O
fato que irei contar agora é bem verdadeiro, e aconteceu em uma cidadezinha do
agreste nordestino (somente isto que não é verdade).
Pois
bem, tal fato acontecera quando um Prefeito desta pequena cidadezinha, que
iremos denominar ficticiamente como “Reino dos Violeiros Solitários”, não...,
este nome já está muito manjado, vocês não acham?!! Vamos chamar nossa
cidadezinha fictícia de ..., de.... Poxa vida!!! Estou mesmo sem criatividade
para arrumar um nome para este lugarzinho.
“Taí”?!!
Vamos chamar a cidade de Lugarzinho do Escondido!!! Pois bem, em certa ocasião,
o Prefeito deste local, havia conseguido
que o Estado fizesse uma escola em uma Vilinha Distrito do Lugarzinho Escondido.
Um
dos poucos terrenos disponíveis para edificação da obra, e talvez o melhor, era
um terreno próximo a uma Igrejinha naquela localidade.
Após
a noticia ter espalhado, alguns membros Carolas daquela comunidade, ao
descobriram que a Escola iria ser construída próxima Igreja, iniciaram um
movimento com a colheita de assinaturas em um abaixo assinado tentando impedir
que a escola não fosse construída naquele local, pois segundo eles, o barulho
da criançada “incomodaria o Santíssimo.”
O
Prefeito, recebendo a comunidade em seu gabinete, bem como o documento onde
constavam algumas assinaturas, revoltou-se com aquele inútil movimento e foi
logo dizendo, que estranhava a atitude daqueles cidadãos já que a obra traria
um grande benefício para toda população daquela localidade, pois se tratava de
uma escola, cujo objetivo era ensinar e educar as crianças que ali residiam.
Um
certo dia, o prefeito com ar bonachão
que lhe era peculiar, dirigiu-se aquela localidade, e visitando um boteco
localizado as margens da estrada, pediu um trago encostado no balcão.
Ao
entornar seu copo aguardente, olhou para traz e pela abertura da porta pode ver
a Igrejinha ao fundo. Ao vê-la lembrou do ocorrido e foi logo perguntado aos presentes, todos moradores
daquela localidade, que se fazer festas
e baile com músicas com som elevado no barracão anexo à igreja, com vendas de cervejas e outras bebidas alcoólicas não
incomodaria o “Santíssimo”?!! As pessoas
presentes ficaram em completo silêncio, não respondendo o questionamento do
Prefeito.
O
Prefeito então saiu até a porta do estabelecimento, e mirrou a pequena Igrejinha,
e em pensamento perguntou a si mesmo, se realmente o “Santíssimo” estaria lá
dentro para ser incomodado.
Riu
de tudo aquilo e desconsiderou o pedido dos Carolas, autorizando a construção
da Escola próxima a Igrejinha. O “Santíssimo” até os dias atuais não se incomodou com o
barulho da criançada brincando na hora do recreio de rodas e pique pega-pega,
uma vez ou outra, até surgi um nome feio no meio desta deliciosa algazarra.
E
assim termina nossa estorinha, ficta e ao mesmo tempo real, que sirva de
exemplo, para que o Povo prefira o ruído de uma escola em aulas, ao invés de
batuque esfrega, esfrega e cachaça próximo da Igreja, pois é isto que incomoda
o “Santíssimo”. Isto é, se ele realmente estiver dentro da Igreja. Rsssss....
(O
presente conto é mera ficção, porém qualquer semelhança com a realidade, não é
mera coincidência).
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