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sexta-feira, 16 de outubro de 2009


De volta ao passado.
Como bom Corintiano já estou acostumado a sofrer. É ruim assistir um jogo de futebol, seja ele ao vivo ou pela televisão, quando seu time precisa ganhar e o jogo esta empatado e o time adversário no ataque. Pior ainda é quando precisa ganhar e está perdendo e os jogadores insistem em tocar a bola na defesa ou retorná-la do meio de campo para o goleiro. Isto é irritante, e no meu caso acabo desligando a tevê ou mudando de canal em busca de um filme menos estressante.
Na política a coisa é idêntica, só que daí não dá para mudar de canal ou muito menos desligar a tevê e deixar o tempo passar, pois de qualquer forma você irá se irritar com as coisas que acontece ao seu redor.
É verdade!.. Vejamos um exemplo vivo disto que estou tentando expressar. Você está assistindo o Telejornal, ou lendo uma revista ou um jornal qualquer, e depara com uma notícia de uma ação governamental, seja do Presidente da República, dos seus Ministros ou do próprio Congresso Nacional, na aprovação de uma medida qualquer que você tem certeza que amanhã ou depois irá afetá-lo de forma direta ou indiretamente, mesmo que você mude de canal, rasgue o jornal ou a revista de nada irá adiantar, pois as conseqüências destes atos ou medidas chegarão até você, sua família e até mesmo na comunidade em que vive.
Quando você vive em uma cidade pequena como nossa (estou-me referindo a Porto dos Gaúchos), isto não é diferente e qualquer medida tomada no âmbito administrativo, seja no Paço Municipal ou na Câmara, se for errada irá afetá-lo pois as conseqüências certamente irão lhe atingir, não somente você como toda as pessoas que fazem parte da comunidade local. Certo que algumas destas pessoas estarão favorecidas, por tais medidas, mas, tenho certeza que grande maioria do povo estarão prejudicados, de uma forma ou de outra por suas conseqüências desastrosas.
Esta semana me lembraram de um movimento acontecido no passado político de nossa história, na época chamado de “reaja porto”. Este movimento deve grande repercussão, uma vez que surgiu da articulação das mulheres portogauchense, que vendo o descaso e o abandono que a cidade enfrentava foram para as ruas batendo panelas (tinha uma que batia em um bumbo) e gritando palavras de ordem contra o poder de então. Depois desta ação a cidade se transformou nas gestões administrativas que a sucederam aquela que foi alvo do mencionado movimento.
Por várias ocasiões em nosso passado, o ente federativo chamado Porto dos Gaúchos, como se diz no linguajar popular “perdeu o bonde da história”. Quando esboçava uma reação, alguma coisa acontecia e ele retornava ao ostracismo que havia sido condenado.
Seria maldição?! Quem sabe não esteve por aqui no passado um horrendo Bruxo, cavalgando em sua vassoura mágica e soltando estridentes e horripilantes gargalhadas, e tenha apontando para nossa direção seus perversos malignos olhos e brandindo sua varinha mágica nos impingiu um feitiço, dizendo “esta cidade está condenada a ser eternamente pequena”, tendo sua sentença seguida de raios e trovões.
Parece até conto de fadas, mas, quando um passado incômodo começa a esboçar seu retorno, já é hora de começar a se preocupar. Para aqueles que já não mais tem força para lutar só resta uma alternativa, arrumar as trochas e partir para outro lugar ainda não amaldiçoado pelo Bruxo do nosso passado.
Bom!.. Como bom Corintiano também aprendi a ser teimoso e paciencioso, e sendo assim ficarei por aqui assistindo a revoadas dos descontentes carregando suas trochas e partindo. Verei nas noites de Lua cheia a silueta do maldoso Bruxo vagando pelas crateras lunares. Ouvirei suas estridentes gargalhadas ecoando pelos quatros cantos da cidade, e também verei entre as brumas do seu reino seus gnomos e seguidores dançando, rindo, festando e desfrutando do caos instalado.
Porém, tenho certeza que o Bruxo saberá que a poção mágica para quebrar o seu encanto já está sendo preparada e em breve será esparsa nos quatro cantos do vilarejo, pois nada é eterno.
O passado aos poucos retorna só resta a trazer de volta aquele que chamávamos de “Ernesto Cachorrão” e lhe dar um cargo de Secretário. Ah!.. Como é bom e confortável ser tijolo. “Reaja Porto” ou se empanturrem de sextas básicas.
Nilton Flávio Ribeiro (niltonflavioribeiro.blogspot.com)

Um comentário:

  1. OLÁ, SENHOR PAI DA ANA FLÁVIA...
    Gostei do teu texto, principalmente pela compração de futebol e politica, isso sempre dá certo, deu a presidência pro querido Fruto do mar, Lula.
    Se tem uma coisa que condena, é a própria história, construida como uma bomba de Hiroshima, com um relógio bem pontual,e armado pra estourar na hora exata, sem nem um milesímo de atraso ou adiantamento. E, saberemos, não só no vilarejo, mas em todo derredor, que nem bruxo por mais "poderento" que seja poderá parar a verdade...
    (dica: mude o layout do blog, tive vertigem ao ler)
    heheheh
    :>

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