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quarta-feira, 23 de junho de 2010

MOTIVO PARA SE PREOCUPAR.

É de se preocupar.

Nossa cidadezinha, aconchegante como sempre, porém deserta e triste em certas horas. Quando circulo pelas ruas de Porto dos Gaúchos em certos momentos bate sobre mim um desconforto pela sua quietude. Suas ruas desertas e sem vida noturna me entristece, pois sei que isto apesar do lado bom da tranqüilidade, mostra uma cidade economicamente estagnada cuja perspectiva de desenvolvimento está longe de atrair investimentos privados.

Como exaustivamente tenho falado para os meus amigos, isto realmente me preocupa, pois estou aqui radicado desde os idos de 1984. Tenho duas filhas nascidas aqui, e que gostaria que retornassem ao lar, porém isto acaba naquela velha preocupação, fazer o que aqui em Porto dos Gaúchos?!

De uns meses para cá, o que mais encontra são estabelecimentos comerciais com portas fechadas completamente desocupadas, quando não com placas de vende-se ou aluga-se, porém sem oferta ou procura. Vestígios de economia estagnada e retrógada.

Lindas nossas manhãs com a algazarra das aves, românticas nossas noite enluaradas e marcadas pelo suave perfume de flores. No mesmo tempo que o burburinho das aves matutinas enche o nosso peito de alegrinha, as noites, apesar de românticas e perfumadas, são entristecedora, por serem desertas e sem vida noturna. Quem chega aqui a noite depara com este cenário, uma cidade deserta e sem vida.

E as pessoas continuam a partirem em mudanças para outras cidades, conspirando ainda mais com o nosso desenvolvimento comercial. Sem pessoas não há consumo, sem consumo não a renda, sem renda aproximamos da falência. É assustador! O que fazer?!

A classe política que em cima de um palanque, no ano de 2008 gritava alto e em bom tom, que iriam mudar esta cidade, já pode começar a desesperar-se, pois a coisa não está bem. Está na hora de se buscar alternativas urgentes para o tão almejado desenvolvimento, se não estaremos fadados ao completo ostracismo, condenados em nossa mórbida pequenez.

Para todos vocês que foram eleitos nas últimas eleições, seja você situação ou oposição (se é que ela existe) fica aqui meu apelo, comecem a pensar grande e imediato, pois caso contrário entrarão para a história deste município como aqueles que contribuíram para sua morte.

Estou interessado para saber qual será o resultado do censo que está próximo à acontecer, se não houver manipulação, podem ter certeza que teremos uma considerável queda em nossa população urbana. Já constatei que o número de eleitores de Porto dos Gaúchos teve uma considerável e negativa evolução (caiu mesmo) desde as últimas eleições.

Se caiu o número de eleitores provavelmente teremos um número menor de habitantes, podem ter certeza disto. Espero que este número somado com o número de habitantes do vizinho município de Novo Horizonte do Norte, não seja inferior a 10.000, se não correremos o risco de perder o “status” de Comarca, e passaremos a ser mais uma Vara da vizinha Comarca de Juara.

Não adianta ficar nervosinhos pelo que estou dizendo, se estão duvidando do que estou afirmando, dêem uma olhadinha no que preleciona o artigo 14 da Lei Estadual nº 4.964/85, Código de Organização e Divisão Judiciárias do Estado de Mato Grosso. Ou melhor, vou transcrever o artigo mencionado para que ninguém alegue futuramente ignorância. “Art. 14 – A perda dos requisitos de extensão territorial, número de habitantes, receita tributária, número de eleitores e movimento forense poderá determinar o rebaixamento ou extinção da Comarca conforme o caso, por decisão do Tribunal Pleno.”

No artigo seguinte ficou estabelecido que o Tribunal deliberará sobre a mudança da sede de Comarca, desde que insuficiente as suas condições. É importante acrescentar que existe hoje um movimento separatista que conta com grande apoio popular dos moradores atingidos de uma grande extensão do nosso território, consistente na parte mais produtiva do território municipal.

Quando falo isto, alguns amigos meus, metidos no cotidiano político, acha exagero de minha parte, talvez achando que estou querendo inventar. Mas afirmo que não fui eu que fiz as Leis, portanto abram bens os olhos e afinem os ouvidos, pois, como consta no ditamente popular “água mole pedra dura, tanto bate até que fura”.

Se ainda assim não estão convencidos, só terei um último pedido, quem partir por último não se esqueça de apagar as luzes da rodoviária, pois apagando-as estará contribuindo para amenizar o aquecimento do planeta.

Nilton Flávio Ribeiro.



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