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sexta-feira, 29 de julho de 2011

HISTÓRIA POLÍTICA VIVIDA - 8ª PARTE.


A OPOSIÇÃO SE ORGANIZA.
                  O Estado já vinha sendo comandado pelo Governador Dante Martins de Oliveira, que em sua primeira gestão havia sido eleito pelo PDT. O deputado Riva já havia dado início em sua escalada de prestígio junto ao Governo e da própria Assembleia Legislativa Estadual, onde havia sido eleito Primeiro Secretário. Dante de Oliveira migrou para o PSDB, trazendo com ele inúmeros políticos do Estado, entre eles estava o Deputado José Geraldo Riva. Esta situação, ajuda a refortalecer ainda mais a oposição municipal, que em sua maioria era composta de filiados do PSDB, inclusive tendo na Câmara de Vereadores membros atuantes, como Revelino Braz Trevisan , José Machado (Escadinha) e Nelson Santana (Pimenta).
                     Com as proximidades da eleição estadual, Riva firmou compromisso com a oposição de Porto dos Gaúchos, que então passaram a trabalhar pela reeleição do Fernando Henrique para presidente, Dante de Oliveira para Governador, e, principalmente para José Geraldo Riva para Assembleia Legislativa. Todos reeleitos, e Riva despontando como o Deputado mais votado de Mato Grosso, inclusive em Porto dos Gaúchos onde seus opositores de outrora, agora aliados, fizeram um ótimo trabalho, levando o “baixinho” como carinhosamente era chamado por seus aliados a ter uma expressiva votação.
                     Com o novo cenário político estadual, é dado início aos preparativos para eleição Municipal, levando a oposição a começar a se organizar, pois, ela somente perderia a eleição para ela mesma. Inicia-se então os trabalhos de bastidores, de conversa a fim de não permitir um “racha”. O PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), era o partido que tinham o maior número de interessados a concorrer ao Paço Municipal, esta situação levou o então Presidente do Partido (Dr. Nilton) a montar uma estratégia com grande cautela a fim de não melindrar os interessados.
                     De olhos no Paço Municipal, evidentemente querendo aproveitar os bons momentos do Partido, Esli Sebastião, havia se oferecido em filiar-se e vinha para a disputa interna com grande prestigio, contando com o  apoio de seus Cunhados Edson e Moacir Piovezan, e ainda contando com a simpatia de alguns filiados membros do diretório municipal. O Partido ainda possuía, como candidato a candidato, Maricone Luiz Zanovello, Nolar Soares de Almeida, Antonio Leonildo Ortega e Revelino Braz Trevisan.
               Era uma situação difícil de administrar, porém o Presidente do Partido, com o propósito de coordenar esta disputa interna, pediu aos interessados que dessem início ao diálogo, vez que evidentemente, somente existia uma vaga para candidatura a Prefeito. Os pretensos candidatos começaram suas articulações de bastidores, foi quando o Presidente do Partido editou um documento, onde obteve a assinatura dos interessados, firmando compromisso e definindo regras para a futura convenção partidária. Ficou pré-estabelecido que a Convenção do Partido, onde seriam escolhidos os candidatos à Prefeito, fosse feita de forma prévia e em dois turnos.
                    Definidas as regras para escolha do candidato, e obtido o apoio irrestritos dos pretensos signatários a tais regras, estes saíram para o corpo a corpo, na tentativa de angariar votos dos convencionais. De todos os pretensos candidatos, após algumas desistências, restou nesta disputa, somente tres deles, Revelino Braz Trevisan, Nolar Soares de Almeida e Esli Sebastião.
                 Todos os nomes apresentados como candidato do Partido eram de pessoas que consideradas boas pelos Convencionais. Porém contra Esli pesava uma pequena rejeição devido ele, ter a maioria de seus investimentos no município vizinho de Juara, inclusive de ter fixado sua residência lá. Alguns convencionais na ocasião questionavam, “se Porto não é digno de receber seus investimentos, qual é a dele em querer ser nosso Prefeito?”. Sobre este questionamento Esli, colocou seu nome para  disputar a prévia partidária.
                   No dia da convenção prévia, (16 de Abril de 2000) dado oportunidades aos pretensos candidatos de exporem suas idéias, foram para a votação, sendo que Esli fora repudiado pelos convencionais já no primeiro turno, obtendo somente quatro dos votos do convencionais, seguido por Nolar com oito votos e vencendo a Revelino com dez. Restando na disputa do segundo turno os pré-candidatos Nolar e Revelino Trevisan, que ao vencer a prévia fora para convenção homologatória, como o mais forte dos candidatos à Prefeito, vencendo a Convenção com facilidade.
                  Revelino saiu da convenção municipal do partido, como a única esperança de mudança, já que seus adversários eram tidos como verdadeiros retrocessos na história portogauchense. Revelino iria disputar o pleito daquele ano, com o então desgastado Prefeito José Castilho e com o candidato do PFL, antigo Prefeito Nércio Arend.
                   O então candidato a Prefeito pelo PSDB, Revelino Braz Trevisan, escolhendo um forte “slogan” de campanha “certeza de mudança”, foi para a campanha onde fora consagrado e eleito Prefeito de Porto dos Gaúchos, batendo em ambos outros dois candidatos com uma boa margem de votos. Revelino fora eleito Prefeito, tendo como seu Vice Antonio Lenildo Ortega, elegendo com ele a maior bancada do PSDB, então formada pelos Vereadores Nolar Soares de Almeida, Maricone Zanovello, Vicente Pereira de Alencar, Nelson Santana (Pimenta), Nilton José da Silva.
            Com o resultado das urnas, Castilho desesperou-se e começou a praticar novos atos de improbidade administrativa, um destes atos, foi o sumiço de um veículo “Ford Corrier”, que então adquirida por Leasing, este devolveu ao arrendador e apropriou-se do dinheiro da caução, tendo mais tarde sido condenado por isto.
                   Outro fato nocivo à administração pública, foi à retirada de computadores da Prefeitura, feita a mando de Castilho, pelo seu Secretário de Finanças, que em consequência disto, teve sua prisão decretada pela Justiça a pedido do Ministério Público Estadual.

terça-feira, 26 de julho de 2011

TUDO É POSSÍVEL EM NOSSO REINO ENCANTADO.


Tudo é possível?!!
Algum tempo passado, recebi um e-mail, desses que circulam pela internet com alguma mensagem sem destinatário certo, que fazia menção da perda de valores morais entre as pessoas, devido ingerência governamental na vida privada, e citavam como exemplo a mal fadada cartilha homo afetiva que o Governo Federal, por intermédio do Ministério da Educação queria distribuir pelas Escolas Públicas deste nosso grandioso e espoliado país.
O governo só não conseguiu seu intento por que a bancada evangélica juntamente com grande maioria católica não permitiram que isso fosse usado e ameaçaram o governo com ruptura do apoio parlamentar necessário para aprovação de preposições de interesse governamental.
Existem fatos estranhos acontecendo em todos os níveis governamentais, que aos olhos frios da legislação pátria poderia ser considerados improbidade administrativa. A Lei nº 8.429/92, buscou em seu bojo definir o que seriam os atos de improbidades administrativa praticados por qualquer agente público contra a Administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos poderes da União, Estados Membros, Distrito Federal e principalmente dos Municípios etc..etc...etc...
Para ser breve, serei específico e citarei um dispositivo da mencionada Lei para logo em seguida, finalizar meu comentário. Diz o artigo 9º da Lei em questão que “Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego, ou atividade nas entidades mencionadas no artigo primeiro desta Lei e notadamente...” (inciso IV) "utilizar, em obra ou serviço particular, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, bem como o Trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por estas entidades;”
Pois bem, vou citar um exemplo, que em minha singela opinião é algo que poderia estar enquadrado como improbidade administrativa se a Lei fosse aplicada e se existisse interesse daqueles que se dizem lídimos representantes do povo, ou seja, dos Ilustres Vereadores Portogauchense, inclusive por estar havendo comentários de alguns munícipes quanto ao ocorrido.
Não irei fazer rodeios, vou colocar o dedo na ferida, também como em um alerta as autoridades municipais, que talvez desconheçam os dispositivos legais citados em minha singela opinião. Máquinas e equipamentos da Prefeitura estão sendo visto frequentemente utilizadas na destoca e retiradas de restos de árvores, no local em que será um Posto de Gasolina, pertencente aos familiares da Alcaide.
Alguns escudeiros do Paço Municipal, certamente irão correr em defesa desta prática dizendo que a Prefeitura tem que incentivar pois será uma nova empresa a se estabelecer na cidade. Em tese até dá para concordar, porém existe algo que deve ser levado em conta.
Quando alguém aceita um mandato, cargo ou qualquer outra função pública, sua vida torna alvo de toda série de críticas possíveis e a Lei é invocada. Os escudeiros de plantão irão gritar, “mas fazem para todos, por que não para ele...”, eu digo, que a Lei está aí para ser aplicada de forma ampla e fria.
Vejam bem!!! Não estou fazendo denúncia, não tenho esta pretensão, pois caso contrário estaria dirigindo um requerimento ao Ministério Público pedindo a instauração do competente procedimento legal (Art. 14 e 22 da citada Lei). Meu intento é somente alertar as autoridades públicas Municipais, que as reclamações dos Munícipes procedem, portanto cuidem-se.
Cabe aos Lídimos Representantes do Povo,  procederem como seus eleitores exigem. Enquanto isso, no Reino Encantado dos Violeiros Solitários, Javengar o horrendo bruxo de risada estridente chicoteia seus negros cavalos arrancando com sua igual carruagem soltando sua estridente e ameaçadora gargalhada, fazendo que o frágil Parlamento tremesse de medo.



terça-feira, 19 de julho de 2011

DEMOCRACIA OU OLIGARQUIA?!



O DEM, antigo PFL, realizou sua convenção em Porto dos Gaúchos, e pelo que fora publicado no oficioso, a nova Diretoria ficou composta pela Prefeita Carmem como Presidente, Secretaria ficou com sua filha e Secretária Municipal Kelly Duarte e tesoureiro seu genro e Secretário Municipal Eder, tudo igual como no Paço Municipal.
Ah!!! Já estava esquecendo, a Vice Presidência ficou com o Jair. Não o Jair marido, mas o Jair Bernardes!!! Já pensou se fica com o Jair marido!!! A oposição ia cair de pau, dizendo que estava havendo nepotismo até mesmo no Partido!!! Rsssss... Brincadeirinha gente, final de contas DEM e PSDB são aliados, ou não são!?! Rsssss. Pelo menos a nível Federal e Estadual né, aqui como sempre filiados de ambos partidos acabam apoiando candidatos de outras siglas. (exemplo o morto vivo que agora é Secretário de Estado).
Sarro a parte, vamos falar sério (como se fosse possível falar sério quando refere-se a Partidos Políticos em nosso país), a nossa Alcaide está no rumo certo para tentar sua reeleição. No seu mandato que já entra no seu terceiro ano, cercou-se de familiares nos cargos considerados estratégicos no Paço Municipal, e agora transfere esta prática para o Partido com o óbvio intuito de assegurar ampla maioria também em uma Convenção para escolha de candidatos.
Enquanto isso a oposição!!! Zzzzzzzzzzzz... Se é que existe oposição!?! Zzzzzzzzz... Seus membros ficam pulando de galho em galho, ou melhor de partido em partido, somente com o objetivo de contentar os caciques das esferas superiores (Estaduais e Federais). “Nana neném que o bicho vai pegá!!! “Papai tá na Roça e o Deputado em Cuiabá!!!” rsssss.
Que nada pessoal, vou tranquilizar vocês, citando um antigo provérbio, com as adequações que o momento exige para nossa cidade portenha: “A oposição é um Leão adormecido. Quando ele acordar... Volta a dormir de novo.” Rsssssss.
Quero lembrar os meus amiguinhos, que estou de volta à cidade, e vim pela “Baiana”, pelos menos está “patrolada”.

domingo, 17 de julho de 2011

Tempos de terror oficial?!


   Estou passando uns dias na Corte e navegando pelos canais de assinatura acessei por acaso o Canal Rural do Mato Grosso do Sul, onde me prendeu entrevistas com proprietários de terras do município de Sidrolândia, preocupados com a intervenção do Governo Federal através da Funai e do Ministério Público Federal, quanto a criação de mais um reserva indígena.
   Proprietários e moradores daquela região estavam muito preocupados com a situação, pois segundo eles, a Funai estaria incentivando que os indígenas invadissem(modus operandi do MST) propriedades com o intuito de compelir os fazendeiros e abandonar suas terras. Estavam ocorrendo inclusive abates e furtos do rebanho bovino e de utensílios das sedes e casas de fazendas. Os proprietários estavam irresignados pelo fato, tanto da Funai como do Ministério Público Federal fecharem os olhos para esta absurda situação.
   Narravam ainda os entrevistados, que os indígenas estariam fortemente armados, com escopetas calibre doze, carabinas de calibre trinta e oito e até mesmo com armas automáticas. As vítimas desta absurda ilegalidade cometida sob os auspícios dos órgãos federais, disseram ainda, que após a ação dos indígenas, eram encontrados cachimbos de fumar "crak", demonstrando que a droga está correndo a solta dentro das aldeias, sem nenhuma providência, por parte das autoridades federais. (Leia-se Policia Federal).
   Vendo esta situação concluí que o maior incentivador destes absurdos estão sendo o órgãos federais (Funai e Ministério Público),  cabe agora aos proprietários usar do contido na nossa legislação  seja na cível como na penal, no que diz respeito a legítima defesa e ao desforço imediato. Se a Justiça e o Estado se omitem, só restam as vítimas a se armarem e repelir qualquer que seja o ataque promovido pelos indígenas.    Está chegando a hora de reagirmos contra as medidas deste governo petista, que está espalhando o medo por todo o território Nacional.
Esta situação está ficando insustentável. É hora do basta!!!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Para não perder a pose!



Nossa cidade portenha, ainda em ressaca pós-festa, aguarda tranquila encostada em seu destino.  Nos meios políticos nada de novo, a oposição continua sonolenta e inativa com alguns membros  atrelados aos interesses próprios e do Paço Municipal.
O tempo vai passando enquanto o vento de julho varre as ruas, levando consigo folhas secas e poeira para dentro das casas causando o furor das mulheres. Que tédio, até para se criticar fica difícil!!! Vamos lá pessoal da Política, me deem algum motivo. Rssssss....
Então vamos falar da festa!!! Estava boa, pelo menos em uma das noites que fui, e segundo minhas adoráveis secretárias o baile de sábado para domingo estava muito bom. Pensaram que eu ia criticar né!!! Caíram do cavalo, também sei elogiar!  Parabéns aos organizadores da Expoporto. Viram!!! Elogiei!!! Rsssss.

Ah!!! Já ia me esquecendo, amanhã dia 18/07 toma posse na Câmara dos Deputados Federais, o meu candidato Nilson Leitão, e ainda no lugar de um petista!!! Que bom é igual à goleada do Timão em cima dos Bambis!!!
 
E aí pessoal, será que começa a pavimentação da baiana mesmo?!!! Já estamos no meio do mês de julho e nada!!! Será que a empreiteira não pagou os 4% para o PR, por isso que  o Governo não quer iniciar a obra?!? Rssss...
“Senhor Pblairo, só tenho tduas palavrinhas...para pbens!!!”


segunda-feira, 11 de julho de 2011

História Política vivida - 7ª Parte


O SEGUNDO E DESASTROSO MANDATO DE JOSÉ CASTILHO.
                                    Considerado a 9ª gestão da história de emancipação política de Porto dos Gaúchos,  José Castilho, saindo de uma apertada vitória, deu início o mais um mandato como Prefeito. (1997 a 2000). José Castilho tomou posse no primeiro dia do mês de Janeiro de 1997, juntamente com o seu Vice Antonio Leonildo Ortega. Para a Câmara foram eleitos como Vereadores Vilmar Carletto, Jair Bernardes, Cícero Raimundo Gonçalves (O Cirção), João Marchetti, Leonardo Buss (Bubi ou Bubão com era conhecido), Nelson Santana ( O Pimenta), Rui Luiz Taglialenha, José Machado da Silva (O Escadinha) e Revelino Braz Trevisan.
                                   Neste período, podemos destacar dois Vereadores que foram eleitos que mais tarde iriam desempenhar um papel de considerável importância no contexto político Municipal, José Machado da Silva e Revelino Braz Trevisan, ambos eleitos pelo PSDB. É importante ressaltar, que o PSDB conseguiu um feito histórico na política local, em uma estratégia adotada pelo então presidente do partido (Nilton Flávio Ribeiro), que ao fechar apoio à candidatura do candidato derrotado Nolar Soares de Almeida, o partido optou em ficar coligado somente na candidatura majoritária, ou seja, preferindo dar seu apoio em coligação somente, na candidatura de Prefeito e Vice, concorrendo na proporcional (vereadores), somente com os candidatos do Partido.
                                   Aí vale lembrar de uma passagem engraçada, quando os partidos estavam em Convenção no antigo Prédio em que funcionava a Câmara Municipal, onde hoje é o Ciretram, frente ao Cartório do Primeiro Ofício, foram visitados por um advogado de Sinop Dr. Kuns, que sem ser convidado, passou a opinar na realização da Convenção, criticando a forma adotada pelo PSDB em não fechar coligação na eleição proporcional, falando de um modo arrogante e pouco educado, que a forma escolhida o Partido não teria chance de eleger nenhum candidato a Vereador, causando certo desconforto e desconfiança entre os pretensos candidatos a Vereador do Partido, preocupados evidentemente com suas candidaturas, colocando dúvidas na estratégica montada pelo Presidente do partido local.
                                   Mesmo assim, foi mantido a estratégica e o PSDB lançando cinco bons candidatos, conseguiu eleger dois deles, sendo que um figurava entre os eleitos dos mais votados, Revelino Braz Trevisan e José Machado da Silva, que viriam mais tarde serem portas vozes da oposição de José Castilho na Câmara Municipal.
                                   Esta segunda gestão de José Castilho foi considerada pelos munícipes uma das mais desastrosas da história recente de Porto dos Gaúchos. Castilho formou sua equipe administrativa como elementos desconhecidos do meio Político-administrativo local e comandando o Paço de forma temerosa e negligente, aos poucos foi conduzindo sua administração sustentada na malversação e na prática do nepotismo, alvo constante de críticas dos seus adversários, somada pelos inúmeros escândalos que lhe valeu inclusive um processo de “impeachment”.
                                   Quanto ao mencionado “impeachment”, sua causa foi o surgimento de uma denúncia formulada por um eleitor, usado pela oposição e alguns membros do legislativo, que cansados pelos desmandos aloucados de Castilho no comando do Paço Municipal, acharam que com uma Comissão Parlamentar de Inquérito, podiam expurgar da Prefeitura o Prefeito e seus asseclas. Evidentemente que cassando o Prefeito, assumiria o seu Vice Antonio Leonildo Ortega, que já vinha sendo assediado pela oposição e que também estava descontente com os rumos administrativos que o Município havia tomado.
                                   A oposição tomando conhecimento, através de um dentista local, que o Prefeito Castilho estaria pagando dívidas de campanha, com dinheiro do erário, púbico cuidou de colher provas para o ingresso da denúncia. O Dentista Armindo Fercho, fora chamado a fazer uma declaração por instrumento público, dizendo que na campanha do então Alcaide, havia sido contratado para confeccionar dentaduras para os eleitores indicados pelo candidato, e que passado as eleições, o candidato já então Prefeito, o estaria pagando com dinheiro público, vez que estaria sendo pago com cheques emitidos pela Prefeitura Municipal.
                                   De posse da aludida declaração, a oposição convidou um eleitor inexpressivo para assinar a denúncia que seria feito perante a Câmara dos Vereadores, surgindo daí o processo de cassação do Prefeito. O episódio ficou conhecido como o “escândalo da dentadura”. O eleitor signatário da denúncia era conhecido pelo apelido de “Cavalo Véio”.
                                   Instaurado o processo junto a Câmara, o seu trâmite levou muitos munícipes a frequentar as sessões, já que o assunto era até então inusitado para os moradores locais. Nas noites de sessões a Câmara enchia, e na falta de lugar levava os munícipes a se acomodarem do lado de fora, pendurados nas janelas procurando um melhor local para assistirem os debates.
                                   Até que no dia 18 de agosto de 1998, a Câmara Municipal, cassou o mandato de José Antonio Castilho, por uso de verba pública para pagamento de gastos de campanha. Dos noves Vereadores integrantes da Casa, sete estavam presentes a sessão, tendo seis deles votado pela cassação do mandato. O único voto contrário, veio da Vereadora Sirlei Castilho,(então suplente que assumira a vaga do então recente falecido Leonardo Buss) irmã do Prefeito alvo das denúncias. O processo de cassação por várias vezes fora truncado por intervenção de manobras políticas, adotas pelos partidários do Prefeito, quando não havia a tentativa de suspender seu andamento por intermédio do Poder Judiciário, destacando-se aí, a atuação distante do nosso Tribunal de Justiça na concessão de liminares que favoreciam o Prefeito e prejudicava o interesse da grande maioria do povo portogauchense.
                                   Com a cassação do Prefeito, a Câmara Municipal, convocou o Vice Antonio Ortega, para em sessão solene lhe dar posse, porém o Prefeito cassado entrincheirou-se na Prefeitura, cercado pelos seus asseclas, não permitia a entrega do Paço, recusando-se a entregar o cargo. José Castilho, usando de manobras jurídicas, conseguiu uma liminar que o manteve no cargo, continuando assim seu repugnante império de caos administrativo.
                                   Tempos difíceis eram aqueles, de um lado um Prefeito considerado por todos como louco, que em sua teimosia  assistia inerte o município afundar em contas, e em descrédito político. O Prefeito Castilho, acuado pelos seus críticos e opositores vivia escondido do povo na Prefeitura, preferindo sair somente a noite onde era acobertado pela escuridão.
                                   Adepto do “espiritismo”, Castilho costumava a frequentar o cemitério local em altas horas da noite, onde era frequentemente visto naquele local sombrio, em companhia de sua companheira. Este costume lhe valeu inúmeros apelidos, que frequentemente era repetido por seus opositores, como “chupa-cabras”, “morcegão”, “lobisomem” e etc...
                                   Devido a esta prática noturna, o Prefeito somente comparecia na Prefeitura após o período matutino, pois não conseguia acordar cedo, dando grandes subsídios aos seus opositores em acusá-lo de “preguiçoso”. Ignorava os problemas do município como se não fosse sua obrigação.
                                   Em uma certa ocasião, a cidade mergulhou em um verdadeiro caos com a falta de energia, prejudicando consideravelmente a indústria e o comércio local, que em consequência disto amargaram inúmeros prejuízos de ordem financeira, já que estavam impossibilitados de desenvolver suas atividades empresariais. Foi neste período que ocorrera um grande movimento social de suma importância para a história do Município. O Movimento fora organizado pelas mulheres portogauchenses. Estas corajosas donas de casa, empresárias, funcionárias públicas, operárias, saíram organizadamente às ruas da cidade gritando palavras de ordem contra a falta de energia e o descaso administrativo que o Prefeito estava impingindo aos governados.
                                   Foi nesta ocasião, que o então Deputado Estadual José Geraldo Riva, uns dos grandes responsáveis, pelo retorno de Castilho ao Paço Municipal, em passagem pela cidade na ocasião do protesto, reuniu-se com as protestantes e com os líderes da oposição na AABB, onde firmou compromisso com os presentes em resolver os problemas da energia. Tal compromisso fora cumprindo pelo Deputado, que enviou ao Município, já no outro dia, Técnicos da antiga Cemat, que vindo de avião, trouxeram as peças faltantes, para que os motores voltassem a funcionar regularizando assim a falta de energia, que deu azo aos protestos das mulheres.
                                   Com esta atitude José Geraldo Riva, que no pleito anterior, apoiado por Castilho, havia conseguido somente minguados trezentos votos, passou a ser admirado pelos seus antigos opositores, que mais tarde tornaram-se seus maiores e ferrenhos admiradores, com Destaque para o jovem Vereador eleito pelo PSDB Revelino Braz Trevisam, que mais tarde seria eleito Prefeito de Porto dos Gaúchos, com o apoio de Riva.
                                   O período de gestão de José Castilho foi trágico para o desenvolvimento do Município. Seus desmandos arbitrários e aloucados, levaram o fechamento do único hospital em funcionamento na cidade. Os salários só eram pagos aos funcionários que declarassem apoio a sua indigesta gestão. Porém é preciso destacar que por trás de todas estas inconsequências, Zé Castilho propiciou para oposição alguns momentos hilariantes. Um desses momentos ocorrera com a reinauguração do Prédio do Fórum da Comarca, que após ter sofrido uma reforma estava recebendo os Desembargadores do Tribunal de Justiça para uma solenidade. Nesta ocasião Castilho compareceu em uma de suas raras aparições em público, trajado de forma inadequada mais parecendo um “pai de santo”, todo desarrumado fora motivo de chacota pelos presentes. Teve um, que vendo os cabelos do Prefeito despenteado e arrepiado como ouriço e seus olhos arregalados como um alucinado, disse que sua mulher o acordá-lo o havia ligado na tomada, já que o Prefeito não era acostumado a levantar cedo. A solenidade estava acontecendo no período matutino hora odiada pelo preguiçoso político.
                                   Com as proximidades das eleições Municipais, o desgaste político de Castilho ia se acentuando enquanto a oposição crescia ainda mais com suas atitudes, e aproveitando a situação desencadeou-se uma verdadeira cruzada contra o Prefeito Castilho. De forma organizada a oposição, lançou uma campanha denominada como “Reaja Porto”, distribuindo adesivos para que fossem colocados nos veículos. Na entrada da cidade fora colocado uma placa com os mesmos dizeres, e dessa forma a oposição foi combatendo o já combalido e inepto Prefeito.
                                   Na Câmara Municipal, a oposição era comandada pelos Vereadores Revelino Braz Trevisan, José Machado da Silva e pelo Vereador Nelson Santana, popular Pimenta, eleito pela Vila de Novo Paraná.
                                   É importante relembrar que Pimenta havia sido eleito pelo grupo de Castilho, vindo a decepcionar com o Prefeito já no início do seu mandato. Pimenta havia sido eleito Vereador pela Vila Novo Paraná.
                                   Houve uma ocasião em que a Vila sofria, com a falta de energia consequentemente faltava água e o Prefeito não buscava resolver os problemas daquela localidade como não resolvia das demais localidades municipais, como já anteriormente relatados. A oposição, conseguirá com o Governo Estadual de Dante de Oliveira, com o  apoio do Deputado Riva um motor gerador para a comunidade, que Castilho recusava a mandar instalar, pois a energia em Novo Paraná era Municipal.
                                   Novamente a oposição se organizou e conseguiu que o Governo enviasse para lá Técnicos para providenciaram a instalação do equipamento. Como haviam boatos de que o Prefeito iria impedir a instalação dos motores, membros da oposição improvisaram uma manifestação no centro da Vila, usando como palanque uma  pedra que ali existia, Naquela noite estavam presentes ao ato político, os Vereadores Revelino, Escadinha, Pimenta, além do Presidente do PSDB Nilton, Nolar e Maricone, todos usando da palavra em um enfrentamento público aos desmandos do Prefeito Castilho. A população local compareceu em massa para tão importante ato, que iria trazer Pimenta definitivamente a integrar a bancada oposicionista na Câmara.    
                                   Como já escrito nestes ensaios históricos, as reuniões da Câmara dos Vereadores, naquela época, era muito disputada pelos Munícipes que compareciam em massa a Casa Leis, para assistirem as tumultuadas sessões, cujo centro das atenções e dos debates nada mais era do que a desastrosa gestão de José Castilho.
                                   Os Vereadores da oposição tinham seus trabalhos facilitados pela péssima administração municipal, sendo que em todas a sessões do Legislativo, vinham munidos de denúncias, e com discursos inflamados, colocavam os Vereadores que davam sustentação ao Prefeito em grande constrangimento. A Casa, no final do mandato de Castilho, era Presidida pelo Vereador Jair Bernardes, que havia sucedido Vilmar Carletto, ambos naquela ocasião, Vereadores situacionistas.
                                   Foi neste conturbado período que a Eleitores inconformados com os rumos da administração pública e com o apoio da grande maioria dos Vereadores a José Castilho, que a cidade acordara com uma placa pendurada em uma das paredes do prédio da Câmara, onde estava escrito “aqui topa tudo por dinheiro”, fazendo uma alusão ao programa dominical de Sílvio Santos, que tinha uma quadro em que o apresentador distribuía cédulas aos expectadores, ligando isto ao fato dos Vereadores Governistas, então comandada por Jair Bernardes  manter apoio integral e irrestrito ao Prefeito José Castilho.
                                   Foi neste período também que o Presidente da Casa o Vereador Jair Bernardes, teve seu veículo uma “perua Kombi”, pichada por munícipes irresignados pela sua postura, escrevendo em uma de suas laterais o termo “baú da felicidade”, ligando-o diretamente aos protestos feitos com a colocação da placa no prédio da Câmara.
                                   É preciso recordar ainda, que Vilmar Carletto, havia se consagrado Presidente nos dois primeiros anos de Castilho, com o apoio da oposição, tendo posteriormente mudado de postura, elegeu como seu sucessor o Vereador Jair Bernardes, que como já visto, tinha o apoio do Paço Municipal. Foi na Presidência de Jair Bernardes que fora dado início nas obras do novo Plenário da Câmara. Tem aí, um importante fato a ser considerado, que até hoje se encontra inexplicável, é a construção de uma obra pública sobre uma área pertencente particular. Até os dias atuais (estamos no ano de 2011), o terreno onde fora edificado a Câmara Municipal está em nome de terceiros, e não da Municipalidade ou mesmo da própria Câmara.