Nestes últimos
dias as frequentes chuvas que estão caindo em nossa região, quando acrescenta
conforto e esperança para uns, traz insegurança para outros.
Para os
pecuaristas que de suas janelas observam o gado gordo pastando sobre a verde e
vistosa gramínea, vislumbra dias melhores para prosseguir em sua costumeira
busca por um mercado promissor e rentável como o de outrora.
Já o agricultor
que alguns dias atrás dessecou o soja, começa a brotar agora a insegurança pois
para ele, ao contrário do pecuarista chuva em demasia pode lhe acrescentar
prejuízos.
De ambos os
lados existem investimentos, salários, encargos sociais, impostos e outros
gastos, que precisam ser adimplidos nos tempos certos. A esperança daquele que
atirou a semente ao solo é que o sol apareça por alguns momentos possibilitando
que colha a sua safra e com isto possa cumprir com seus compromissos assumidos
quando adquiriu a semente e os demais insumos.
Só lhes restam a
olhar cotidianamente para o céu, e buscar nele a esperança tentando afastar a
insegurança que momentaneamente lhes assolam o peito.
Quiçá assim quer o Único e Verdadeiro Deus em sua infinita sabedoria, chamar atenção dos reles mortais para estes em
alguns momentos olhem para o céu e sintam como são frágeis, diante desta imensidão
azul com cúmulos brancos e acinzentados, que ultimamente nos tem trazido chuvas,
acrescentando vida em todos os seus naturais aspectos.
Infelizmente,
nem tudo é como nossa vontade, mas sim do Criador, que de lá do seu
trono Eterno observa seus filhos e criaturas em suas cotidianas atribulações.
O azul do céu se acinzenta,
e logo uma brisa fresca,
sopra as cortinas da minha solidão,
trazendo seguidamente as gotas prateadas do céu.
Lá fora continua a chover.
seriam lágrimas de uma flor
saudosa em sentir o calor do sol?!!
As folhas encharcam pesadas pelas
gotículas que se aglomeram em seu limbo.
Logo vem a brisa que com o seu sopro frio,
as atiram ao chão como chuva tardia.
Novamente o céu se abre,
por alguns poucos instantes dar passagem
à tímida luz solar.
Novamente o céu se acinzenta,
para em prantos molhar a terra
trazendo a vida de uma pequena semente,
até então acobertada por folhas secas acomodadas
sobre a terra.
O verde esbranquiçado da nova vida
empurrando os pequenos torrões
que existiam sobre ela
olha para o céu em busca do sol
encontrando-o acinzentado e em prantos como nos
últimos dias.
Ainda muito chove lá fora.
Os pássaros se reúnem em uma ruidosa sinfonia
no final do dia acinzentado.
revoando por sobre as árvores
pesadas e encharcadas das águas prateadas da chuva.
Chove e chove muito lá fora.
A chuva que cai é abençoada,
e junto com a pequena semente que brota
brotará igualmente a esperança,
que sol ainda brilhará no amanhecer de um novo dia.
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