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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Chove muito lá fora.




   Nestes últimos dias as frequentes chuvas que estão caindo em nossa região, quando acrescenta conforto e esperança para uns, traz insegurança para outros.

   Para os pecuaristas que de suas janelas observam o gado gordo pastando sobre a verde e vistosa gramínea, vislumbra dias melhores para prosseguir em sua costumeira busca por um mercado promissor e rentável como o de outrora.

   Já o agricultor que alguns dias atrás dessecou o soja, começa a brotar agora a insegurança pois para ele, ao contrário do pecuarista chuva em demasia pode lhe acrescentar prejuízos.

   De ambos os lados existem investimentos, salários, encargos sociais, impostos e outros gastos, que precisam ser adimplidos nos tempos certos. A esperança daquele que atirou a semente ao solo é que o sol apareça por alguns momentos possibilitando que colha a sua safra e com isto possa cumprir com seus compromissos assumidos quando adquiriu a semente e os demais insumos.

   Só lhes restam a olhar cotidianamente para o céu, e buscar nele a esperança tentando afastar a insegurança que momentaneamente lhes assolam o peito.

   Quiçá assim quer o Único e Verdadeiro Deus em sua infinita sabedoria, chamar atenção dos reles mortais para estes em alguns momentos olhem para o céu e sintam como são frágeis, diante desta imensidão azul com cúmulos brancos e acinzentados, que ultimamente nos tem trazido chuvas, acrescentando vida em todos os seus naturais aspectos.

   Infelizmente, nem tudo é como nossa vontade, mas sim do Criador, que de lá do seu trono Eterno observa seus filhos e criaturas em suas  cotidianas atribulações. 



O azul do céu se acinzenta,

e logo uma brisa fresca,

sopra as cortinas da minha solidão,

trazendo seguidamente as gotas prateadas do céu.

Lá fora continua a chover.

seriam lágrimas de uma flor

saudosa em sentir o calor do sol?!!

As folhas encharcam pesadas pelas

gotículas que se aglomeram em seu limbo.

Logo vem a brisa que com o seu sopro frio,

as atiram ao chão como chuva tardia.

Novamente o céu se abre,

por alguns poucos instantes dar passagem

à tímida luz solar.

Novamente o céu se acinzenta,

para em prantos molhar a terra

trazendo a vida de uma pequena semente,

até então acobertada por folhas secas acomodadas sobre a terra.

O verde esbranquiçado da nova vida

empurrando os pequenos torrões

que existiam sobre ela

olha para o céu em busca  do sol

encontrando-o acinzentado e em prantos como nos últimos dias.

Ainda muito chove lá fora.

Os pássaros se reúnem em uma ruidosa sinfonia

no final do dia acinzentado.

revoando por sobre as árvores

pesadas e encharcadas das águas prateadas da chuva.

Chove e chove muito lá fora.

A chuva que cai é abençoada,

e junto com a pequena semente que brota

brotará igualmente a esperança,

que sol ainda brilhará no amanhecer de um novo dia.


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