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domingo, 11 de outubro de 2009

Desabafo crítico.
Fazer críticas e comentários políticos fazem parte de uma democracia, é sabedor que alguns políticos ou boquirrotos de seus assessores e apaniguados, talvez não acostumados com o exercício do poder e as críticas que o cargo está sujeito, se irritem e fiquem todos nervosinhos e desconfortáveis perto dos poucos adversários políticos ainda com coragem para criticar e comentar as falhas administrativas.
Bom, como cidadão inconformado com a derrota no último pleito de minha cidade, gosto de fazer minhas críticas, também faço elogios quando exista algo para se elogiar coisa que é muito difícil nos dias de hoje.
Uma de minhas costumeiras e repetitivas críticas, quando à atual gestão municipal, ou melhor, quanto tento encontrar uma explicação para o cenário político municipal, falo sempre que a Prefeita eleita em nosso município é uma mulher com muita sorte.
Desculpem-me meus companheiros derrotados na última campanha, mais reconheço que a Prefeita realmente é uma mulher de muita sorte, talvez isto seja motivo dela ter conduzido o seu parco tempo de gestão, alheia as críticas dos seus opositores e até de alguns de seus eleitores arrependidos.
Vou explicar como cheguei a esta óbvia conclusão. Ela é uma mulher de sorte quando concorreu com um único candidato, que apesar de ser honesto e ético gozava entre o eleitorado local um considerável índice de rejeição, que chegava próximo ao percentual de trinta e cinco por cento.
Teve sorte ao ganhar as eleições, apesar de ter ficado com a minoria na Câmara Municipal, hoje goza de confortável maioria, já que alguns membros da tímida edilidade local não pretendem e não desejam lhe fazer oposição, ou seja, é de maioria governista, ou não sendo, se porta como tal.
É uma mulher de sorte, porque gozou dos primeiros meses de seu mandato com recordes de arrecadação, sendo que alguns meses este valores ultrapassaram a cifras de um milhão por mês, coisa nunca visto antes por aqueles que acompanharam os gestores de outrora. (vejam e comprovem isto pelo site do TCE).
A gestão “cor de rosa” atual, com sorte ou não está entrando no décimo mês de seu primeiro ano de mandato e já começa enfrentar os problemas corriqueiros de qualquer outra administração pública. Não pense os “assessores” dela que em conseqüência disto, não estará sujeita as críticas.
Tanto o executivo como o legislativo composto por pessoas escolhidas pelo povo, deve ter como certo que haverá críticas sobre suas atuações como políticos sejam eles no âmbito do Paço Municipal, como na Câmara de Vereadores, pois isto faz parte do processo democrático.
Faz muito tempo que não assisto a uma sessão do legislativo local, mas, pelo que me disseram, alguns vereadores governistas insistem em culpar os gestores de outrora. Isto não é de estranhar, tal comportamento já é corriqueiro entre os meios políticos. Lula já está no seu segundo mandato e ainda busca atribuir a FHC algumas mazelas atuais referindo-se a tão falada “herança maldita”.
Lembro perfeitamente, a nossa Prefeita em uma entrevista concedida, (ainda no início de sua gestão) elogiava o Prefeito que estava sucedendo, dizendo que as contas da Prefeitura estavam em dias, e agora quando a situação começa apertar, a culpa é dos equipamentos “sucateados” e das dívidas herdadas que até então não existiam.
É muita contradição nos discursos de ontem para o de hoje, e assim o tempo vai passando e nada de novo acontece, as obras públicas cessaram e em todos os setores administrativos só se escuta silêncio e descontentamento.
Voltando as mencionadas críticas, quero deixar claro aos governantes locais, seja eles do executivo ou do legislativo, quando derem motivo para que elas aconteçam pode ter certeza, serei o primeiro, e sem medo de ser feliz de fazê-las, doa a quer doer. É um direito meu como eleitor de expressar meu descontentamento com aquilo que não concordo. Ontem eu era vidraça, hoje eu sou pedra, e como tal agirei de forma clara e transparente.
Aos políticos eleitos, só me resta a fiscalizá-los e deles exigir uma postura ética e transparente, mesmo que isto os incomode, os melindres a ponto de fugirem de minha presença como o diabo da cruz. Isto já vem acontecendo com alguns, que é só eu chegar ao recinto que eles estão, instantes arrumam uma desculpa e saem do local as pressas, talvez para não serem vistos pelos detentores do poder em companhia do único e verdadeiro representante da oposição, ou para não serem cobrados por aquele que não tem “travas na língua”.
Aos acovardados, quero lembrar que os anos de chumbos, negros tempos da ditadura a muito se foi, e ter opinião própria não é defeito, mas sim qualidade.
Nilton Flávio Ribeiro (niltonflavioribeiro.blogspot.com)

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