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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Basta!!! Pela aprovação da PEC 215.



    Já era tempo do Congresso Nacional, colocar um basta na onda de terror generalizada incentivada pela FUNAI e CIMI, que tem colocado indígenas e fazendeiros em pé de guerra. Segundo matéria jornalística veiculado no “site” do Estadão onde consta que o PMDB votou maciçamente contra o governo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e comandou a aprovação da proposta de emenda constitucional tirando poderes do presidente da República para demarcar terras indígenas, áreas de preservação ambiental e regiões de quilombolas. Segundo a reportagem os votos do PMDB foram fundamentais para a aprovação do projeto.



    Como já era de se esperar a resistência governista foi feita pelos deputados do PT, do PCdoB, do PSB, do PV e do PSOL, partidos estes de histórica militância dita esquerdista, contumazes na conspiração contra a propriedade privada e do agro negócio. Os demais partidos da base ficaram divididos e a oposição votou contra o governo.



    A frente Parlamentar da Agropecuária comemorou o resultado que pelo projeto, o Executivo não poderá mais fazer demarcações das terras. Essa decisão ficará por conta dos parlamentares por meio de projeto de lei, aprovado por maioria simples.

    Daí a importância de elegermos (ano que vem temos eleições) candidatos compromissados com a propriedade privada e com o desenvolvimento do país. Ao contrário do que pregam as ONGS e a própria FUNAI, não há retrocesso em garantir o direito de propriedade principalmente daqueles que na minha insignificante opinião produzem riquezas e acrescenta prosperidade para este imenso país.

    Retrocesso seria transformar grandes áreas estrategicamente férteis e produtivas em imensas favelas rurais, onde certamente imperariam a miséria oficial, promovida por setores governistas e missionários de esquerda que sempre irão conspirar contra os meios de produção.

    Vamos ver como irá se portar a comissão especial e o plenário do Congresso Nacional, se irão manter a aprovação ou votarão contra a PEC 215.

sábado, 28 de dezembro de 2013

PERSEGUINDO A VINGANÇA - 14ª PARTE.




                   Chegado o domingo tão desejado pela jovem e crente Rosilda, está aguardava apreensiva pela chegada da noite, quando o seu amado viria em seu encontro para ambos assim seguirem em direção ao culto.
                   A ensolarada tarde, dava ares de sucumbir pela chegada da noite, pois o sol já escondera por detrás da serra calcária que delimitava a cidade pelo seu lado oeste. Rosilda de banho tomado escolhia uma roupa entre o seu singelo e parco vestuário, com o evidente escopo de embelezar-se para o homem de sua vida. A escolher o vestido azul com bolinhas brancas o colocara sobre a cama, alcançando uma escova sobre a velha penteadeira, cujo espelho a muito se encontrava quebrado somente sendo seguro pela sua moldura de madeira.
             A jovem sentou-se na cama ao lado do vestido e olhando-se no espelho trincado de sua penteadeira, procurando a parte menos danificada do mesmo, colocou-se a escovar suas negras e longas madeixas pensando consigo mesma que se o seu amado iria acha-la bonita.
                   Em cima da mesma penteadeira, estava seu “Novo Testamento”, que de novo mesmo somente era o nome pois o livro dito sagrado de tanto manuseio estava com algumas páginas a se soltar e a capa amarrotada pelo uso excessivo. Rosilda tentou alcança-lo e ele escapando dos seus delicados dedos caiu aberto no piso do seu quarto, na pagina do sermão da montanha, onde ela ao alcançá-lo pode ler o versículo que dizia “bem aventurados os que têm sede de Justiça, pois serão saciados.”
                   A jovem mulher, leu com atenção redobrada o versículo e na solidão do seu quarto mergulhou em seus pensamentos acreditando que o seu Salvador estaria falando com ela naquele momento.
                 Foi quando o silêncio do seu quarto fora quebrado pela voz de sua genitora que com seu jeito simples e caboclada anunciava a chegada do seu amado.
­             _ Rosirda, seu namorado chegô!!! – Disse a velha senhora para sua filha que ainda estava em seu humilde quarto.
       _Tá lá fora do portão te esperando, sentado no cepo. – Completou a velha.
           Rosilda procurou se apressar em terminar de arrumar-se, pois logo entraria na Igreja de braços dado com seu amado, como sempre sonhara, havia chegado a hora de mostrar para os seus amigos e conhecidos fiéis irmãos como ela afirmava, que seu amado logo estaria entre eles, para os cultos de adoração a Jesus o Salvador. Ela iria conseguir sua confirmação, sua conversão e até seu batismo pelo Espírito Santo, e ele que sempre havia estado distante acabaria aceitando Jesus como seu Salvador.
            Com pressa alcançou sua Bíblia e o hinário que estava sob a penteadeira, e dirigiu-se para fora da casa em direção a rua, onde avistara seu amado sentado no banquinho de tábuas fixo em frente de sua casa ao lado do seu portão. Banco este onde trocavam constantes juras de amor. 
           O jovem Tião vestia uma camisa branca e uma calça de brim do tipo “jeans”, porém calçava uma botina, destas muito usadas no meio rural, porém impecavelmente limpa e engraxada, e quando viu sua amada apontando no portão toda arrumada e perfumada, abriu um grande sorriso de alegria e admiração.
        _Vamô mué, não vai querer chegar tarde no curto! – Falou Tião a sua amada, que  muito vinha insistindo para que ele a acompanhasse a Igreja.
          Rosilda se aproximou de Tião colocando seus braços em torno do seu pescoço em seguida desferindo-lhe um beijo selando assim seu amor e sua gratidão pelo namorado. Ambos deram as mãos e caminharam em direção a Igreja.
           À tarde ensolarada do belo Estado Matogrossense ia dando lugar a noite que se aproximava. O Sol já havia escondido por detrás da serra, e começava a aparecer algumas estrelas naquele azul infinito límpido e sem nuvens que marcava o período das secas.
           Os últimos pássaros já haviam se escondidos entre as grandes mangueiras muitos frequentes nos quintais. Agora o que via voando no céu ziguezagueando de um lado para outro em busca de insetos eram os grandes morcegos. Outras espécies voavam em torno das árvores frutíferas em busca de um suculento fruto. Mariposas começavam a surgir buscando a luminosidade das luzes dos parcos postes existentes por ali e das que vinham das casas que ainda estava de portas abertas.
           Algumas crianças ainda corriam pelas ruas sem pavimentação e esburacadas daquele bairro pobre. Era pega pega, pique salvo, alguns ainda insistiam em correr atrás de uma bola até quando a enxergassem. Risos e nomes feios se entremeavam em algazarras.
                  Por outro lado, as meninas que com suas cantigas de rodas se divertiam nas calçadas longe da agitação dos meninos. Tudo aquilo era bonito para Tião, que teve uma infância diferenciada, distantes de amigos e dos piques esconde. Sua diversão consistia em correr entre as árvores, pescar e nadar no Arinos e nos demais córregos e sangas de sua região.
                Subir em árvores, caçar de espera nos “puleiros”[1] e acompanhar seu saudoso pai nas caçadas de catetos e queixadas em companhia da “guaipeca”[2] Futrica, sua cachorra de estimação. Ele lembrava do seu pai, quando alguém perguntava a raça da cachorra, ele respondia com o ar de matreiro e de deboche que era “guaivira”, cruzamento de “guaipeca” com vira lata. 
                  Assim foi caminhando o jovem casal de braços dados em direção a Igreja, felizes e apaixonados.

CONTINUA.......


[1] Puleiro: local utilizado para caça de espera. É feito com varas  de madeira reforçada, pregada ou marrada entre duas árvores próximas de uma ceva, seja saleiro ou árvores frutíferas.
[2] O mesmo que Vira Lata. Cachorro sem raça definida.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

PERSEGUINDO A VINGANÇA - 13ª PARTE.




                   Após aquele incomodo encontro, Tião teve um resto de dia completamente horrível não conseguindo se concentrar no trabalho, porém sem que esta situação viesse atrapalhar o desempenho de suas funções laborais. Com frequência mergulhava em pensamentos lembrando-se do seu querido pai atirado e todo ensanguentado agonizando até a morte. Estes pensamentos alimentava cada vez mais sua ira, sua sede de vingança que este cultivava e alimentava pelo ódio que sentia. Ódio este que com o passar do tempo agigantava ainda mais em seu peito.
                   Depois do trabalho, Tião foi ter com Rosilda sua amada namorada, a mulher que cobiçara para ter como esposa, e neste momento o ódio desaparecia, e dava espaço ao ardente desejo de um jovem caboclo. Agora o seu peito não era mais ira, somente paixão e amor por aquela mulher.
                   Sentado em um banco de madeira em frente da casa de Rosilda, Tião colocara as mãos de sua amada entre as suas levando com delicadeza até o seu rosto beijando-as com grande carinho. Colocou os braços sobre o ombro da mulher trazendo-a perante o seu rosto para em seguida desferir um ardente e apaixonado beijo. Os lábios molhados de Rosilda encontram os seus e por segundos ficaram ali se beijando e sentindo o palpitar dos seus peitos. Ambos estavam loucamente apaixonados.
                Rosilda aproveitando aquele momento de desejo, dirigiu-se ao amado indagando-o sobre o final de semana.
                   _Tião meu querido, pensou no meu convite? – Perguntou-lhe a jovem.
                   _Inda não minha flor. – Disse Tião, acariciando a namorada sob seu delicado queixo.
                  A mulher aproveitando a deixa insistiu com o namorado, falando da importância de ambos estarem no culto naquele final de semana. Ela fazia muito gosto que o namorado entrasse com ela na Igreja, talvez com o propósito de mostrar para seus familiares e até para os conhecidos de lá, que em breve faria de Tião mais um crente em Jesus.
                   _Vamo Tião! – Insistia  ela com o namorado.
                   Naquele momento Tião olhou nos fundos dos olhos negros da mulher amada e viu aquele olhar meigo que implorava por sua ida à Igreja no culto de domingo a noite. Não resistindo o insistente pedido foi logo dizendo:
                   _Tá bem, eu vou mué, mais é só pra te acompanhá.
                   Naquele momento o olhar da jovem mulher encheu de regozijo e felicidade, levando-a abraçar e beijar seu namorado como nunca havia antes beijado. Declarando em seguida seu ardente amor:
                   _Te amo! Te amo! Te amo!..
                   _Também te amo! – Disse Tião respondendo as juras que  naquele momento receberá daquela que seria sua futura esposa.
                    Aquele resto de noite foi para o jovem casal repleta de carinho e juras eternas de amor. Caminharam pelas ruelas da pequena Rosário mirando os milhões de estrela que enfeitava a abóbada celeste e sentindo o perfume suave das flores que exalava dos quintais das singelas casas.
                   O silêncio da noite, vez e outra era quebrado pelos latidos dos cães e das algazarras e risos de jovens que pelas ruas circulavam em busca de aventuras. Quando não, pelos ruídos dos motores dos poucos veículos que rodavam pela vizinhança.
                   E assim foi-se acabando a noite para os dois apaixonados jovens, que para Rosilda certamente seria inesquecível, já que conseguira convencer seu pretendente a Igreja a acompanha - lá.

CONTINUA.........

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

PERSEGUINDO A VINGANÇA - 12ª PARTE.




                   Ouvi-se um ruído estridente de metal, o que acordou o rapaz com um grande sobressalto, fazendo seu coração palpitar pelo excesso de adrenalina que seu organismo acabara de produzir. Levantou-se imediatamente da sua cama e vira que o ruído havia vindo da borracharia em frente onde o borracheiro Vitor já estava a trabalhar, desmontando um pneu de caminhão. O ruído era proveniente das marretadas que dava no metal com o propósito de endireitar o aro da roda amassado em consequência de uma pedra ou um buraco talvez encontrado em seu trajeto.

                   Tião olhara no seu velho relógio automático, que herdara de seu pai após a sua morte, e vira que estava atrasado para o serviço. Chacoalhou o relógio continuamente com o propósito de lhe dar cordas, correndo em seguida ao pequeno banheiro anexo aos seus aposentos, onde existia uma pia lavatório fixada do lado de fora de sua parede. Passou uma água no rosto escovando os dentes em seguida, para correr em direção as bombas do posto onde iniciaria seu labor.

                   Ao chegar, fora logo se desculpando com os amigos de trabalho principalmente com o Marcão, gerente do posto que o vendo chegar atrasado olhava para o relógio com o ar de reprimenda.  Tião com o fim de justificar seu raro atraso já dirigiu-se ao gerente:

                   _Descurpa Marcão, é que fiquei de prosa com o Véio Pedro até tarde e perdi a hora.

                    _Tá bem, procura não se atrasar mais. Agora corre toma o café lá na cantina e volta logo para o serviço. – Disse lhe Marcão aceitando a justificativa do empregado.

                   Marcão sabia que Tião, desde que iniciará como empregado do Posto gozava da simpatia do Patrão, que gostara do jeito simples do Jovem sempre prestativo e disposto a ficar algumas horas a mais ajudando no movimento do estabelecimento sem nada exigir em troca. Alguns minutos de atraso, portanto, não traria nenhum prejuízo ao Posto.

                   Tião olhara ao redor do estabelecimento e notara que Pedro, seu amigo já havia ido para casa. Caminhou em direção à lanchonete para tomar seu rápido cafezinho retornando de imediato para seus afazeres como frentista do Posto de Gasolina.

                   Quando varria o chão pavimentado do pátio do posto, próximo às bombas de combustíveis escutou uma voz que o chamava:

                   _Escuta aqui o piralho, não vem me atende não?!

                   Tião olhou para trás e vira que havia encostado em uma das bombas de combustível, uma camionete com carroceria de madeira. O condutor do veículo estava em pé ao lado do mesmo e de forma grosseira e asquerosa falava alto querendo chamar a atenção dos demais frentista do posto.

                   _Esta moçada de hoje, são tudo uma cambada de bosta preguiçoso e vagabundo. Não quer saber de nada.

                   Tião ouvindo aquilo correu em atender o homem que esbravejava ao lado da bomba querendo o imediato atendimento e que naquele momento lhe dera as costas e seguia em direção da lanchonete e mais de que presa foi perguntando-lhe:

                   _ Ei moço! É prá completa!?!

                _ Encha o taque guri entojado e para de embromar! – Disse o mal e educado homem enquanto caminhava em direção da lanchonete.

                   Tião não dera muita atenção às deselegâncias daquele sujeito, pois volta e meia aparecia naquelas paragens um motorista ignorante exigindo tratamento diferenciado e tratando mau os frentistas empregados. Porém a política da empresa era que o cliente sempre tinha razão e ele iria cumprir seu compromisso para com o seu patrão.

                   O jovem frentista abasteceu o veículo completando o tanque, anotando em seguida a quantidade de litros no bloquete de controle do posto, e de posse de uma mangueira de água, passou a lavar o para-brisa que encontrava empoeirado e sujo por restos de insetos esmagados contra o vidro.

            Não demorou muito e o condutor do veículo já estava retornando da lanchonete e chegando próximo a Tião já foi logo perguntando daquele seu jeito rude e mau educado.

                   _E daí o pentelho, quanto deu a facada!?! – Querendo saber do preço que teria que pagar por aquele abastecimento.

                   Naquele momento Tião levantou os seus olhos negros, e fitou o seu interlocutor que até então não tinha reparado, e o que vira fez seu sangue ferver seu coração disparar ao encher-se de ódio e sede de vingança. Aquele homem estúpido e mau educado que chegara ali, era nada menos que o homicida que havia participado do assassinato de seu saudoso pai. Aquele homem que estava ali era nada mais nada menos que Tião Bigode. Não havia dúvida alguma em seu pescoço havia ainda aquele horroroso crucifixo acompanhado de igual figa, que ele havia acrescentado por uma medalha de Senhora Aparecida  dita padroeira deste grande país.

                      Seu semblante agora era de terror, não somente pelo medo que naquele momento estava sentido. Este medo não era por covardia, porém pelo simples receio de que aquele homem o reconhecesse e viesse estragar os seus planos de vingança que a muito vinha alimentando seus dias e suas noites.

                   O jovem se controlou ao máximo para não sair correndo dali em direção ao seu aposento e lá de posse de seu velho revolver retornar e descarrega-lo na cabeça daquele sórdido homem.

             Tião respirou profundamente virou-se alcançou-lhe o controle de abastecimento e educadamente pediu-lhe para que ele dirigi-se ao caixa onde estava o gerente Marcão para efetuar o necessário pagamento. Naquele momento não mais fitara e devagar afastou-se dali furtando-se de ser reconhecido.

                    Bigode montando em sua arrogância, nem notou o desconforto que havia causado naquele jovem frentista, pois não era de seu feitio a observar aqueles que em sua índole maligna seriam pessoas insignificantes. Dirigiu-se ao caixa do posto pagando pelo combustível para em seguida entrar em seguida no seu veículo e partir em direção a Nobres.

                   Tião então caminhou até a lanchonete do posto pedindo a Dona Nena que lhe servisse um café. Nena vendo a aparência transtornada do jovem foi logo falando:

                   _Credo Tião! Parece que viu sombração?!! – Disse a mulher a Tião.

                   _Tá branco que nem defunto menino!!! – Prosseguiu Nena para o jovem que tomava o café em silêncio que ela lhe havia servido.

                   _E vi mesmo dona Nena, mais não foi sombração. – Disse Tião, respondendo as indagações daquela Senhora.

                   _Vi o caramunhão[1] em forma de home! - Exclamou-lhe Tião, porém não entrando em detalhes com o intuito de não levantar suspeitas quanto a sua futura intenção.

                   _Espera aí que vou preparar uma água com açúcar para você minino. – Insistiu  Nena preocupada com o jovem que ali se encontrava com ar transtornado.

                   _Dexa prá lá Dona Nena, já tô mió. – Disse Tião agradecendo o café e se retirando do recinto caminhando em direção as bombas e retornar com seus os afazeres cotidiano.



CONTINUA......


[1] Demônio, diabo no linguajar popular.