Esporte ou guerra?
Muitos me convidaram para eu fosse no ginásio no sábado a noite, dizendo que haveria um “jogão” de bola entre duas equipes locais. Ignorei o convite, pois como no sábado anterior o pau quebrou e foi um festival de xingos e troca de ofensas pessoais, pensei o que irei fazer lá, para assistir uma briga, fico em casa e assisto o Vale Tudo, bem melhor do que ver amadores brigando por um jogo de bola.
Muitos irão perguntar por que estou escrevendo isto?! Ora algo que poderia ser divertimento passou a ser objeto de ferrenha disputa, a ponto que torcedores trocarem ofensas pessoais e ofenderem uns aos outros, e no dia seguinte passarem a se vangloriarem das bravatas acontecidas sob a influência da bebida alcoólica.
Ambos os lados são meus amigos, não iria eu ver um espetáculo tão degradante, onde jovens e pais de famílias se ofendem uns aos outros tendo como causa um simples jogo de futsal.
Um dos ofendidos disse que estava fora do jogo assistindo a pelada junto com a torcida, quando um torcedor de enorme tamanho dirigiu-se a ele de dedo em riste ofendendo-lhe buscando talvez uma reação para saírem no braço.
Após me narrar o acontecido, este ofendido me confessara que se tivesse uma arma em casa certamente iria buscá-la para enfrentar seu desafeto. E ambos envolvidos são pessoas de bens que tenho grande respeito e admiração.
Não que eu seja santo, pois quem me conhece sabe muito bem que não gosto de levar desaforo prá casa, mais brigar por um jogo de bola?! Aí não tem sentido.
Imaginem no dia seguinte, em vez de estarem festejando, uns estarem chorando a perda de um amigo, filho, irmão, pai ou marido, e ou chorando e lamentando a sua prisão, tudo devido a um simples jogo de futsal. Não faz sentido!
Vamos baixar a bola moçada, um simples pedido de desculpas e de reconhecimento de erros, pode fazer a diferença. Se não façam como eu fiquem em casa e assista o Vale Tudo é muito melhor ver profissionais lutando do que um bando de otários exaltados.
Até o próximo campeonato!?! E não adianta ficarem bravinhos comigo, quem fez besteiras não foi eu.
Nilton Flávio Ribeiro.