei cedo. O Sol ainda não tinha nascido
e eu já caminhava pelas ruas de minha pequena urbe, buscando algum outro
madrugador para jogar conversa fora.
O local onde costumo frequentar, ainda estava
fechado. Os habituais amantes de uma cuia de mate, ainda não haviam aparecido.
Gosto de ali estar, apesar de não ter o hábito de apreciar o chimarrão, pela
conversa diversificada que o local propicia.
Então dirigi-me ao meu escritório, e fiquei
parado em pé na esquina vendo as pessoas se movimentarem em diversas direções,
umas indo para seus serviços e outras limpando seus estabelecimentos
comerciais, preparando-os para a luta cotidiana.
Aqueles que se dedicam a iniciativa privada, seja
ele como empregador ou empregado, costumam acordar cedo. Para eles vale a regra
inglesa do “times money”, a gratificação pelo trabalho, renda, e principalmente
pela produção de riquezas, pois o capitalismo é movido pelo lucro.
Vi a proprietária da pastelaria da esquina,
limpando-a para abri-la ao público, ainda não era seis horas da manhã (horário
de verão) e ela já estava em pé lutando por dias melhores. Tenho certeza que
ela não é beneficiária de nenhum programa social. Fui até para tomar um
cafezinho, ela parou por instantes e foi prepara-lo enquanto conversávamos
assuntos diversificados.
Nas adjacências o movimento começava a se
intensificar, quando um empresário conhecido amigo meu, parou seu veículo nas
proximidades de um estabelecimento comercial e dirigiu-se até o local e que eu
estava.
Ele me dissera, com ar de animosidade, que havia
ouvindo da boca de um petista local, que este estava satisfeito com a reeleição
de Dillma, por dois motivos. Um seria que veria o seu partido o PT, prosseguir
com seu governo, e outro que me veria sofrendo por mais quatro anos.
Evidentemente que o empresário amigo meu, viera me
falar com grande ar de censura pelas palavras daquele petista. Acrescentou que
aquele indivíduo e a família dele seriam todos empresários em grande
desconforto financeiro, ou seja, quebrados, no sentido vulgar da palavra, e
mesmo assim nutriam grande admiração pelo governo de miséria que o partido deles
estava impingindo ao país.
Rimos muito, já que a situação financeira daqueles
petistas, havia se agravado nestes doze anos de governo petista, e mesmo assim
eles estavam satisfeitos com o desempenho econômico do governo que tinha
colaborado em muito com a quebra de sua empresa e de empresas de sua família.
Acrescentei ainda, que dias atrás, outro conhecido
meu, pequeno empresário e eleitor ferrenho de oposição ao PT, interpelado por
este mesmo empresário petista doente, havia respondido que não entendia o seu
amor por um governo incompetente e corrupto como o atual. Ele o petista
empresário, havia perdido tudo que possuía antes deste governo que aí
está, até sua mulher o havia abandonado.
Lembro da crise dos idos de 2004/2005, quando o
presidente deste país era outro petista (Lulla), onde a classe produtora chegou
ao fundo do poço pela falta de uma política agrícola séria. Empresários do ramo
madeireiro local fecharam suas portas demitindo seus empregados, devido este
mesmo governo petista, ter deflagrado a operação curupira, como uma pseuda ação
política ambiental.
Lembro também, que eu como outros pecuaristas estavamos
iniciando a atividade agrícola, quando veio a crise financiada pelo Governo
petista. Endividado, prossegui negociando as minhas dívidas como de outros
agricultores que além de amigos e clientes também eram produtores.
Recordo ainda, que naquele tempo de crise, outro
petista também quebrado, (todos empresários petistas que conheço estão quebrados e felizes)
hoje morador de outras paragens, vendo o sofrimento da classe produtora de
então, dissera que já era hora dos produtores e empresários sofrerem, pois
haviam ganhando muito dinheiro até então.
Passados todo este tempo, aqueles agricultores
amantes do trabalho e da produção de riquezas, deixaram o vermelho e aos poucos
recuperaram a perda daquele período de sombras impingido pela falta de política
agrícola e econômica do petismo exacerbado.
Eu modéstia parte, fui um deles, que fraquejado e
deprimido pelas dívidas de então, levantei a cabeça, prossegui madrugando como
sempre fazia, e fui à luta, para aos poucos ir pagando minhas dívidas herança
daquele período sombrio. A verdadeira e única herança maldita.
Vejo atualmente, muitos empresários sejam eles
urbanos e rurais, passando por dificuldades, espoliados pela grande carga
tributária que frequentemente estão sujeitos. Inseguros pelo futuro econômico
desta nação que ainda encontra-se sob o julgo petista, porém, trabalhando de
sol a sol, orgulhosos de não precisarem de um cargo público ou de um benefício
social.
Esta é a diferença entre um petista doente por um
partido de mensaleiros, para aqueles que lutam constantemente pela prosperidade
sua e de seus familiares, investindo na produção de riquezas.
Para aqueles petistas doentes, que esperam o
sofrimento dos não petistas declarados, por este quatro ou mais anos de governo
mensaleiro, lhes afirmo, vocês irão
sofrer muito mais, já que sua insignificante existência é movido pela inveja
daqueles que não tem hora para pegar no batente, para sair à luta e realmente
produzirem riquezas. São estes que recolhem os impostos para manter os
benefícios sociais em que muito estão encostados.
Afirmo ainda, que o capitalismo democrático, tão
combatido por acadêmicos e intelectuais de sovacos, por professores militantes
comunistas, nos permite sonhar e até realizar sonhos.
Estamos vivos, e como tal prosseguiremos lutando
pela consolidação da verdadeira democracia, e não por aquela pregada pelo PT e
seus militantes. A Editora Abril que o diga!!!