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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Caçadores ocasionais.



    Há muito tempo passados, havia lá na fazenda uma velha cachorra chamada laica, que eu  havia ganhado do Vereador Pedrinho.

    Laica, como dissera a pouco, era uma cachorra cruzamento de vira latas com boxer branca com manchas amarelas claras, cujo corpo era coberto de cicatrizes, comprovando que esta desdentada vira lata um dia fora boa de caça.  Havia em seu peito inúmeras marcas de presas, talvez de porcos selvagens já que volta e meia esta ia para a mata próxima ao Carlson[1], e quando encontrava uma cutia, uma paca ou mesmo um tatu, iniciava a perseguição que prosseguia mata adentro.

   Em certa ocasião, o saudoso João Cavalcante, em companhia de Nenê (Conhecido também por Roi-roi), no final da tarde resolveram encontrar um pé de tucumã com o intuito de esperar uma paca.

    Pegaram a espingarda cartucheira calibre vinte, e se puseram a caminhar em direção à mata com aquele propósito. Nenê como era chamado Roi-roi pelos seus familiares, tinha próximo de treze a catorze anos. João homem formado pai de família. E lá foram eles em busca da mistura que ainda tinha intenção de comer naquela noite.

    Ambos caçadores de ocasião caminharam beirando a mata até encontrar um local com picada que facilitasse o acesso de ambos aquela exuberante floresta. Caminhavam conversando e rindo animadamente e não deram conta que laica, a vira lata, os haviam acompanhado.

    Quando já estavam dentro da mata, e caminhavam próximo a uma vazante, ouviram um barulho entre as folhas de um arbusto próximo ao rio. Nenê firmou a vista, para enxergar o que vinha se movimentando entre as folhas em direção a eles. De longe somente distinguiu entre as sombras um rápido vulto. Foi quando Nenê tomado pelo medo gritou para seu companheiro:  - É uma onça!!! E está vindo em nossa direção!!! Completou o menino completamente em pânico.

   Foi quando ambos destemidos caçadores, largaram a espingarda sobre o chão e freneticamente disputaram um tronco de uma árvore próxima, talvez com o intuito de nela subir e assim ficar distante das garras do poderoso felino. Até esqueceram que a Onça costuma subir em árvores com tamanha facilidade!!!

    Enquanto disputavam o lado mais fácil do tronco, tomado pelo medo, cena típica de uma película antiga de comédia em preto e branco do cinema mudo, vieram a descobrir que a temida onça que vinha em direção a eles nada mais era do que a velha cachorra Laica, que despontou entre as folhas do arbusto abanando a calda de contentamento por encontrar os dois destemidos caçadores ocasionais. Rssssssssssss......






[1] Alfredo Carson, nome dado a um rio de pequeno porte afluente do Arinos.

As consequencias do voto.



   Quem me conhece, sabe que sempre fui uma pessoa empolgada com o processo de escolha dos nossos representantes pelo sufrágio direto, mas confesso, ando um pouco decepcionado.

   Talvez minha decepção seja devido a tendência do voto da maioria do eleitorado em querer manter no poder aqueles que vêm de for acintosa solapando os recursos públicos provindo da excessiva carga tributária que nos Brasileiros estamos submetidos.

   As pesquisas eleitorais, divulgadas em horários nobres de nossa mídia televisiva, indicam que os candidatos governistas e os ligados ao Governo petistas serão eleitos ou reeleitos para os cargos que ocupam.

   Não sei até onde tais índices são confiáveis, vez que os institutos ou empresas responsáveis por sua divulgação quase sempre estão atreladas ao interesse de um grupo ou partidos políticos. Não seria a divulgação de pesquisas mais um instrumento de marketing eleitoral, visando colocar gelo na campanha adversária e conquistar os indecisos e os “marias vão com as outras”?!!! Sinceramente não sei???

   Só sei que a divulgação de pesquisas, de uma forma ou de outra afeta por completo o processo eleitoral, e realmente conquista votos de eleitores ocasionais.

   Em meus contatos com alguns eleitores, vejo neles, a tendência em seguir o modismo ditado pela mídia televisiva e por pesquisas eleitorais, desconsiderando o fato de o candidato ter ou não um programa político partidário que realmente tenha por escopo melhorar a nação.

   O candidato é entregue ao eleitor com uma mercadoria exposta em uma prateleira como se fosse um semideus pronto a resolver sozinhos os muitos problemas que afligem nossa população. O eleitor desatento responsável pela eleição de tais candidatos, não escolhe o candidato com maior preparo ou equipe administrativa, simplesmente segue o comboio de idiotas e vota conforme dita-se a momentânea moda eleitoreira.

   Mal sabem eles, que as consequências destes votos serão irremediáveis por um longo período. Estão em jogos inúmeros interesses, mais o principal de todos estes interesses é a estabilidade econômica e principalmente a liberdade em seu sentido lato. O PT de Dillma tem a muito trabalhado para institucionalizar o comunismo nos moldes da miserável ilha dos irmãos Castros. Marina não fica muito longe, vez que fora criada nas hostes petistas agravada pela exacerbada mania ambientalista de seu grupo de séquitos urbanoides.

   Aécio seria o melhor preparado, dentre aqueles que com maiores condições de disputarem o segundo turno, isto é se chegar até lá, porém as “pesquisas eleitorais” indicam uma grande dificuldade perante o eleitor brasileiro, inclusive em seu estado Minas Gerais.

   Só sei de uma coisa, do meu voto como eleitor, e aí bate aquela enorme insegurança, alimentada ainda pela desconfiança que tenho daquelas arapucas antes mencionadas, conhecidas como urnas eletrônicas. E daí vem à pergunta que insiste em não calar, principalmente dentro da minha cabeça velha, dura e desprovida de cobertura capilar. Será que quando digitar o número do meu candidato o voto não estará indo para outro(a)?!!

   Outrora no passado, tivemos dois bons candidatos, Serra, Alkimin e Serra novamente, e ambos foram derrotados por Lulla e Dillma. Agora estou prestes em ver e comprovar que o processo eleitoral de escolha pode estar contaminado.

   Ou está contaminado por vícios no equipamento que colhe o voto do eleitor fraudando sua intenção, manipula este voto com divulgação de pesquisas como instrumento de marketing, ou ainda, o eleitor em sua maioria está com a cabeça corrompida pelo excesso de informações  truncadas cujo objetivo é perverter a ordem institucional, intelectual e moral da sociedade como um todo.

   Um povo mantido com migalhas da farta mesa da corrupção está fadado a entregar sua liberdade como gado a ser levado para o abate. Dá sua liberdade em troca da preguiça e das benesses da miséria, intitulada como bolsa qualquer coisa, cestas básicas e outras quinquilharias mais.

   Este povo não lê, pois é analfabeto e corrupto pela própria natureza, acostumou a trocar seu voto por promessas e em tempo eleitoral, o negocia como se fosse mercadoria para os espertalhões cuja foto aparece no horário eleitoral.

   Findo o processo eleitoral, divulgado o resultado do sufrágio, as consequências virão com o passar dos dias, mais aquele eleitor, acostumado a ser conduzido no cocho como animal estará lá pronto para entregar sua liberdade em troco da eternização de sua miséria.

   Já os eleitos, prosseguirão em seu intento, e aos poucos minarão a liberdade para enfim colocar nas palmas das mãos e nas testas de seus governados a marca da escravidão eterna.


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A disputa eleitoral local. Vou colocar um pouco de lenha para ver se aquece.



  Hoje como mero espectador, assisto de longe a campanha eleitoral, pelas ruas de minha cidadezinha. Tempos atrás eu estaria engajado e levantaria a bandeira de um candidato.
  A falta de postura política ideológica de muitos candidatos me levaram a afastar dos pleitos e ficar frio ao longe vendo o barulho acontecer. De uma certa maneira esta cômoda distância me permite a analisar o processo eleitoral com mais independência.
  Vamos analisar os apoios aos Deputados Estaduais, para identificar os dois grupos de maior atuação. A facção política em destaque é aquela atrelada a ex Prefeita Carmem Lima Duarte, que ao assumir a candidatura de Oscar Bezerra está fazendo mais barulho do que a outra candidata Janaína Riva apoiado pelo grupo liderado pelo atual Prefeito Baixinho Piovezan e Revelino Trevisan.
  Estou somente me atendo nesta minha superficial análise aos candidatos a Deputados Estaduais, já que ambos candidatos são tidos como regionais e do município vizinho de Juara. Pois para os demais candidatos a outros cargos virou uma miscelânea duro de entender. Explicarei mais tarde em outra ocasião.
  Ambos os grupos políticos, iniciaram a antecipada disputa evidentemente visando futuramente o Paço Municipal. Estou errado?!! Acho que não.
  O Grupo de Carmem Duarte liderado pelo seu Marido Jair Duarte saiu na frente com maior firmeza, levantando a bandeira de Oscar Bezerra, vem se destacando na corrida para assembleia legislativa, é que tem demonstrado o dito barulho eleitoral.
  Conseguiram, o que em minha opinião, é o melhor lugar para o Comitê Eleitoral, e reuniram maior números de veículos que circulam pela cidade ostentando os adesivos de propaganda e apoio eleitoral. Já o outro grupo, que apoia Janaína Riva, demonstra estar completamente dividido em alas de interesse eleitoral, e em consequência disto à campanha vem sendo conduzida de forma tímida e acovardada. Ponto para o candidato Oscar.
  Até o Comitê Eleitoral de Janaína ficou escondido, tal qual seus coordenadores, que sem ânimo e sem diálogo caminham isoladamente em direção opostas. O que em minha singela opinião significa morte certa. Coordenação é tudo em uma campanha eleitoral. Equipe bem formada é  sinônimo de marketing e votos no dia do pleito.
  Salvo engano teremos surpresas nestas eleições, pois estou vendo a entrada de outros candidatos no município, que de certa maneira é bom, por que sai daquela velha e carcomida polarização local, possibilitando assim aos eleitores uma terceira via. O que está também a acontecer em Juara com a entrada de outros candidatos a Deputados Estaduais, que poderá quebrar a hegemonia dos dois grupos dominantes. 
   Vamos aguardar o correr da campanha e ver quem ganhou e quem perdeu com a babel de interesses políticos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Infestação parasitária.



   Vamos falar com sinceridade. A vida de um viciado em drogas, principalmente de um usuário de “crak” é infernal e degradante.
   O dependente desta droga acaba em lugares insalubre e imundo vivendo entre excrementos e lixos com outros iguais a eles. Vegeta como se fosse um zumbi.
   Tudo começa, quando um amigo ou outro viciado lhe apresenta a  droga, como algo novo que merece ser experimentado. Convence-o a usar, dizendo que será uma viagem inesquecível, que irá mudar sua vida para melhor, que ele passará a enxergar a coisas mais nitidamente. E assim ele se entrega a vida ilusória e degradante e se transforma em mais um zumbi.
   Como morto vivo passa a vegetar e a cada vez mais depender de esmolas, quando não parte para o furto, roubo com o escopo de sustentar o maldito vício.
   A vida familiar do dependente torna-se um inferno em consequência de sua opção por uma nova experiência. Pais, irmãos, esposa e filhos sofrerão com aquela situação e assim por diante.
   Assim é com o país, quando faz a errônea opção na escolha dos seus governantes.  O estrago toma proporção catastrófica.
   Escolhendo errado, o país é conduzido por um caminho sinuoso, onde corrupção, inflação e degradação moral andam juntos, afrontando as instituições e principalmente a família que é a base de um estado forte.
   Assim está acontecendo em nosso país, que no passado optou em escolher o PT como uma experiência governamental, e agora paga um preço muito alto em consequência disto. A corrupção tornou-se marca registrada do modo petista de governar.
   Este partido aparelhou o estado de certa maneira, que até o STF vem gradativamente atendendo seus interesses. Prova disto é que mensaleiros antes condenados agora estão obtendo regalias concedidas pelo atual presidência o que tem causado grande revolta naqueles que ainda consegue a se indignar com o sistema.
   A cada divulgação da pesquisa eleitoral, vejo que a tendência do eleitor é ainda a experimentar algo que eles acreditam ser novo e exótico. Já tínhamos um governo assolado por inúmeros atos de corrupção e devaneios de ONGS e movimentos sociais extremistas. E agora?!!
   Tudo indica que teremos uma nova “presidenta”. Uma nova experiência, uma “nova política” como ela mesmo prega. Nuvens negras começam a ser formar no horizonte futuro deste sofrido país, pois esta nova política não tem um plano governamental que não seja mais devaneios esquerdistas.
   Sentei-me em uma mesa de bar onde haviam três conhecidos. Confesso que a princípio relutei em lá sentar-me, mas diante de insistentes convites e não querendo ser deselegante aceitei o convite.
   Se eu pudesse imaginar de quanto seria desconfortante ouvir a conversa daqueles “borrachas”, não teria em hipótese alguma me sentado com eles. Repentinamente, entre as gozações habituais futebolísticas, o assunto se voltou para a política. A partir deste momento, o clima azedou.
   Um deles dissera que iria votar na Marina por que não gostava do Aécio. Até aí tudo bem, ninguém é obrigado a gostar de ninguém, e respeitei a tendência do voto daquele cidadão apesar de pensar completamente contrário a sua posição, pois voto no Aécio e também não morro de amores por ele, pois no passado este ficara em cima do muro, quando os candidatos era Geraldo Alkimim e Serra.
   Momento seguinte, o outro interlocutor, velho petista de galocha, deselegante como todos são, começou a me alfinetar, com o evidente intuito de arrancar uma discussão. Indagara então como votaria o agronegócio em um provável segundo turno entre Dillma e Marina?!!
   Pergunta sem resposta, pois não tenho mandato do agronegócio para falar em nome de toda classe. Sei que Blairo e seu parente Iraí, estão pedindo voto para Dillma, talvez por interesses empresariais que desconheço.
   Novamente o petista esquerdista de tendências cubanas, saiu em ataque ao agronegócio dizendo, que esta classe já havia ganhado muito dinheiro. Foi quando disse a ele, que teriam que ganhar muito mais, afinal são eles que produzem riquezas e geram emprego neste país carcomido pela corrupção ideológica de esquerdistas de ocasiões.
   Foi quando comecei a sentir em sua fala, aliás, como toda posição ideológica de esquerda, seja ela comunista ou socialista, um pouco de inveja daqueles prósperos empresários rurais que realmente produzem riquezas neste país.
   Tendei enriquecer a fala, querendo mostrar que os índices econômicos têm demonstrado que o agronegócio vem mantendo o PIB com ligeira alta. Em vão, pois esqueci daquele velho ditado, “de que discutir, com um petista é como jogar xadrez com pombo....” ainda mais com um petista bêbado?!!
   Um dia desses, um amigo comentara que precisaríamos a chegar ao fundo do poço, para daí começarmos a resgatar os valores morais antes esquecidos. Para que o povo comece a valorizar, o trabalho e a produção da verdadeira riqueza.
   Antes disto, iremos sofrer as consequências de outra nova experiência. Certamente passaremos por momentos difíceis quase apocalítica de sofrimento e perseguições políticas.
   Cheguei a conclusão, de que um possível segundo turno eleitoral, entre Dillma e Marina, eu não teria muita opção em escolher, como de fato já havia optado por abster-me. Neste caso específico a eleição para mim já não faria mais sentido, pois o PT novamente conseguiria seu intento.
   Como já escrevi anteriormente, Dillma e Marina, na minha singela opinião são farinha do mesmo saco, verso e anverso da mesma moeda ideológica parasitária, que infestou este país pregando uma luta de classes. Droga por droga, prefiro me abster do que tornar-me mais um zumbi. Realmente temos que chegar ao fundo do poço para aprendermos isto.
   Como diz o velho ditame: O futuro a Deus pertence”. Só nos resta a esperar sua eterna benevolência.