No cotidiano de um
advogado, há momentos que surgem entre seus casos aquele um, que se transforma
em um imenso desafio. Todo profissional busca mesmo é perceber algo em troca de
seu trabalho, e pense o que quiser, mas estou falando simplesmente de dinheiro,
alvo de cobiça em qualquer sistema capitalista.
Não me venha agora você, cuja
cabeça fora forjada com ideias marxistas ou gramscistas fazer apologia ao
sistema mais escroto que inventaram na história de nossa corrompida
civilização, ou seja, o comunismo, socialismo, bolivarianismo, petismo e
etc...etc...e tal. Todo qualquer tipo de capitalismo de estado, criado com o
escopo de nos amordaçar ou surrupiar nossos parcos bens, e principalmente a
nossa sagrada liberdade é nocivo ao indivíduo.
Você não senta em um
banco de escola, por no mínimo quinze anos somente para formar-se em algo
apenas por amor ao trabalho. Vejo professores publicar no “facebook” que amam
suas profissões, mas não abre mão de uma grevezinha em busca de “melhores
condições de ensino”, que se traduz como nada mais nada menos um aumento
salarial.
Não basta sentar em um
banco de universidade ou mesmo cursar uma faculdade destas ditas como virtuais
ou não presenciais que sairão de lá “profissionais”, naquilo que aprenderam,
não é verdade?!! Qualquer profissão, por mais singela que for, tem que ser
acrescida de experiências que somente a prática cotidiana irá fornecer. E se
complementa pela remuneração.
Retornando ao assunto
inicial, toda profissão tem seus desafios, e há momentos que o dinheiro fica em
segundo plano, somente pelo fato de ser um desafio, uma afronta a concepção da
nossa sociedade e na noção do que seja justiça”.
O estado brasileiro, vem
se tornando um imenso monstro corporativista, cujos tentáculos envolvem por
completo os meios de produção, afetando o cidadão diretamente sem que este em
sua vã existência se dê conta de tudo isto.
E você somente percebe
como é perigoso o crescimento das instituições públicas com o passar dos anos,
quando já não tiver mais forças para prosseguir lutando, e daí será tarde.
Vejo jovens
profissionais, que perderam por completo o idealismo e o censo de crítica,
tornando-se servil do sistema e do meio em que vive, e o mais perigoso de tudo
isto, simpatizantes de um sistema político cujo princípio é o cerceio da
liberdade individual de um modo lato.
Eu, como advogado morador
de uma pequena urbe, por opção, já que tive inúmeras oportunidades de me fixar
na “corte” ou em outras cidades de maior porte neste estado federativo, sinto
isto na própria pele. Em uma cidade pequena você passa a conhecer as pessoas de
um modo diferenciado daquelas frequentemente vista nos grandes centros. De uma
certa forma você acaba mais próximo dos problemas alheios do que se estivesse
em uma cidade maior.
Não sei se isto é bom.
Talvez pelo lado humano seja bom conhecer os problemas das pessoas, pois pode
aparecer uma oportunidade de ajuda-las em resolvê-los, apesar que isto pode
caracterizar uma renúncia de compensação financeira. Não é verdade?!!
Até para ajudar, é
importante que tenhamos vontade para isto e principalmente liberdade para
escolher quem realmente precisa ser ajudado. Nem que para isto, seja preciso nadar
contra a correnteza de interesses e diz que diz cotidiano de uma pequena
cidade.
Quando eu estava sentando
no banco da universidade, havia duas matérias que não atraía muita minha
atenção, por simplesmente não gostar da forma que era me ensinada. Era o
Direito penal e do trabalho. Até hoje, exercendo minha profissão de advogado,
procuro evitar trabalhar nestas duas correntes do direito.
No Direito do trabalho
por exemplo, por achar a Justiça Federal do Trabalho, uma corte paternalista,
parcial e sindical, que muitas das vezes servem a extorsão da classe
empregadora. O empregador, quando é reclamado perante este tribunal, geralmente
é colocado em um nível de desfavorecimento perante aquele que vem reclamando.
Não me canso de escutar, e até já utilizei em minhas contestações, o fato que
perante a Justiça do Trabalho, uma mentira de um empregado, vale por mil
verdades do empregador.
No direito penal, em
alguns casos, mesmo a não existência de provas concretas, somente com a superficial
e frágil existências de indícios ou conversas maledicentes são suficientes para
manter encarcerado uma pessoa, pelo menos ao logo de noventa dias. Muitos
Juízes formam um vínculo de cumplicidade com o Ministério Público, prejudicando
assim o direito individual do denunciado.
Tempos atrás, valia o
princípio de presunção da inocência, hoje com agigantamento das instituições públicas,
e aí eu me refiro ao Ministério Público e sua ânsia de achar e punir culpados,
mesmo que estes sejam, inocentes, está prevalecendo nos meios jurídicos a presunção
da culpa, ou seja, todos são culpados até prova em contrário. Pelo menos é
assim que tenho presenciado em alguns casos, mesmo que estes sejam isolados.
O crescimento do estado
como instituição de uma forma ou de outra, vem sufocando o direito tal qual conhecíamos
no passado. Os princípios constitucionais de liberdade e respeito as
prerrogativas individuais, estão se degradando com o passar dos anos. Isto ao
meu ver é demasiadamente preocupante.
Esta invisibilidade
institucional demoníaca do Estado, irá aos poucos nos devorar e quando
acordarmos desta cômoda passividade, certamente será tarde, e os grilhões
estarão cadeados em nossos braços. Estaremos marcados como animais em um
confinamento, sujeitos a cotas periódicas de vestuários e alimentos.
Os poucos e ainda
pensantes, não idiotizados pela educação estatal, certamente lembrarão com
saudosismo dos tempos em que direitos eram preservados, e a liberdade cultuada
nos templos e no seio da instituição familiar. Seremos somente escravos à
servir um déspota e satânico senhor.