E
o Luizão!! Tempos passados, quando o
Ginásio de Esporte ainda era no pátio da Igreja Católica, vez e outra ali acontecia
algum baile, e, em um desses “rala bucho”1, estava lá o nosso amigo Luizão na
entrada do salão, e quem sabe da história, diz que ele estava prá lá de “barrakech”.Tinha
bebido todas e estava na fase do Leão.
Fase do Leão?! Para quem não sabe que eu irei explicar! Segundo um ensinamento ou lenda Árabe, a ingestão da bebida alcoólica por algumas pessoas cria para ela, quando embriagada três fases, simbolizada por três animais: O macaco, o leão e o porco. Vejamos então: Na primeira, o indivíduo se torna irrequieto, saltitante, buliçoso, esta seria a fase do maçado; Na segunda, torna-se violento, brigão, agressivo (fase que atribui ao meu amigo Luizão) seria fase do Leão; Na terceira, sujo emporcalhado, roncando jogado no chão, seria a fase do porco.
Fase do Leão?! Para quem não sabe que eu irei explicar! Segundo um ensinamento ou lenda Árabe, a ingestão da bebida alcoólica por algumas pessoas cria para ela, quando embriagada três fases, simbolizada por três animais: O macaco, o leão e o porco. Vejamos então: Na primeira, o indivíduo se torna irrequieto, saltitante, buliçoso, esta seria a fase do maçado; Na segunda, torna-se violento, brigão, agressivo (fase que atribui ao meu amigo Luizão) seria fase do Leão; Na terceira, sujo emporcalhado, roncando jogado no chão, seria a fase do porco.
Não
se sabe qual o motivo começou uma briga entre aqueles que estavam fora do baile
na frente do ginásio, e no meio do “barraco” nada mais nada menos do que o
nosso amigo Luizão. Luizão valente como um Leão envolto em um tonel de
aguardente mal parando em pé, tinha na cinta um revolver calibre trinta e dois,
todo enferrujado e ainda com o cano completamente torto, municiado com apenas
uma cápsula que talvez nem mais detonasse de tão velha e enferrujada. Porém estava
ele com ela na cinta, e no meio do “empurra, empurra”, a empunhou ameaçando os
seus desafetos, todo metido e valente como ele nunca fora.
Momento
em seguida chega o Delegado de Policia Eduardo com o seu único e inseparável
agente de Policia que atendia pelo nome de Palentino, e vendo toda aquela
quizila, foi intervindo para colocar ordem no pedaço, eis que ele vê no meio
dos brigões o Luizão com a arma em punho. E foi logo falando com seu vozeirão:
“- Palentino, pega a doze o homê tá armado esta valente e é perigoso!!! “
Luizão
escutando aquilo e junto palavra mágica, “doze”, não pensou muito, saiu em disparada em direção
a sua casa, vencendo os quarteirões e lotes baldios tomados pelo colonião indo
esconder-se em um deles, onde hoje esta edificado a Igreja Nacional sarando de imediato do porre e da valentia
que antes o dominava.
Nos
momentos de descontração, sempre que ele é lembrado desta passagem, ele repete
que bastou escutar a palavra “doze” dita pelo Doutor Eduardo ao agente Policial
Palentino para disparar seu extinto de sobrevivência, ou melhor, “cagaço” mesmo,
indo dormir mais cedo para nunca mais andar armado. Rssss...
1 Rala bucho, termo usado pelo caboclo em referência a festa com dança. O mesmo que baile.
1 Rala bucho, termo usado pelo caboclo em referência a festa com dança. O mesmo que baile.
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